Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 4 de outubro de 2016

COMO DESENVOLVER SUA PERSONALIDADE ARTISTICA

Esta é uma duvida muito comum no campo artistico pois ao mesmo tempo que buscamos referencia de varios exemplos temos que criar nossa propria identidade e isso nao é tao facil ate porque acabamos absorvendo e sendo influenciados por aquilo que observamos nao tem como passar em branco, somos reflexo das nossas pesquisas e afetaçoes.

Como desenvolver sua personalidade artística

    É muito raro alguém já iniciar sua carreira artística tendo certeza sobre qual o seu melhor estilo de produção.
    Mas o maior segredo para você desenvolver a sua personalidade (ou identidade) artística é: produzir, produzir e produzir.
    Isso quer dizer que, antes de você descobrir qual é a sua personalidade artística, você precisa experimentar todas as formas de expressar a sua arte, seja ela fotografia, vídeo, desenho, artes plásticas, música, etc. Produza, faça, invente, bote a mão na massa. Não tenha medo de testar, experimentar.
    Na verdade, experimentar todos os estilos é bastante saudável tanto para o seu aprendizado quanto para você sentir qual deles tem mais receptividade pelo público.
Se você está começando agora, não se preocupe muito com estilos. Busque se inspirar nos artistas que você mais gosta, que lhe servem de inspiração, e produza bastante. Por enquanto, não pense. Faça!
     Assim como um atleta, que precisa treinar todos os dias, ao longo de muitos anos, você também precisa treinar o seu olhar, as suas ferramentas, as suas motivações e inspirações.    Depois, com o tempo você vai começar a notar que determinado estilo lhe traz mais benefícios, reconhecimento ou simplesmente acelera mais o seu coração.
    São essas informações (feedback) que lhe ajudarão a formar a sua identidade artística. Claro que será preciso ter um pouco de paciência e perseverança. Mas isso tudo pode ser prazeroso, pois você fará muitas descobertas durante o processo. E mesmo assim, depois de descobrir a sua identidade, você não precisa se prender a ela. O mundo é muito dinâmico e está em constante movimento. Todos nós estamos em constante movimento. Por isso, o seu estilo de hoje pode não ser mais interessante amanhã. Basta ficar atento ao retorno que recebe do seu público e àquilo que acelera o seu coração.
William Riga
William Riga é videomaker, fotógrafo, escritor e editor do portal Popmídia Talentos: www.popmidia.com.br 

Twitter: @WilliamRiga – Email: info@popmidia.com.br


Fonte http://www.popmidia.com.br/talentos/como-desenvolver-sua-personalidade-artistica/

terça-feira, 16 de agosto de 2016

TREINANDO UM OLHAR CRIATIVO

   A Postagem de hoje foi tirada de um site de artesanato e tem tudo a ver com a percepção. A forma de olhar para os objetos vai dizer muito sobre sua forma de expressao. Por isso saia fora do convencional expanda seu horizontes e tente ver outras possibilidades alem do que o objeto ja tem para assim aprimorar sua arte que é isso, despertar para o novo, e mais alem

