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Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

UM OLHAR AMPLO E DIVERSO NO MUNDO DAS ARTES (PARTE 1)

 "Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte, escreve em sua coluna para a Revista exame sobre o movimento que está acontecendo em galerias e museus do mundo para incluir uma maior diversidade de artistas em seus acervos e exposições, como é o exemplo do Masp e de muitas galerias parceiras da feira SP-Arte. Leia o artigo completo!"

 UM OLHAR AMPLO E DIVERSO NO MUNDO DAS ARTES (PARTE 1)

A medida em que temas como diversidade e inclusão ganham relevância, instituições culturais começam a repensar suas estratégias e modelos de atuação

 “As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo?” Guerrilla Girls, 2017. 

Em setembro de 2017, o MASP inaugurou uma mostra retrospectiva das Guerrilla Girls, importante coletivo estadunidense que, em suas próprias palavras, “usam fatos, humor e imagens ultrajantes para expor os preconceitos étnicos e de gênero, bem como a corrupção na política, na arte, no cinema e na cultura pop”. O grupo de artistas anônimas, conhecido por usar máscaras de gorila em suas aparições públicas, foi constituído em 1985 em resposta a uma exposição de arte contemporânea realizada no MoMA de Nova Iorque, que incluía um total de 165 artistas, dos quais apenas 13 eram mulheres. Em um de seus trabalhos mais icónicos de 1989, “As mulheres precisam estar nuas para entrar no Metropolitan Museum?”, o coletivo aborda o contraste entre o pequeno número de obras de artistas mulheres e o grande número de nus femininos em exibição no museu estadunidense naquele momento. Este trabalho, refeito para a exposição do MASP e hoje em exposição nos cavaletes de vidro do acervo do museu, trazia este mesmo questionamento para a instituição paulistana, denunciando assim, a falta de diversidade em nossas organizações culturais e colocando a questão da inclusão no centro do debate.

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Nos últimos anos, o MASP tem sido um importante protagonista no debate sobre diversidade e inclusão em nossas instituições culturais. Sua programação vem apresentando artistas fora do cânone tradicional – mulheres, negros, indígenas, autodidatas – e tratando temas relacionados a feminismo, sexualidade e raça. A exposição Histórias Afro-Atlânticas, de 2018, feita em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, colocou em grande evidência a importância da produção de artistas negros, ganhando enorme visibilidade inclusive no âmbito internacional, tendo sido eleita pelo New York Times como a melhor exposição do ano. O museu vem também buscando ampliar a diversidade entre seus colaboradores, sendo o primeiro a contratar uma curadora de origem indígena, fato que ganhou destaque ao redor do mundo.

O movimento do museu brasileiro não é um fato isolado. Na medida em que temas relacionados à diversidade e inclusão ganham relevância em nossas sociedades, instituições culturais ao redor do mundo começam a repensar suas estratégias e modelos de atuação. O MoMA de São Francisco recentemente vendeu uma obra de Mark Rothko, pintor abstrato estadunidense da década de 1950, por USD 50 milhões de dólares para adquirir um conjunto de obras de artistas mulheres e de artistas integrantes das minorias étnico-raciais no país. Em um movimento similar, o Everson Museum de Siracusa se desfez de um trabalho do período áureo de outro icônico artista estadunidense, Jackson Pollock, para adquirir “obras de artistas de cor, artistas mulheres e outros artistas marginalizados e pouco representados em sua coleção”. Ao reabrirem seus espaços expositivos após a pandemia, tanto o MoMA em Nova Iorque como a Tate em Londres firmaram compromissos públicos de abraçar uma programação mais diversa e inclusiva, afastando-se da narrativa monolítica e eurocêntrica que tradicionalmente marcaram suas programações e mostras de acervo. 

Obs: Continua na quarta feira dia 16/12 com link da referencia


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