Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 26 de abril de 2011

DEZ ASPECTOS DA ARTE CONTEMPORANEA

10 aspectos da arte contemporânea

Cacilda Teixeira da Costa
especial para a Folha de S.Paulo


      Em 1910, o russo Wassily Kandinsky pintou as primeiras aquarelas com signos e elementos gráficos que apenas sugeriam modelos figurativos, uma nova etapa no processo de desmanche da figura, que se iniciara com Pablo Picasso e Georges Braque, na criação do cubismo, por volta de 1907. Assim, a abstração, uma representação não-figurativa —que não apresenta figuras reconhecíveis de imediato— tornou-se uma das questões essenciais da arte no século 20. Movimento dominante na década de 1950, a abstração pode ser conhecida também em livros como "Abstracionismo Geométrico e Informal", de Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger (Funarte, 308 págs.)

   Wassily Kandisky










                                                                                Georg Braque
 
A "arte concreta", expressão cunhada pelo holandês Theo van Doesburg em 1918, refere-se à pintura feita com linhas e ângulos retos, usando as três cores primárias (vermelho, amarelo e azul), além de três não-cores (preto, branco e cinza). No Brasil, o movimento ganhou densidade e especificidade própria, sobretudo no Rio e em São Paulo, onde se formaram, respectivamente, os grupos Frente e Ruptura. Waldemar Cordeiro, artista, crítico e teórico, liderou um grupo com o objetivo de integrar a arte a aspectos sociais como o desenho industrial, a publicidade, o paisagismo e o urbanismo. Para saber mais, consulte o site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) e o livro de Helouise Costa "Waldemar Cordeiro e a Fotografia" (Cosac & Naify, 78 págs.)















                                                                                               Theo van Doesburg

     O grupo Neoconcreto teve origem no Rio de Janeiro e teve curta duração, de 1959 a 1963. Ele surgiu como conseqüência de uma divergência entre concretistas do Rio e de São Paulo. Em 1959, Ferreira Gullar publicou um manifesto onde as diferenças entre os grupos são explicitadas, e a ruptura se consolidou, gerando um movimento brasileiro de alcance internacional. Entre os artistas mais conhecidos estão Hélio Oiticica e Lygia Clark, além do próprio Gullar. Três excelentes introduções são "Etapas da Arte Contemporânea" (Revan, 304 págs.), de Gullar, "Neoconcretismo" (Cosac & Naify, 110 págs.), de Ronaldo Brito, e "Hélio Oiticica Qual É o Parangolé?" (Rocco, 144 págs.), de Waly Salomão.

                                                    Trabalho de Helio Oiticica


     A aparição da pop art (ou novas figurações), na Nova York do final dos anos 50, foi surpreendente. Longe de ser uma representação realista dos objetos, ela enfocava o imaginário popular no cotidiano da classe média urbana e mostrava a interação do homem com a sociedade. Por isso, tomava temas de revistas em quadrinhos, bandeiras, embalagens de produtos, itens de uso cotidiano e fotografias. No Brasil, interagiu com a política e teve em Wesley Duke Lee, Antonio Dias, Nelson Leirner, Rubens Gerchman e Carlos Vergara seus expoentes. O site da Tate Gallery (www.tate.org.uk) traz bons exemplos internacionais.

     Nelson Leiner


A arte conceitual trabalha os estratos mais profundos do conhecimento, até então apenas acessíveis ao pensamento. Nascida no final dos anos 1960, ela rejeita todos os códigos anteriores. No Brasil, o movimento conceitual coincidiu com a ditadura militar (1964-1985), e a contingência lhe deu um sentido diferente da atitude auto-referencial, comum nos outros países. Um dos artistas brasileiros mais ligados ao conceitual é Cildo Meireles, cujo trabalho foi estudado pelo crítico e curador americano Dan Cameron, em livro que leva o nome do artista (Cosac & Naify, 160 págs.). "Poéticas do Processo: Arte Conceitual no Museu" (MAC-USP/Iluminuras, 197 págs.), de Cristina Freire, traz visões mais gerais do movimento.