Treinando um olhar criativo sobre o caixote

Treinando um olhar criativo e sem pré conceitos. Essa é a grande pergunta: você consegue olhar um objeto e enxergá-lo com os olhos da criatividade?
E mais que isso: se você não gostar de jeito nenhum, você consegue respeitar o gosto do outro ou lasca logo de cara um “uiiiii, que horror!!!”
Tá puxado? Ahhhhhh!!! Quero te instigar a se questionar em assuntos que tem cada vez mais a ver com os hábitos contemporâneos como por exemplo o reuso ou a reciclagem.
Consumo consciente é totalmente in, é de bom gosto, é inteligente. Restaurar, reusar, renovar são opções cada vez mais elegantes e eu quero ver você pensando sobre isso naturalmente, sem ser apenas induzida(o) pelos modismos.
Você consegue olhar para essa caixa de madeira e enxergar nela potencial para um arranjo? Ou a veria apenas como uma caixa boa pra se jogar fora.
Mas se é pra jogar fora porque fica tão linda naquela revista chique?
Muito além dos truques fotográficos que fazem coisas bobas parecerem especiais, não seria interessante exercitarmos o nosso olhar?
Olhar criativo sobre uma gaveta usada
Quem sabe uma mão de tinta ou uma composição com um belo tecido possam mesmo transformar o trivial em algo elegante.
Podemos culpar nossa falta de habilidade artesanal por cultivar desdém à alguns projetos, ou com bom gosto encontrar quem transforme uma ideia em algo valoroso.
Olhe a gaveta sem uso renovando um pequeno espaço aconchegante.
Um pouco de bom humor atrai mil vezes mais alegria e acolhimento para uma casa.
Estamos dando valor ao que merece de verdade?
Só mais uma dica elegante: se você detesta o estilo, lembre de guardar a opinião até que ela seja pedida.
É tão feio ver pessoas fazendo comentários grosseiros sem que tenham sido solicitadas. Né não?
Só um esforço por mais gentileza no mundo virtual

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A IMPORTANCIA DO DESENHO E DA PINTURA PARA A CRIANÇA



A importância do desenho e da pintura para a criança

desenho-e-pintura

Toda criança desenha. É algo que ela aprende por imitação, vendo os adultos escreverem, entendendo que é um meio de comunicar-se com o mundo. Seja com lápis, caneta, giz ou qualquer coisa que risque, o desenho captura a atenção dos pequenos e torna-se, então, um modo de expressão.
A arte e a comunicação da primeira infância
Além de ser uma forma da criança dialogar com o mundo ao redor, o desenho e a pintura são a melhor maneira de entender como ela vê esse entorno. Formas, cores, amplitude, liberdade (ou a falta dela) ao expressar-se, tudo pode mostrar a visão que a criança dos círculos sociais em que está inserida.
Das garatujas, como são chamados os primeiros rabiscos das crianças, até o desenho figurativo, que ocorre por volta dos 4 anos, tudo tem significado. Peça a uma criança para desenhar e explicar o desenho e você sempre se surpreenderá – ali, geralmente, está uma visão complexa e cheia de vida de uma situação.
IMG_3161 Kindergarten painting at the Honolulu Waldorf School photo by Van James
                                                     Imagem: Van James
Porém, apenas olhos atentos e que estejam dispostos a incentivar essa expressão entenderão essa importância. Mas como atuar sem interferir e ajudar no desenvolvimento de seus filhos?
(Quase) tudo é permitido
Propicie um espaço para o desenho livre, para as artes. Promova essa atividade com materiais interessantes, lúdicos, próprios para cada idade. Dê preferência a materiais naturais, gizes de cera, reaproveite papéis, permita que eles desenhem em locais inusitados, separe uma parede da casa que possa ser riscada, mesmo que seja com algum tipo de tinta, como o giz, que possa ser retirada depois.
Faça do momento da pintura uma diversão! Nós separamos algumas ideias de materiais especiais para a infância, com todos os atributos que consideramos essenciais: segurança, ludicidade e criatividade. Veja aqui.
A criança se expressa pelo desenho e pela pintura e, portanto, nessa aventura não há certo nem errado. Cada criança terá um estilo, um modo de conversar por meio dos riscos e rabiscos. O ideal é que possam fazer isso livremente, sem interferência, para sentirem-se seguras de que podem “falar” o que sentem e pensam sem serem cobradas ou julgadas por isso.
Lembre-se de que esse momento é uma preparação para o aprendizado que a criança terá depois, inclusive o escolar. Quanto mais ela estiver familiarizada com o expressar-se por meio da arte, mais facilmente trabalhará atributos como percepção, criatividade, que vão interferir diretamente no momento da alfabetização.

