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terça-feira, 4 de agosto de 2015

FORMAÇAO E ATUAÇAO EM CURADORIA

O post de hoje sera falara sobte curadoriaSua funçao e sua formaçao

 Formação e atuação em curadoria


Por Blog Acesso

Segundo o coordenador do curso Arte: História, Crítica e Curadoria da PUC-SP, Fabio Cypriano, o curador é uma figura recente no campo da arte. Trata-se, de acordo com o especialista, de um profissional que surgiu, a princípio, para criar contextos que explicitassem novas propostas artísticas, como, por exemplo, a importância do entendimento do processo de criação para a apreciação de uma obra.
“O curador era uma espécie de assistente para os artistas, capaz de criar narrativas que ajudassem o público a compreender algumas novas proposições. Com o tempo, passou a criar narrativas próprias, inclusive desafiando os artistas a pensarem a arte de forma mais ampla”, explica Cypriano.

   A existência de cursos de formação de curadores é ainda mais recente e, em nível de graduação, o curso coordenado por Cypriano ainda é o único no país. “Até a PUC criar o curso de Curadoria, há seis anos, o curador brasileiro se formava na prática. Muitos deles, como Aracy Amaral, Walter Zanini, Ivo Mesquita e Lisette Lagnado estudaram Jornalismo, e entraram em contato com essa atividade, principalmente, trabalhando na Bienal de SP. Alguns curadores estudaram Arte, outros Filosofia, mas a PUC segue sendo a única universidade no Brasil a abrigar uma graduação em Curadoria”, conta o coordenador.

   De acordo com Júlia Baker, assessora curatorial do Museu de Arte do Rio – MAR, os curadores das gerações passadas entraram na profissão por meio da prática e de suas relações com artistas dos movimentos da arte brasileira que surgiram nos anos 1960. Atualmente, segundo Baker, a maior parte ainda não tem uma formação específica, sendo oriundos, em geral, de cursos como História, História da Arte, Comunicação, Ciências Sociais e Filosofia.

   “Existem cursos livres em instituições como o Parque Lage, que oferecem aulas sobre a construção do pensamento curatorial e crítica em artes. Em São Paulo, existem cursos de pós-graduação em Curadoria no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e no Senac. O MAR também tem um curso de formação na grade da Escola do Olhar. É bom sempre procurar cursos livres com diferentes curadores e críticos de arte para entrar em contato com pensamentos e pessoas com esse mesmo interesse”, recomenda.

  • Organizar narrativas
  • Inserção profissional

   Para Baker, o curador, ao longo das últimas décadas, tornou-se figura de grande importância não apenas nas artes plásticas como também em áreas como o cinema, o teatro, a moda, a gastronomia e a música. “Isso porque o curador ajuda a dar significado à obra e se torna um facilitador do grande público para esse mundo que nem sempre permite um fácil acesso e compreensão, sendo um dos principais sujeitos na criação de significado para um grupo de elementos reunidos”, explica.

  Esse significado, segundo Baker, é construído a partir de uma premissa definida pelo próprio curador a fim de criar um discurso visual que traduza tal ideia inicial, trabalho de seleção que parte de uma extensa pesquisa. “Todavia, a mesma obra, dentro de outro contexto ou exposição, pode ser interpretada de uma forma distinta. O sentido da exposição é criado a partir do conjunto e não da singularidade das obras”, afirma.

   Um dos grandes desafios do curador é, portanto, produzir significado e sentido por meio da seleção de imagens sobre as quais é possível produzir leituras distintas, em especial na arte contemporânea, com sua multiplicidade de plataformas. “A grande realização é quando o público percorre a exposição e sai percebendo o sentido da reunião daquelas obras e levantando questionamentos que produzem um novo significado para o que foi visitado”, diz Baker.

  Para Cypriano, no entanto, o poder de criação de narrativas do curador precisa ser encarado com cuidado, para que não sobreponha o valor das próprias obras de arte. Segundo ele, há um consenso de que é preciso repensar o papel do curador. “O poder exacerbado do curador se nota na criação de narrativas que, em muitos casos, não têm mais relação com as obras de arte. É o que eu chamo de exposições ilustrativas. Os curadores escolhem um tema – por exemplo, a modernidade líquida – e reúnem obras que passam a ser vistas só por esse filtro, reduzindo o significado das próprias obras. Além disso, ao escrever sobre os artistas, especialmente em catálogos, e ao organizar as exposições, o curador assumiu um diálogo com os artistas que antes era privilégio dos críticos de arte”, avalia.
  As três principais formas de atuação profissional em curadoria e inserção no mercado das artes, segundo Baker, estão relacionadas ao trabalho em museus ou centros culturais, instituições de ensino e de modo independente. No primeiro caso, o trabalho, em geral, se dá em conjunto com outros profissionais para pensar a programação do museu ou de determinada exposição específica, tendo como limites as políticas de acervo e museal da instituição, além do material disponível.

  No caso dos curadores que trabalham para instituições de ensino, há, por vezes, a intenção de tensionar e questionar as regras impostas, afirma a assessora curatorial do MAR. “Mas esse embate não deve ser feito de forma leviana. Criar um discurso questionador é uma forma de rever os conceitos da instituição e de analisar o melhor caminho a seguir, uma forma de mudar e construir novas estruturas que ajudem o espaço a crescer”, pontua Baker.

   Por sua vez, os curadores independentes podem atuar desenvolvendo exposições a pedido de alguma instituição, e criar projetos para espaços diversos, buscando financiamento público ou privado. Baker destaca que esse tipo de curador é, muitas vezes, ligado ao mundo acadêmico, somando a função de crítico de arte. “São profissionais das universidades que circulam nas áreas de humanas e desenvolvem teorias e pensamentos críticos em seus locais de trabalho. Eles são convidados por instituições para pensar em exposições muito próximas aos seus objetos de estudo, pois possuem um discurso aprofundado sobre o tema”, explica.
Bernardo Vianna / Blog Acesso

fonte http://www.blogacesso.com.br/?p=8185 

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