Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 14 de outubro de 2014

O PATRIMONIO CULTURAL E A CULINARIA LOCAL

  No final do texto citarei outros exemplos de patrimônio imarerial

O Patrimônio Cultural e a Culinária Local, por Blog História Hoje

Divulgação/Internet/Blog História Hoje
                
                                Divulgação/Internet/Blog História Hoje

    Normalmente, quando falamos de preservação patrimonial usamos como exemplos monumentos tombados ou em ameaçados. Destacamos o fato de que a memória está presente no patrimônio material e esquecemos de uma outra coisa fundamental, que talvez seja até mais fácil de ser preservada, mas que igualmente corre o risco de desaparecer: o patrimônio imaterial.

    Patrimônio imaterial “refere-se aos produtos das inteirações humanas que não podem ser tocados, ou seja, aqueles que são intangíveis. Diferentemente da cultura material, que possui uma face concreta, a cultura imaterial em geral não pode ser guardada na íntegra e não pode ser restaurada.” (FIGUEIRA, MIRANDA, 2012: 129).

    Ele é ainda mais rico, mais diversificado, presente nas festas, nas celebrações, nos saberes que fazem parte de nossa formação cultural. Tal como a preservação do patrimônio material, o patrimônio imaterial tem funções culturais, sociais e até históricas. Ele pode ser a marca de uma comunidade, ser um aspecto um aspecto importante da sua identidade coletiva.

    Pensando em termos gerais, como podemos despertar o interesse por esse patrimônio? Acredito que podemos fazer isso usando elementos da cultura imaterial local, coisas simples, mas carregadas de significado, como a culinária, por exemplo. Pois é a culinária local também é patrimônio cultural, ela guarda em sua forma de preparo o “fazer” de um povo, aquilo que o move, representando hábitos e costumes de uma comunidade.
    
  A importância da gastronomia como patrimônio cultural, no turismo baiano. TURyDES, Vol 1, Nº 2 (marzo / março 2008). Disponível em http://www.eumed.net/rev/turydes/02/sbb.htm, acesso em 28de “Através da alimentação, é possível visualizar e sentir tradições que não são ditas. A alimentação é também memória, opera muito fortemente no imaginário de cada pessoa, e está associada aos sentidos: odor, a visão, o sabor e até a audição. Destaca as diferenças, as semelhanças, as crenças e a classe social a que se pertence, por carregar as marcas da cultura.” (BARROCO, 2008).

    Um exemplo de patrimônio imaterial reconhecido é o nosso “queijo minas”, considerado o maior produto da gastronomia Mineira. No ano de 2002, o queijo de minas do serro foi reconhecido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (IEPHA), como “Patrimônio Imaterial”. Mais tarde o Instituto Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), o classificou como “Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro”.  É parte de uma riqueza do estado, que com o tempo se tornou um produto consumido nacionalmente.
   
    Pense, professor, nas possibilidade que estudar o patrimônio imaterial pode trazer para as aulas e para a prática social dos seus alunos. Você pode trabalhar músicas, celebrações, festas tradicionais, jogos, brincadeiras, práticas religiosas. Pode até usar a gastronomia como objeto de estudo. Sobre essa última, temos algumas sugestões para um projeto que pode ser aplicado em todos os níveis do ensino.

    A proposta é bem simples. Vamos explorar os costumes da nossa localidade e transformá-los em um trabalho de educação patrimonial e preservação.  Na escola, procure saber de seus alunos se existe uma receita de família, uma comidinha que sua mãe aprendeu com sua avó, que por sua vez aprendeu com a mãe dela. Cada receita acompanhada de uma pequena entrevista, quem sabe uma foto.

   E que tal encerrar este trabalho com uma refeição típica, com as receitas colhidas pelos alunos e/ou discutidas em sala de aula? Imagine a riqueza do material final.  Mas não imagine apenas. Faça e divulgue os resultados.
  
    A experiência na sua escola pode fazer diferença e sensibilizar os órgão responsáveis pelo patrimônio cultural da sua cidade. O patrimônio imaterial corre tanto risco de desaparecer quanto o patrimônio material, mas sua preservação pode ser igualmente estimulada pela escola, com atividades simples mas significativas.

   Fontes utilizadas
BARROCO, Lize Maria Soares , BARROCO, Helio Estrela .
ago. de 2014.
FIGUEIRA, Cristina Reis, MIRANDA, Lílian Lisboa. Educação patrimonial no ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental: conceitos e práticas. – São Paulo: Edições SM, 2012.
Fonte: História Hoje

Minhas Considerações:

Antes, tinha muita dificuldade de entender o que era patrimônio imaterial porque sempre havia um registro material porem mais tarde descobri que o registro é parte dele e não conseguimos registrar todas as emoções que estes objetos rituais despertam. Exemplo de outros patrimônios e em seguida explicarei porque. Missas, shows, culinária, feiras livres. danças. Mas como são imateriais se podemos ver uma dança ou visitar uma missa. Eles são imateriais porque somente existem enquanto você estiver presente vivendo o momento. Pois as receitas, você pode pegar varias iguais escritas bonitinhas porem mesmo seguindo os passos pode ser que alguem erre alguma etapa ou aprimore e o resultado sai diferente. Um show, missa, ritual: você pode tirar a foto ou gravar porem o registro não consegue captar tudo que você presenciou e sentiu e olhando terá apenas a lembrança do momento e sua visão.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

MAS O QUE É CULTURA?


   O texto de hoje fala qual é a noção de o brasileiro tem de cultura, e foi constatado que nem tudo que leva ao conhecimento ou que seja "diversão" seja reconhecido como tal levando a um pensamento de que cultura é algo para poucos.