Fonte: http://mundowaldorf.com.br/a-importancia-do-desenho-e-da-pintura-para-a-crianca/

Proxima Postagem 16/08 Olhar Criativo

terça-feira, 2 de agosto de 2016

COMO A ARTE PODE EXPANDIR SUA CONSCIÊNCIA

GEralmente criticAMOS AS ARTES POR NAO SERVIR PARA NADA;POIS É, ESTE NAO SERVIR PARA NADA TEM MUITO MAIS EFEITOS INTERNOS E INVISIVEIS DO QUE NOS IMAGINAMOS.a ARTE É POTENTE POR SI SO...

COMO A ARTE PODE EXPANDIR SUA CONSCIÊNCIA

   Com tantas evidências dos efeitos positivos da yoga e meditação que vemos atualmente, você pode ser surpreendido com o que as pesquisas científicas também tem a dizer sobre os efeitos de arte no cérebroA arte pode nos curar,  nos inspirar, e alterar a química do nosso cérebro. 

  Muito antes dos estudos da neurociência moderna, os artistas criavam obras para inspirar as pessoas e hoje existem exames de imagem do cérebro complexas que podem comprovar o quanto a arte muda a fisiologia cerebral.

   A contemplação de uma arte pode estimular centros de prazer no cérebro, aumentando o fluxo de sangue em até 10% no córtex orbitofrontal medial. Isso pode levar a um estado elevado de consciência, bem-estar e melhorar consideravelmente a saúde emocional.
O fluxo de sangue aumenta para uma bela pintura da mesma forma que aumenta quando você olha para alguém que ama. A arte induz uma sensação agradável diretamente ao cérebro. – Professor Semir Zeki – University College London
                                   Alex_Grey_Adam_and_Eve
                  Adam and Eve 1988, Oil on Linen, 60 x 60 In. Alex_Grey

Observando a Arte

Neurônios espelho são neurônios que disparam tanto quando um animal realiza um determinado ato, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo ato. Desta forma, o neurônio imita o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio a realizar essa ação (Fonte)
Isso nos traz de volta a um conceito muito básico na evolução humana que envolve a modelagem.
Quando você observa uma obra de arte são potencialmente disparados os mesmos neurônios do artista que a criou, abrindo assim novos caminhos neurais e estimulando um estado de inspiração.
Este sentido de ser arrastado para uma pintura é chamado de “cognição incorporada“. 



                                 Perry Kroger

                                                  Perry Kroger 

Cognição Incorporada, o que é? 

O novo estudo, publicado em janeiro no jornal “Psychological Science”, faz parte de um campo imensamente popular chamado cognição incorporada, a ideia de que o cérebro não é a única parte do nosso corpo com uma mente própria.

“A forma como processamos informação está relacionada não apenas aos nossos cérebros, mas ao nosso corpo inteiro”, disse Nils B. Jostmann, da Universidade de Amsterdã. “Usamos todos os sistemas disponíveis para chegar a uma conclusão e compreender o que está acontecendo".

                                    cognicao_incorporada


Pesquisas sobre cognição incorporada revelaram que o corpo leva a linguagem ao coração e pode ser terrivelmente literal.

Dizemos que uma pessoa é calorosa e adorável, o oposto de fria e distante, não é? Num estudo recente de Yale, pesquisadores dividiram 41 estudantes universitários em dois grupos e casualmente pediram que os membros do Grupo A segurassem uma xícara de café quente, enquanto os do Grupo B seguravam café gelado. Os estudantes foram então levados a uma sala de testes e solicitados a avaliar a personalidade de um individuo imaginário com base em algumas informações.

Estudantes que tinham segurado a bebida quente tiveram muito mais probabilidade de julgar o personagem fictício como caloroso e amigável do que os que tinham segurado o café gelado.
Alguns dos processos mais avançados de análise intuitiva humana e expressividade é uma forma fundamental de apreciação estética através da cognição incorporada, a capacidade de projetar-se como um agente na cena retratada – Christopher Tyler, diretor da Smith-Kettlewell Brain Imaging Center
O poder terapêutico da Arte
Isso explica por que nós podemos sentir que estamos sonhando, quando olhamos para artes impressionistas. A capacidade da arte, combinada com a nossa própria imaginação poder nos transportar para outros reinos é surpreendente. Os artistas têm a capacidade de nos mostrar novos mundos, mas não devemos colocá-los em um pedestal, porque cada um de nós é um artista.
Fazer arte, realmente ativa o cérebro e pode promover a integração emocional, cognitiva e sensorial nas pessoas. Joan French 


