O texto de hoje é sobre a Criatividade. A autora o escreve de maneira bem simples, gostosa e acessivel comparando-o com a culinaria e todo o momento de fazer uma receita. Ele é bem legal e vale a pena conferir.
Vamos conversar um pouquinho sobre a empolgante novela “A Criatividade”?
Em meus treinamentos e oficinas, costumo fazer uma humorística
comparação que tem se mostrado muito eficiente. Digo sempre que ser
criativo é como cozinhar, como fazer sorvete, por exemplo. Imaginem que
ao retornar de uma peregrinação, eu decida fazer sorvete de chocolate,
uma de minhas especialidades gastronômicas. Preciso ter ovos, chocolate,
nata fresca, açúcar. Se ao buscar estes ingredientes na despensa me der
conta, por exemplo, de que não tenho nem ovos nem chocolate, só me
resta um caminho: ir à rua em busca do material, sem o qual não terei
sorvete. Posso buscá-lo na feira, na quitanda, no supermercado, na casa
do vizinho. Não importa onde. Importa a busca. O mesmo se dá com o
Processo de Criatividade. A busca por materiais para se ter idéias é a
primeira fase do Processo. É permanente, eterna, gulosa. Como dizia
vovó, não tem fim nem acabamento. Existe quando alimentamos nossa ânsia
de saber coisas lendo de livros gordos, destes que ficam em pé sozinhos,
a catálogos, do mais moderno e discutido especialista em determinada
área à poesia, revista em quadrinho, o que seja. “Compramos chocolate”
quando vemos filmes, ouvimos música, conversamos, vemos o mundo ao nosso
redor.
Na teoria da Criatividade chamamos a isto Fase da Preparação.
Muito bem, depois que temos ovos e chocolate em boa quantidade, é
preciso fazer a calda, o suspiro e misturá-los gentilmente. Ocorre um
fenômeno assaz instigante. Ao juntarmos tudo numa vasilha, podemos, bem
de início, identificar o que são ovos, o que é calda de chocolate, o que
é a brancura da nata fresca. Misteriosamente, aromas, textura, sabores
vão se misturando e transformando à medida que vão se incorporando. É
uma boa analogia com a segunda fase do processo de criatividade.
Corresponde ao que se chama Fase da Incubação, em que pedaços de filmes,
trechos de lidos, retalhos de lembranças se misturam, formando novas
substâncias, novas idéias.
Voltando à minha cozinha, digo-lhes que sempre me maravilho quando
percebo que as identidades de cada coisa usada no sorvete se uniu à
outras e virou, de uma hora para outra, sorvete. É sempre um milagre e
requer celebração. O mesmo se dá com os retalhos de idéias, que
famintos, colecionamos. De uma hora para outra emergem da Fase da
Incubação e costumam fazê-lo com tal força e intensidade que iluminam
nosso ser, fazem nosso olhar brilhar, nosso rosto resplandecer de
alegria. Estamos diante da terceira fase do processo: a Iluminação.
É tão embriagadora esta fase que muitas vezes se torna perigosa armadilha.
Para que meu sorvete vá à mesa em grande estilo, jamais o levo ao
congelador sem antes ter provado a massa. Afinal, tenho que proteger a
reputação tão arduamente construída. O mesmo se dá no mundo das idéias. É
preciso provar, verificar se a idéia que emergiu na embriagadora Fase
da Iluminação é adequada à solução que buscamos. Caso não for, corremos
riscos desnecessários, e o pior é que desperdiçamos uma boa idéia. Mais
esperto é guardá-la para usar em outra ocasião como resposta à outra
busca por soluções. Em teoria da criatividade este cuidado é denominado
Fase da Verificação.
Bem, queridos por hoje é só. (...)
Deixo-lhes como aperitivo a epígrafe do dia e meu votos de este dia seja repleto de saborosos acontecimentos.
“Um pressentimento é a criatividade tentando te dizer algo.” (Frank Capra)
Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel é consultora empresarial especializada em coaching para profissionais. Twitter: @OrionEmpresa
Fonte: http://www.popmidia.com.br/talentos/a-criatividade/
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