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Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O FAZER ARTISTICO – Artistas, Críticos e Lugares (parte 2)


           A – O Artista Hoje (no Brasil)

                                                                  
Imagem do Produtor de arte pega na net

   Antes de falarmos do produtor temos que falar do produto: Arte. Usando estes termos, produtor e produto, pode parecer que estamos sendo frios, racionais e que tratamos de algo do mundo dos negócios, da economia. Estamos sim nos referindo a isto também, porque no mundo capitalizado e globalizado arte é algo que também pertence ao mercado. Mas a razão principal é de tirar do imaginário que arte é coisa somente do plano espiritual ou da fruição dos sentidos ou do fluir. Arte e produção advem das habilidades e competências do fazer, do produzir. Foi-se o tempo que arte era vista como um dom e seu produtor, alguém abençoado por alguma entidade.

    A arte vem da necessidade que o homem sente de criar. De transformar o objeto e de dar a ele uma outra função que não o de sua funcionalidade comum (isto ocorreu sobretudo após as vanguardas do século 20). Além da necessidade de criação que move a Arte, ela é feita pela necessidade de despertar emoção, sentimentos e releitura da vida. Portanto, a Arte também é comunicação.

    Uma vez tirada a Arte de seu pedestal místico e mítico, e sabedores de que ela é o desenvolvimento, o exercício, de habilidades e competências leiamos o quê a historiadora de arte e crítica, Radha Abramo, nos diz sobre o artista, especificamente o artista brasileiro: “O que falta ao artista brasileiro é pesquisa. Arte se faz com pesquisa, conhecimento. Mas para pesquisar, o artista precisa ter material, precisa encontrar registros do que ocorreu na história. E no Brasil, temos poucas literaturas para pesquisar”. (BAIERL).

    Estas palavras são endossadas pelo articulista SCRENCI, “Cada vez mais se exige do artista uma qualificada formação teórica e prática, que favoreça o desenvolvimento de uma criação original livre de resultados óbvios e estereotipados”.

Nelson Screnci afirma ainda, que no Brasil, o artista plástico é confundido com o artesão. Apesar de haver associações das classes de artistas, falta-lhes os sindicatos, os registros em carteiras e o que é pior e que motiva esta confusão: a atividade de artista plástico ainda não foi legalmente reconhecida pelos meios oficiais.

O mesmo articulista aconselha: “Uma grande saída para quem está debatendo nos difíceis começos de uma carreira artística é o apoio de um trabalho coletivo... E desta forma invalidar a triste idéia romântica que vê no sofrimento uma condição necessária ao aparecimento de uma obra-prima” (grifo nosso).

    E ele salienta que, no Brasil de hoje, quando assistimos e os dados estatísticos confirmam para o aumento da expectativa de vida e da faixa etária considerada da terceira idade, “muitas carreira brilhantes começaram na maturidade. É quando temos mais disponibilidade para assumir uma ocupação comprometida apenas com o prazer. E experiência de vida para transformar essa atividade uma grande paixão”. E ainda que “jovens artistas não são necessariamente artistas jovens”, porque “construir uma obra é um investimento de tempo e um ato de abnegação”.

   A historiadora de arte Radha Abramo diz que, no campo das artes plásticas, “acho que o forte da arte brasileira está na escultura e na instalação”.

    Para quem é leigo a instalação, segundo a Wikipedia, “é uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente... Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações... ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor. A primeira instalação artística foi o ‘Merz Bau”, ou ‘Casa Merz’, o apartamento do poeta e artista plástico Kurt Shwitters, transformado por ele em obra de arte, de 1923, na cidade alemã de Hannover”.


Kurt Shwitters,  "Merz Bau”
Proxima Postagem: 20/12 O Fazer Artístico – Artistas, Críticos e Lugares (parte 3)
                                   27/12 O Fazer Artístico – Artistas, Críticos e Lugares (final) 


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