                    arteterapia   


 O ato de criar a arte também é terapêutico e tem sido o impulso para o movimento da arteterapia.
Cada um de nós viveu como artistas na infância e temos a capacidade de trazer de volta esta poderosa forma de expressão e auto-cura, se nos permitirmos.
Você não precisa ser um especialista para desfrutar de manchas de tinta sobre uma tela e deixar seus centros de prazer acender como uma criança!
Arteterapia, às vezes chamada de arte expressiva ou psicologia da arte, incentiva a auto-descoberta e crescimento emocional. É um processo em duas partes, que envolve tanto a criação da arte e a descoberta de seu significado. – Paula Ford-Martin
Arte e Consciência 

Artistas visionários modernos estão aplicando a ideia de que a arte inspira uma comunidade, é educacional, e tem a capacidade de provocar revelações espirituais.
Pinturas em grupos e pintura ao vivo em eventos musicais, por exemplo, permite que os participantes participem do processo criativo.
O artista Alex Grey abriu o Cosm em Nova York, que está sendo chamado de Capela dos Espelhos Sagrados. Dentro do Movimento de arte visionária a ideia é de que a própria criatividade é um caminho para o divino.
                                           Alex_Grey_Kiss_of_the_Muse
                                               Kiss of the Muse – Alex_Grey
Isso inclui a criação de arte, comemoração da arte e criação de comunidades que promovam a expressão criativa em todas as suas formas.

Criatividade pode ser uma das grandes coisas sobre ser humano e arte pode ser um grande professor para nós nessa jornada evolutiva. Para despertar e catalisar o caminho espiritual de cada pessoa, fornecendo acesso à mais alta verdade mística através da arte e ação criativa. – Cosm 
Atualmente estamos rodeados por outdoors e anúncios que utilizam a arte para nos convencer a comprar coisas que normalmente não precisamos.

Existe também um grande movimento para embelezar lugares públicos com murais que contêm relevância cultural para comunidade. Imagine como podemos criar um mundo mais pacífico e vibrante cercando-nos com belas artes …

                                            alex_grey_1
                                The Visionary Origin of Language – Alex Grey
Fonte:http://yogui.co/como-a-arte-pode-expandir-sua-consciencia/http://yogui.co/como-a-arte-pode-expandir-sua-consciencia/


terça-feira, 26 de julho de 2016

ESTUDOS CONFIRMAM A ARTE CONTRIBUI PARA DIMINUIR A ANSIEDADE E A DEPRESSAO

As duas postagens a seguir, esta e a da proxima semana sao uma complementar a outra pois a de hoje falara sobre os beneficios da arte e a da semana que vem mostrará o porque que isso acontece. Entao espero que gostem e aproveitem. O artigo de hoje esta em espanhol mas acho que nao atrapalha o entendimento na leitura interfere?.
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Estudios confirman que el arte contribuye a disminuir la ansiedad y la depresión