         'Abajur', de Cildo Meireles, é uma rara instalação em que o visitante comum pode compreender, pois é bela, lúdica e cruel, além de falar de história do Brasil, de ciência, de arte e de relações sociais.”

     A presença do objeto na arte começa nas "assemblages" cubistas de Picasso, nas invenções de Marcel Duchamp e nos "objets trouvés" (objetos encontrados) surrealistas. Em 1913, Duchamp instalou uma roda de bicicleta sobre uma banqueta de cozinha, abrindo a rota para o desenvolvimento dessa nova categoria das artes plásticas. Hoje em dia, os "ready-mades" —obras que se utilizam de objetos prontos— já se tornaram clássicos na arte contemporânea. Por aqui, a essas experiências começaram a ser realizadas somente nos anos 60, com os neoconcretos e neofigurativos.

                                         O Grande Vidro de Marcel Duchamp

     As instalações se caracterizam por tensões que se estabelecem entre as diversas peças que as compõem e pela relação entre estas e as características do lugar onde se inserem. Uma única instalação pode incluir performance, objeto e vídeo, estabelecendo uma interação entre eles. O deslocamento do observador nesse espaço denso é necessário para o contato com a obra, e é assim que a noção de um espaço que exige um tempo passa a ser também material da arte. Para um passeio virtual, visite o site do Museu de Arte Contemporânea (www.mac.usp.br).

                                                         
instalação "PETs" do artista plástico Eduardo Srur . São 20 garrafas plásticas gigantes coloridas espalhadas em 1,5 quilômetro das margens do rio morto, entre as pontes do Limão e da Casa Verde (RIO TIETE-SP)


     Na forma como o compreendemos hoje, o "happening" surgiu em Nova York na década de 1960, em um momento em que os artistas tentavam romper as fronteiras entre a arte e a vida. Sua criação deve-se inicialmente a Allan Kaprow, que realizou a maioria de suas ações procurando, a partir de uma combinação entre "assemblages", ambientes e a introdução de outros elementos inesperados, criar impacto e levar as pessoas a tomar consciência de seu espaço, de seu corpo e de sua realidade. Os primeiros "happenings" brasileiros foram realizados por artistas ligados ao pop, como o pioneiro "O Grande Espetáculo das Artes", de Wesley Duke Lee, em 1963.

                                           Trabalho de Wesley Duke Lee
                                                     

    Da integração entre o "happening" e a arte conceitual, nasceu na década de 1970 a performance, que se pode realizar com gestos intimistas ou numa grande apresentação de cunho teatral. Sua duração pode variar de alguns minutos a várias horas, acontecer apenas uma vez ou repetir-se em inúmeras ocasiões, realizando-se com ou sem um roteiro, improvisada na hora ou ensaiada durante meses. O precursor das performances no Brasil foi Flávio de Carvalho, que, em 1931, realizou sua "Experiência Número 2", caminhando em meio a uma procissão de Corpus Christi, em sentido contrário ao do cortejo e vestindo um boné. Sobre o artista, ver "Flávio de Carvalho" de Luiz Camillo Osório (Cosac & Naify, 120 págs.).

                                flavio-de-carvalho-traje-de-verao 1956 (Perfomance)

De difícil veiculação pela TV comercial, a videoarte tem sido divulgada pelo circuito tradicional das galerias e museus. Além dos pioneiros, Wolf Vostell e Nam June Paik, destacaram-se inicialmente as pesquisas de Peter Campus, John Sanborn, Gary Hill e Bill Viola, que tem um bom site (www.billviola.com). No Brasil, as primeiras experiências foram realizadas nos anos 1970 e apresentadas por artistas como Anabela Geiger, Sonia Andrade e José Roberto Aguilar.

      Hello Elephant Nam June Paik

Próxima postagem: 02/05/2011 Caminho das pedras: A Arte da Proximidade 

terça-feira, 19 de abril de 2011

DIFERENÇA ENTRE REPINTURA E ARREPENDIMENTO ARTISTICO. Exemplos de restauros mal feitos

    Existem duas situações que podem ocorrem em uma pintura. Em uma primeira vista, elas podem parecer iguais (causam mudanças no trabalho) porém se nos atentamos melhor, vamos ver que se diferenciam bastante. É a diferença entre arrependimento artístico e repintura.

