FIZERAM ARTE NO MUSEU…
Cada vez mais o espaço do museu está sendo democratizado. O acesso à ele é cada vez mais fácil, o que é incrível. Sempre achei que a arte deveria ser para todos e não para a minoria elitista. Ocorre que esse processo de democratização da arte ocorre em paralelo ao advento das mídias sociais digitais e da selfie como principal ferramenta que caracteriza a nossa sociedade, no estilo adaptado da famosa frase de Descartes: “Faço uma selfie, logo existo” – a real seria: “Penso, logo existo”. Cada vem mais, pensamos imageticamente e deixamos as reflexões e as leituras de lado.
Estamos indo ao museu não para apreciar as obras de arte, mas sim para apreciar nós mesmos diante delas por meio de cliques em smartphones. Sim, é a selfie que valida minha real intenção diante das obras e instalações artísticas. O sujeito não se interessa pela estética e pelo significado da arte em si… O que interessa é a quantidade de curtidas que ele vai receber ao compartilhar sua foto nas mídias sociais digitais.
Fiz essa reflexão por causa do fato que ocorreu no último fim de semana, no Museu de Arte Moderna de São Francisco (EUA). Um adolescente de 17 anos deixou seu óculos, propositalmente, no chão de uma das salas de exposição do museu para ver o que acontecia. Muitas pessoas se aglomeraram e fotografaram a tal obra de arte, até então nunca mencionada.
Fiz essa reflexão por causa do fato que ocorreu no último fim de semana, no Museu de Arte Moderna de São Francisco (EUA). Um adolescente de 17 anos deixou seu óculos, propositalmente, no chão de uma das salas de exposição do museu para ver o que acontecia. Muitas pessoas se aglomeraram e fotografaram a tal obra de arte, até então nunca mencionada.
O jovem, TJ Khayatan, afirmou ao “BuzzFeed” que ele e seus amigos tiveram essa ideia após ver que algumas peças do museu surpreendiam o público além do que deveriam: “Nós notamos um urso de pelúcia enrolado num cobertor cinza e nos perguntamos se aquilo impressionaria alguém”. Para Khayatan, sua brincadeira não deve ser interpretada como uma condenação à arte contemporânea, mas sim, à forma como as pessoas ressignificam a arte em si.
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