El estudio fue hecho en Noruega. Su base representativa contempla a más de 50 mil adultos, en igual cantidad hombres y mujeres. Sus resultados revelan que aquellas que frecuentan con mayor regularidad galerías y museos o a asisten al teatro o conciertos son más propensos a llevar una vida más sana y equilibrada que quienes no. Los aspectos principales que arroja el estudio muestran que  la ansiedad y la tendencia a deprimirse actúan directamente en la interacción con actividades culturales que una persona realice.
La investigación fue publicada por la revista Journal of Epidemiology and Community Health y confirmó esta teoría a través la vinculación de los aspectos que definió por “buena salud” y “satisfacción con la vida” y la frecuencia y gusto por las actividades culturales. La investigación trató de enforcarse también en el impacto diferencias que distinguía los efectos en el hombre y la mujer, por eso los investigadores de la Universidad Noruega de Ciencia y Tecnología, en Trondheim, autores directos del estudio, se basaron en datos del Estudio de Salud de Trondelag del Norte llevado a cabo con 50,797 adultos de entre 20 y 80 años entre 2006 y 2008. La lejanía de los datos esgrimidos se debe a que no había información de estudios más recientes sobre el tema.
El material recolectado constó de cuestionarios que determinaban con qué frecuencia los encuestados participaban de actividades culturales y cómo se vinculaban directamente con sus hábitos y estilo de vida. De allí tomaron derivaciones de la actividad física y su estado de salud mental. Además, el análisis clínico de cada uno de los participantes seleccionados para que diese registro de su estado de salud, su satisfacción con la vida y sus niveles de ansiedad y depresión.
Para materia teórica, se estableció que las actividades culturales podían ser de dos clases: creativas o receptivas. Las primeras, son las que el individuo hace algo para crear un resultado “cultural”, por ejemplo, una clase de pintura o piano. Y las segundas, el individuo recibe impresiones o experiencias culturales sin tener que “crear”, como ir a un concierto, una exposición de arte, el teatro o visitar un museo.
Los resultaron evidenciaron que las personas que frecuentan con mayor continuidad actividades culturales, revelaban un estado de salud mejor, sobre todo en los aspectos que afectan directamente a la ansiedad y la depresión. Además, exhibían conductas más alegren, iniciativa entusiasta y mayor creatividad.

Fonte: https://www.arteallimite.com/2016/03/estudios-confirman-que-el-arte-contribuye-a-disminuir-la-ansiedad-y-la-depresion/

Proximas Postagens: 02/08 COMO A ARTE PODE EXPANDIR SUA CONSCIÊNCIA
                          09/08 A importancia do desenho e da pintura para a criança
                           16/08  Treinando o olhar criativo         

terça-feira, 12 de julho de 2016

'O MUSEU É UM SER VIVO. ELE RESPIRA"

 Aquele velho ditado quem gosta de passado é museu é um dito popular bem preconceituoso e ingenuo pois as pessoas nao sabem o que é feito nestas instituições nem a quantidade de tecnicas e trabalhadores multiplos que ele abriga e necessita para se apresentar a população. Sendo assim, esta materia do jornal O Globo é apresentada:

Antonio Carlos dos Santos Oliveira, meteriologista e museologo:'O MUSEU É UM SER VIVO. ELE RESPIRA'

Carioca, que trocou Infraero pelo Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) desenvolve software para medir clima ideal e garantir preservação de obras

Por Renato Grandelle



“Tenho 44 anos e trabalhei na Infraero entre 1994 e 2014. Depois, fui cedido para o Museu Nacional de Belas Artes. Meu plano é desenvolver um equipamento que use boletins meteorológicos para proteger a estrutura de museus e de suas obras. No futuro, o trabalho pode ser levado a 2 mil museus”

Conte algo que não sei.
Os museus precisam de meteorologistas para monitorar os climas interno e externo. Por enquanto, sou o único profissional dedicado a isso no Rio. Uma pequena elevação da umidade faz a tinta cair de quadros, estraga papéis antigos do acervo e aumenta a proliferação de fungos.

Da Infraero para o museu, qual foi o percurso?
Fiz concurso em 1992 e entrei como técnico. Lá foi desenvolvido um software que aplicava informações meteorológicas em 67 aeroportos. Mas já fazia consultorias para o MNBA, surgiu a chance de vir de vez. Tem mais a ver comigo do que ver aviões.

Como surgiu a ideia do software museológico?
Há 20 anos, na escola técnica, lidava com um equipamento que media temperatura e umidade. Resolvi me especializar e fiz mestrado em arquitetura — para entender como funciona um prédio e seu entorno — , e climatologia, que explica sua interação com calor, chuvas etc.

Explique o funcionamento.
A base são boletins meteorológicos. Há sensores pelo museu que mostram como ele pode ser afetado pelo clima da rua. Por exemplo, uma janela aberta traz radiação solar, que descola a camada de tinta. Em casos assim, acionamos a brigada de segurança. A meta é levar a uma rede de mais de 2 mil museus.

