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Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 20 de novembro de 2012

PROFESSOR MOSTRA QUE QUIMICA E ARTE CAMINHAM JUNTAS EM RESTAURO DE BENS CULTURAIS

      O artigo de hoje é para mostrar que arte nem é tao subjetiva assim, se ela se alia a uma materia tao objetiva como quimica e outras materias exatas entao quer dizer que ela tem sua importancia e objetividade.
  
 Reportagem: Fernanda Vilela

Caso da espanhola que tentou recuperar pintura mostra que é necessário conhecimento para restauração de obras de arte (Crédito: Centro de Estudos Borjanos/AFP) 
Caso da espanhola que tentou recuperar pintura mostra que é necessário conhecimento para restauração (crédito: Centro de Estudos Borjanos/AFP)

 Caso da espanhola que tentou recuperar pintura mostra que é necessário conhecimento para restauração de obras de arte (Crédito: Centro de Estudos Borjanos/AFP) Caso da espanhola que tentou recuperar pintura mostra que é necessário conhecimento para restauração (crédito: Centro de Estudos Borjanos/AFP) 
    
     A palavra arte tem origem no latim e significa técnica ou habilidade. Geralmente ela é entendida como a atividade humana ligada à estética e à comunicação, realizada a partir da percepção, emoções e ideias. As manifestações artísticas buscam o mergulho na consciência, dando um significado único e diferente para cada obra. A importância da preservação do patrimônio histórico e cultural de uma nação demonstrou a necessidade da existência de outra habilidade: a conservação e restauração de bens culturais. 
     Com o passar do tempo, as obras de arte envelhecem e se desgastam. Para cuidar desse material tão delicado é necessário ter conhecimento sobre o assunto. Para isso, a união com a Química é fundamental. 
    Um exemplo mal sucedido de restauração feita sem preparo adequado foi o de uma espanhola de 80 anos que decidiu por conta própria restaurar uma pintura do século XIX na parede de uma igreja em Borja, na Espanha. A mulher até agiu com boa vontade, mas acabou distorcendo completamente a obra original, feita pelo artista Elías García Martínez. 
     O Prof. Dr. João Cura D´Ars de Figueiredo Junior, especialista em Química de Bens Culturais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que o químico auxilia diretamente o restaurador ao escolher, por exemplo, um solvente que funcione de uma forma bem específica na limpeza e na remoção das pinturas. “Pensemos em uma situação em que há uma pintura na qual o seu verniz está envelhecido e de cor amarela. Ao usarmos um solvente para remover esse verniz, há o risco de tirarmos também a tinta. A solução que o químico encontra é que diferentes materiais, como o verniz e a tinta, podem possuir diferentes solubilidades. Em uma situação aceitável, o verniz será totalmente polar e a tinta totalmente apolar. Neste caso, poderíamos usar água para remover o verniz sem o risco de que ela dissolva a tinta”, diz. 
    Segundo Figueiredo, em diversos momentos, o restaurador tem a necessidade de identificar substâncias em obras de arte para conhecer a técnica que o artista utilizou ou proteger o estado de conservação da obra. “O estado de conservação nos diz o quanto a obra está deteriorada e o que causou essa deterioração”, explica. 
    O pesquisador diz ainda que, com o avanço tecnológico, os materiais utilizados no processo de restauração de uma obra de arte evoluíram. “Hoje em dia, temos sistemas com géis, bem semelhantes a sabões, que podem usar materiais como a lipase, uma enzima que auxilia na remoção de tintas a óleo. Há também solventes magnéticos. Esses solventes são géis magnéticos misturados a um solvente de uso comum, como as cetonas. Eles apresentam a facilidade de limparem as obras e serem removidos depois com ímãs”, afirma o professor. 

 História 

   Figueiredo explica ainda que as primeiras tentativas de unir a Química e a restauração começaram no século XVIII. Grandes cientistas como Pasteur, Bertholet, Humphry Davy e Faraday foram os precursores. Bertholet chegou a ser requisitado pelo próprio Napoleão Bonaparte para tratamentos químicos em obras encontradas no Egito. 
    Esses cientistas, porém, passaram por dificuldades. Os restauradores os evitavam, pois acreditavam que os químicos não possuíam sensibilidade para tratar a obra de arte com respeito. “Isso acabava encontrando razão, pois muitas vezes as intervenções dos químicos foram desastrosas. Humphry Davy, por exemplo, acabou destruindo vários pergaminhos ao tentar restaurá-los”, revela Figueiredo. 
   “Infelizmente, o passo mais importante para essa união foram as guerras mundiais. A destruição de monumentos e obras artísticas pelos bombardeios e ataques de exércitos gerou um forte sentimento de que eles deveriam ser preservados e todos os esforços para isso, oriundos de qualquer área, seriam importantes”, complementa o pesquisador.

 Arte e Ciência 

                             O prof. João Cura D'Ars de Figueiredo Junior durante aula de análise de materiais de obras de arte

O prof. João Cura D’Ars de Figueiredo Junior durante aula de analise de materiais de obra de arte

 O prof. João Cura D'Ars de Figueiredo Junior durante aula de análise de materiais de obras de arte O prof. João Cura D’Ars de Figueiredo Junior durante aula de análise de materiais de obras de arte Para Figueiredo, a Arte e a Ciência estão interligadas e devem caminhar juntas. “A divisão do conhecimento em disciplinas existe apenas para facilitar o estudo. Não existe um planeta ‘Química’, ou um planeta ‘História’. Bom, podem até existir, mas aqui no planeta Terra todos os conhecimentos são fundamentais para o ser humano. Precisamos saber sobre artes e sobre exatas. O conhecimento de uma não elimina a outra”, diz. O professor conclui citando uma frase do cientista francês Henri Poincaré: “O cientista não estuda a natureza porque ela é útil; estuda-a porque se delicia com ela, e se delicia com ela porque ela é bela. Se a natureza não fosse bela, não valeria a pena conhecê-la e, se não valesse a pena conhecê-la, não valeria a pena viver”. 

 fonte: http://agenciacienciaweb.wordpress.com/2012/09/14/professor-mostra-que-quimica-e-arte-caminham-juntas-em-restauro-de-bens-culturais/

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