Mas o que é cultura?


    Nos principais debates dos candidatos à presidência da República neste atual período eleitoral no Brasil, uma palavra esteve ausente: cultura. Quem trabalha na área e está nas redes sociais acompanhou uma enxurrada de manifestações sobre a falta de propostas para o desenvolvimento do setor no país. Reclamavam, sobretudo, da desconsideração sobre os potenciais econômico e social da cultura.
 
“Entender o que cultura é na visão do brasileiro nos denota qual a construção hegemônica à qual estamos socialmente sujeitos”, afirma a pesquisadora e especialista em bens culturais Gisele Jordão. Junto com Renata Allucci, ela foi responsável pela pesquisa Panorama Setorial da Cultura Brasileira – desenvolvida pela 3D3 em parceria com a MC15, realizada pelo Ministério da Cultura e Vale, por meio da Lei Rouanet -, cuja segunda edição, lançada em setembro, estudou os hábitos de consumo da população do país.

Um dos aspectos abordados no levantamento é qual o conceito de cultura que o brasileiro tem. E talvez o resultado ajude a entender por que o assunto não apareceu na urna com os temas das perguntas para os candidatos.

A cultura, lembra Gisele, é um signo com amplo aspecto conotativo, que adquire diferentes significados de acordo com os distintos contextos em que é observado. Duas utilizações são mais corriqueiras na contemporaneidade: a que estabelece o termo como processo de acumulação cultural, e a que o trata como sinônimo de atividades artísticas. A primeira diz respeito à cultura de um determinado grupo como referência de estado desenvolvido de conhecimento.

“Conceitualmente, cultura abarca as noções de conhecimento e informação, simultaneamente. Contudo, quando se verifica quais as dimensões percebidas pelo brasileiro, entende-se que não há associação dessas dimensões com a noção de cultura”, conta Gisele. Muitos dos discursos encontrados na pesquisa – na declaração de produtores, de artistas, de críticas, de veículos de imprensa – remontam à ideia de cultura como algo elitizado. “Isso vem reforçando uma ideia bastante antiga, promovida desde o século XVIII pelo movimento academicista das artes, de que cultura é um estado mental elevado, desenvolvido, para poucos.”

A percepção de que cultura não é algo para todos, ainda presente não só entre consumidores mas também entre agentes, viabilizadores e difusores, acaba constituindo-se como obstáculo para o consumo cultural. “Em geral, as associações realizadas pelos respondentes nos levam a compreender que o brasileiro associa à ideia de cultura todas as práticas que ele não realiza. Cultura é, para o brasileiro, diferente de informação e diferente de diversão.”

É por isso, diz a pesquisadora, que atividades como ouvir música, ir ao cinema e a circo, ler livros, ir a livrarias ou loja de CD, por exemplo, não são vistas como “culturais” pelos entrevistados. “Se há a prática, se está próxima, não pode ser cultura, porque ‘isso é para poucos’. Essa percepção, trabalhada historicamente e reforçada por diversos discursos que verificamos, incrustam na ideia do brasileiro a cultura como algo distante.”

Na prática - A pesquisa solicitou aos entrevistados que fizessem livres associações entre as práticas e as ideias de diversão, informação e cultura. Gisele explica que foi absorvida a noção de cultura de forma não totalizante, em que se pode pensar no plural e no singular simultaneamente: a cultura e as culturas. “Neste sentido, a cultura deixa de ser fim e passa a ser recurso político e econômico.”

Desde essa perspectiva, foi localizado o conceito de práticas culturais – todas as atividades de produção e recepção cultural: escrever, compor, pintar, dançar, frequentar teatro, cinema, concertos etc – sem hierarquizar ou classificar, verificando-as como atividades mediadoras e, assim, com potencial dialógico e comunicacional, favorecendo a interação do indivíduo com a sociedade.

As atividades citadas como as mais realizadas fora de casa – ir ao cinema, ir ao restaurante como lazer, passeios em parques/ao ar livre, viajar pelo Brasil, ir a shows de música popular e ir a festas regionais/típicas/quermesses – foram associadas à diversão.

Entre as atividades que o brasileiro mais gosta, três (ouvir música, ir ao cinema e ir a shows de música popular) são relacionadas apenas à diversão; duas (assistir à TV e ouvir rádio) à informação e à diversão; e uma (acessar a internet) apenas à informação. A única atividade associada à cultura de alguma forma – e neste caso em associação conjunta com informação – foi a prática religiosa, a primeira atividade citada como a mais realizada fora de casa no último ano.

Com exceção da religião, todas as outras atividades relacionadas de alguma forma com a ideia de cultura – exposição fotográfica, visita a museus, galerias e cidades históricas, ópera, teatro, espetáculo de dança, atividades em centros culturais – foram as menos realizadas no último ano e as que os entrevistados disseram gostar menos.

O problema, acredita Gisele, não está no que se chama ou não de “cultura”, mas sim no desencontro do que cada ator valida por cultura e, desta forma, o que pode ou não ser legitimado como cultural. “Entender as crenças coletivas sobre cultura favorece a avaliação de políticas e caminhos escolhidos.”

*Na introdução do Panorama Setorial da Cultura Brasileira, Gisele Jordão escreve sobre o conceito de cultura a partir de estudos acadêmicos. A pesquisa pode ser acessada na íntegra no site www.panoramadacultura.com.br.

Fonte: Site Cultura e Mercado    http://www.culturaemercado.com.br/panoramadacultura/mas-o-que-e-cultura/

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