Qual é a temperatura ideal para um museu?
Teoricamente, 20 graus Celsius, mas só vou ter certeza no fim do ano. Buscamos um grau de eficiência energética que não comprometa as obras, não custe muito e não cause desconforto. Por exemplo, pra manter um ar condicionado durante o dia em uma galeria, gasta-se até R$ 60 mil por mês. Dá para fazer por menos? O lugar tem que ser agradável, as pessoas devem circulam com tranquilidade. Não adianta baixar demais a temperatura. Museu não é lanchonete, onde você compra hambúrguer e sai correndo para não esfriar.

Já atuou em que exposições?
Enquanto desenvolvia o software, fui chamado para fazer o monitoramento de uma exposição do Comitê Olímpico Brasileiro. A partir daí, ajudei nas exposições, aqui, de Monet, Salvador Dalí e de obras do Museu do Prado e do Vaticano.

O MNBA fica na Avenida Rio Branco, numa ilha de calor, com pouca arborização e muitos prédios. Isso prejudica as obras de arte?
O MNBA fica na Avenida Rio Branco, numa ilha de calor, com pouca arborização e muitos prédios. Isso prejudica as obras de arte?

Sim. E os quadros podem ser comprometidos pelas obras da rua. Agora temos a obra do VLT do outro lado da calçada. Não sei como o museu vai reagir à diminuição de carros trepidando, a uma mudança no fluxo de pessoas. O museu é um ser vivo. Ele respira, absorve a umidade durante as chuvas. E esta respiração deve ser mantida da forma mais constante possível, ou ele sofrerá de asfixia. É um dos sobreviventes entre os prédios construídos há mais de 100 anos na Rio Branco.

Os preparativos para as Olimpíadas colocam em evidência o Museu de Arte do Rio e a construção do Museu do Amanhã. E as outras instalações da cidade?
Os preparativos para as Olimpíadas colocam em evidência o Museu de Arte do Rio e a construção do Museu do Amanhã. E as outras instalações da cidade?

Há vários prédios no Rio nos quais falta a devida atenção. O museu ainda não é visto como um local em que, além de servir à cultura, também tem um papel didático, contribui para a educação da população. O holofote para estes museus está apagado. Sou meteorologista, climatologista e arquiteto. Não precisa ser também educador para saber disso.



terça-feira, 5 de julho de 2016

CAMPO DE ATUAÇÃO DO MUSEOLOGO É MAIS VASTO DO QUE PARECE

CAMPO DE ATUAÇÃO DO MUSEOLOGO É MAIS VASTO DO QUE PARECE


Reportagem de Geraldo Ribeiro

   Para muita gente, o exercício da atividade de museólogo esta restrito aos museus. Engana-se quem pensa assim. O campo de atuação é bem mais amplo do que parece. Atualmente existem cerca de 5 mil profissionais em atividade no país. Os salários variam de RS 2 mim a RS 5 mil.
     Alem dos museus públicos e privados, que absorvem grande parte da mão de obra, esses profissionais podem atuar ainda em secretarias da cultura, centros culturais, orgaos ligados a preservação do patrimônio histórico, empresas que possuem centro de memorias, na catalogação de coleções particulares e nos atelies de artistas plásticos contemporâneos. Há espaço para eles inclusive na organização de acervos de teatro e redes de TVs.
      __Qualquer instituição, orgao ou lugar que trabalhe com acervo demanda trabalho do museólogo, que não esta restrito aos museus. O campo é vasto__ afirma o professor de museologia da Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio), Ivan Coelho, que cobra a valorização da profissão pelo poder publico.
      O professor, que é tambem decano do Centro de Ciencias Humanas da universidade, diz que quem trabalha nesta area precisa gostar de historia,arte, antropologia e sociologia. (...)
        A profissa, regulamentada desde 1984, cresceu em importancia na ultima decada e meia, com o surgimento de uma politica nacional de museus. Entretanto, Ivan Coelho lamenta que em epocas de crise a cultura é o primeiro setor afetado e os museus sao os primeiros a sofrer o efeito dela.


