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Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A CENTRALIDADE DA CULTURA NO DESENVOLVIMENTO

  O texto de hoje foi dividido em 3 partes e mesmo assim se encontra fragmentado. Como antes foram postados textos sobre diversidade cultural, nada melhor do que falar sobre o significado de cultura e ao transcreve-lo tentei centrar ao maximo no assunto cultura que é o que estamos falando aqui e tirar partes muito teoricas para tornar acessivel ao leitor. Tentei retirar tambem partes que falam sobre governos embora haja partes que precisam ser mostradas. Achei interessante o texto pois ele traz exclarecimentos importantes e significativos sobre o assunto que certa forma sao novos. Esta primeira parte é centrada especificamente em discorrer sobre a cultura e suas funçoes

A centralidade da cultura no desenvolvimento

Artigo do ministro da Cultura, Juca Ferreira, sobre a centralidade da cultura no desenvolvimento.

    Há alguns anos as Nações Unidas adotaram, em seus Relatórios sobre o Desenvolvimento Humano, a ênfase sobre o acesso pleno à cultura como importante indicador para avaliar a qualidade de vida, e a considerar estratégicos os processos criativos e simbólicos para o desenvolvimento de uma sociedade. É muito relevante que a principal agência intergovernamental do planeta tenha adotado a pauta cultural na sua agenda de desenvolvimento. E, que a apresente como parte das atribuições dos Estados Nacionais no século XXI, enquanto realização dos direitos humanos e como fundamental dimensão do desenvolvimento. (...)

    Nós brasileiros estamos, neste momento histórico, diante de grandes desafios. Para a continuidade e consolidação do atual ciclo de crescimento do país, para que o nosso desenvolvimento se torne de duradouro e sustentável, é incontornável o aprimoramento de nossas estratégias de desenvolvimento. (...)

    Entre as muitas condições necessárias para que possamos enfrentar o desafio de superar nossas mazelas históricas e as fragilidades mais recentes, está a sustentabilidade ambiental. Precisamos transformar a riqueza da nossa biodiversidade e de nossos recursos naturais em um ativo poderoso dessa nova etapa de desenvolvimento(...). Temos também diante de nós a possibilidade de ampliação e consolidação do atual processo de inclusão social e econômica e de erradicação total da pobreza em nosso país; em condições de garantir o surgimento de uma sociedade com oportunidades e direitos iguais para todos. A qualificação da educação em todos os níveis é, nesse contexto, um dos principais suportes do desenvolvimento. Este demanda uma escala capaz de satisfazer as necessidades do mercado de trabalho. E também cobra da educação a preparação das novas gerações para viver como cidadãos de uma sociedade que respeita o meio ambiente, em harmonia com a democracia e o estado de direito. O desenvolvimento cultural, aqui compreendido como desenvolvimento da dimensão simbólica em geral e das artes em particular, a ampliação do acesso pleno aos bens e serviços culturais e a sua completa universalização para todos os brasileiros, junto ao fortalecimento da economia da cultura, são partes indissociáveis desse processo.

    Ainda assim, percebo com certa frequência reações de estranheza nos momentos em que, por uma razão qualquer, enfatizo a necessidade de fortalecer a relação entre cultura e desenvolvimento em nosso país.  Interpreto isso como resultado de um erro de percepção, infelizmente muito comum em nosso país, uma deformação herdada do passado que ainda pesa sobre nós com uma força brutal. Podemos resumir esse conflito dizendo que em certo momento esquecemos que não se pode conceber desenvolvimento ou tecnologia sem cultura, porque tudo está impregnado de cultura.

     Essa visão das coisas tem dominado o campo das mentalidades e dos valores. O senso comum, primeira vítima deste erro, tem sistematicamente reduzido a cultura ao campo artístico e às atividades do lazer.  A cultura seria, então, uma espécie de passatempo, algo a que as pessoas se dedicam nos seus momentos de ócio, para distrair-se, para relaxar, algo que não possui uma utilidade intrínseca. Toda a nossa vida cultural seria um complexo de produtos e atividades acessórios, secundários, quando muito, com algum valor de mercado (um lucrativo conjunto de bens e serviços). Predomina em muitos setores esta visão tecnicista e pseudo-pragmática, fortalecendo uma opinião estreita sobre o que a cultura representa para um povo.  Infelizmente, essa visão tem contaminado em muitos momentos a nossa política, os nossos costumes e os nossos arranjos institucionais.

    Diante de tudo isso, sinto que ainda há um bom caminho a trilhar até que tenhamos muito claro o papel estratégico que tem a cultura para o desenvolvimento de um país, especialmente quando o queremos de todos.

     Enxergamos cultura em toda a trama social. A cultura humana é tudo que resulta da ação humana, de suas interferências sobre o mundo; é tudo que torna visível o pensamento do homem sobre si mesmo e sobre o ambiente que o cerca.  Todas as nossas práticas sociais são diferentes formas de concretização da cultura de que fazemos parte. Se estamos assistindo um show de música popular para milhares de pessoas, a tendência natural é imaginar que somente os artistas e suas canções fazem parte da cultura.  Mas a tecnologia que criou a aparelhagem de luz e de som também é cultura; as bebidas e lanches consumidos pelo público são produto da cultura; o sistema econômico de cobrança de ingressos e pagamento de cachês também é resultado de uma cultura; a tradição social do congraçamento coletivo em praça pública, igualmente é cultura; os meios de transporte usados pela equipe, a rede elétrica que alimenta o palco, o palco e a engenharia de sua estrutura; tudo isso faz de um simples show o produto de um tecido intrincado de diferentes culturas superpostas, que convivem invisivelmente na mesma sociedade.

    Este texto continua semana que vem

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