Fonte: http://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/campo-de-atuacao-em-museologia-mais-vasto-do-que-parece-19565173.html

terça-feira, 14 de junho de 2016

FIZERAM ARTE NO MUSEU

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ARTE  COMPORTAMENTO

FIZERAM ARTE NO MUSEU…

Cada vez mais o espaço do museu está sendo democratizado. O acesso à ele é cada vez mais fácil, o que é incrível. Sempre achei que a arte deveria ser para todos e não para a minoria elitista. Ocorre que esse processo de democratização da arte ocorre em paralelo ao advento das mídias sociais digitais e da selfie como principal ferramenta que caracteriza a nossa sociedade, no estilo adaptado da famosa frase de Descartes: “Faço uma selfie, logo existo” – a real seria: “Penso, logo existo”. Cada vem mais, pensamos imageticamente e deixamos as reflexões e as leituras de lado.
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Estamos indo ao museu não para apreciar as obras de arte, mas sim para apreciar nós mesmos diante delas por meio de cliques em smartphones. Sim, é a selfie que valida minha real intenção diante das obras e instalações artísticas. O sujeito não se interessa pela estética e pelo significado da arte em si… O que interessa é a quantidade de curtidas que ele vai receber ao compartilhar sua foto nas mídias sociais digitais.
 Fiz essa reflexão por causa do fato que ocorreu no último fim de semana, no Museu de Arte Moderna de São Francisco (EUA). Um adolescente de 17 anos deixou seu óculos, propositalmente, no chão de uma das salas de exposição do museu para ver o que acontecia. Muitas pessoas se aglomeraram e fotografaram a tal obra de arte, até então nunca mencionada.
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O jovem, TJ Khayatan, afirmou ao “BuzzFeed” que ele e seus amigos tiveram essa ideia após ver que algumas peças do museu surpreendiam o público além do que deveriam: “Nós notamos um urso de pelúcia enrolado num cobertor cinza e nos perguntamos se aquilo impressionaria alguém”. Para Khayatan, sua brincadeira não deve ser interpretada como uma condenação à arte contemporânea, mas sim, à forma como as pessoas ressignificam a arte em si.

terça-feira, 7 de junho de 2016

"O ARTISTA PAGA ALTO POR LEVAR UMA VIDA NAO CONVENCIONAL"

Vitor Ramil: "O artista paga alto preço por levar uma vida não convencional"

Em artigo, músico e escritor reflete sobre o papel e a imagem dos artistas em um momento de crise política no Brasil

                        Vitor Ramil: "O artista paga alto preço por levar uma vida não convencional" Ana Miranda/Divulgação 

A história é mais ou menos assim: Mark Twain, o escritor norte-americano, estava sentado na varanda de sua casa quando passou um vizinho e perguntou "Descansando, vizinho?", ao que ele respondeu, "Não, trabalhando". Outro dia o mesmo vizinho o viu cortando a grama do jardim e perguntou "Trabalhando, vizinho?", e Twain respondeu, "Não, descansando".

Lembrei dessa historinha para exemplificar a ideia de que o trabalho e o descanso do artista não se parecem com os das demais profissões. Para o senso comum, "artista" nem mesmo parece ser profissão. Para que serve o artista afinal? O sistema não tem, a priori, um lugar para ele. O pintor francês Paul Gauguin trocou uma profissão "de respeito" e rentável para se tornar um pintor destinado a viver e morrer na pobreza e sem reconhecimento. Que julgamento esperar dos contemporâneos de Gauguin senão o de que ele havia enlouquecido, que era um misantropo, um inadaptado?
Série "A cultura no governo":




A sociedade está sempre pronta para receber os engenheiros, os médicos ou os advogados, nunca os artistas. Se um médico pendurar seu diploma em uma parede, entrar e sair rotineiramente pela porta de um consultório em que estiver afixada uma placa com seu nome e especialidade, ninguém dirá que ele não é um médico, seja ele bom ou mau profissional. Para o artista, um diploma e uma porta com seu nome nunca serão o suficiente. Seu reconhecimento dependerá sempre de critérios subjetivos. O que ele faz é artístico? O que é arte afinal? O próprio artista pode passar a vida fazendo-se essas perguntas. O dilema começa cedo. Ninguém pode dizer a uma criança ou a um adolescente se ele é ou será um artista. O artista só ouve a própria voz. Nos tornamos aquilo que somos, disse outro escritor. Mas que difícil é escutar a própria voz, dizer para si mesmo: sou um artista, serei um artista.
Em minha casa, estimulamos muito nossos filhos a seguirem o caminho da arte caso se sentissem vocacionados para tal. Para a nossa alegria e a deles, Ian eIsabel são hoje artistas que muito nos orgulham. Mas sei que na maioria das famílias os pais tremem diante do projeto ou da decisão dos filhos adolescentes de quererem seguir esse caminho. O medo dos pais talvez se origine da percepção de que os jovens não têm experiência de vida suficiente para medir os riscos de uma escolha profissional equivocada ou de difícil trajetória – sem falar que, para muitos, escolher a arte significa simplesmente abrir mão de ter uma profissão "de verdade".
A difícil trajetória para um artista pode ser consequência do valor intrínseco do que ele produz, mas pode também, e talvez principalmente, resultar da dificuldade de inserção num sistema em que a arte é menos necessária que supérflua – daí a importância, para todas as sociedades, da existência de instituições culturais sólidas, aquelas que ambicionam dar à arte seu devido e digno lugar no sistema. Mesmo atuando num contexto adverso, o artista pode ser tido em alta estima. Mas é mais comum que enfrente preconceitos de toda ordem. É moeda corrente que seja taxado como vagabundo, boêmio, preguiçoso e/ou desregrado, por exemplo.
Particularmente considero da maior importância a vagabundagem, a boemia, a preguiça e o desregramento para o fazer artístico. Mas sei que um só desses adjetivos poderia destruir a reputação dos profissionais "respeitáveis" das profissões, digamos, convencionais. O artista paga alto preço por levar uma vida não convencional. Além disso, como para as pessoas em geral a arte está ligada aos momentos de entretenimento, prazer ou mesmo de descanso – aos momentos em que saem da "rotina" –, impõe-se a ideia de que o artista vive só nesses, por esses e desses momentos de lazer, que sua vida é uma festa permanente. Pouco se sabe do fazer artístico, do quão difícil e complexo ele pode ser, de quanta transpiração existe para cada inspiração. Quem não conhece a fábula da cigarra e da formiga?
Por mais que pensemos em culturas diferentes, em países em que a arte seja mais ou menos valorizada, nos EUA de Twain, na França de Gauguin, no Brasil de Noel Rosa – aquele boêmio incorrigível que, tendo vivido apenas 26 anos, criou uma obra genial com potência suficiente para moldar nossa identidade nacional –, não acredito que o papel do artista na sociedade mude muito de um lugar para o outro. No caso do Brasil atual, a dita demonização dos artistas me parece pontual, diz respeito à política. As pessoas estão demonizando umas às outras de um modo que acena com a barbárie, com a falência de um projeto democrático para o país. Por que os artistas seriam poupados dessa insanidade se, em sua maioria, eles se situam no espectro político mais à esquerda, justamente o que agora está sendo julgado?
Mas estou seguro de que aqueles que hoje insultam um Chico Buarque ou um obscuro grupo de teatro de vanguarda sabem, no fundo, que o trabalho desses artistas é da maior importância; sabem que, produzindo cada um a seu modo e com liberdade, eles são fundamentais para a nossa constituição como nação. Uso a expressão "no fundo" de propósito. Talvez o foco agora devesse estar no fundo, talvez precisássemos ir fundo nisso tudo. Que tal irmos e sairmos de lá compartilhando a mais legítima alegria cidadã?


Proxima postagem dia: 14/06 "Fizeram arte no museu"

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