    Arrependimento do artista: ele ocorre quando o próprio faz qualquer alteração em sua obra pois não gostou do resultado anterior do seu trabalho. Esta mudança é feita com um propósito já que o artista sabe qual a intenção que deseja e tenta expressar.

    Já a repintura é alguém que não tem nada a ver com a pintura (pode ate ser um artista) executa mudanças na mesma. Com isso, ocorrem diferenças no traçado e na maneira de realizar o trabalho se comparado com o todo. Estas mudanças podem ocorrem até com o próprio artista quando ele fica um intervalo sem mexer no quadro ou quando ele leva muitos tempo para finalizar um projeto como aconteceu com Renoir em seu quadro:  
  •     O Almoço dos Remadores
 Neste quadro o artista fez um acréscimo posterior de Charles Epbrussi no quadro, o banqueiro ao fundo de cartola. "Ele foi acrescentado depois, pois é possível ver marcas e camadas de tinta diferentes sob a superfície nessa área do quadro que indicam mudanças feitas." pag 89


    Estas alterações podem nem ser perceptíveis a olho nu porém não escapam a um exame mais detalhado da tela.

  •    Exame científico
    Os avanços científicos produziram muitas técnicas para o exame de obra de arte. A análise da tinta é um exemplo: muitos pigmentos só foram introduzidos no século XIX, e assim, se estiverem numa pintura que se alega se anterior a essa época, algo obviamente deve ser explicado. Os raios X permitem ver o trabalho preliminar, sob a superfície do quadro. Mas embora a análise cientifica possa revelar imagens ocultas, nunca poderá desvendar um significado misterioso. pag. 29

Erros de Restauração e afins:
  • Ausência de Sobrancelha: Quadro de Monalisa
    Por que não há sobracelhas? A explicação mais provável é que Da Vinci colocou-as no final, sobre a tinta fresca do rosto, e que na primeira vez em que o quadro foi limpo (talvez no século XVII) o restaurador teria usado um solvente errado, removendo-as para sempre. Isso serve de alerta aos restauradores quanto aos cuidados que é preciso ter. pag 26  
    Observação minha: Este quadro é tão famoso e tão estudado e mesmo assim nem  eu tinha percebido este pequeno detalhe.

  
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Mona Lisa [detail: 1]
Oil on poplar panel
c1503-c1505
53 x 77 cm
(20.87" x 30.31")
Musee du Louvre (Paris, France)

     Este é apenas o detalhe focado no rosto para nos atentarmos a ausência de sobracelhas. E a imagem está tão boa que podemos observar o craquelado do quadro (estes quadradinhos) formados superficialmente na tinta com o passar do tempo.
  •   A restauração do Teto Capela Sistina de Michelangelo 
  A restauração do teto, iniciada em 1980, ocupou uma equipe de renomados restauradores de arte por 12 anos, três vezes mais que Michelangelo levou para pintá-lo. Esse trabalho mudou drasticamente a aparência anterior bastante escura, fazendo as cores vivas brilharem. O acúmulo de quase cinco séculos de sujeira - que escureceu a superfície - foi removido e agora podemos ver o teto com toda luminosidade pretendida por Michelangelo. Porém a restauração causou controversias: alguns especialistas afirmam que o processo de remoção da sujeira também eliminou os toques finais de Michelangelo da superfície do afresco. Pag. 31

  • Figura Espectral (exemplo de arrependimento)
      Uma figura vaga, montada a cavalo, mal é visível aqui. Em algum momento Constable (o pintor/autor) trocou-a por uma barrica, e depois pintou por cima dos dois. Com o passar do tempo a tinta a óleo se torna mais transparente e as figuras estão reaparecendo agora sob a superfície da tinta. pag 78

    A barrica parece que foi pintada perpendicular a margem perto do cachorrinho nesta parte grifada.













  • Mudança de expressão
  O primeiro dono do quadro pediu a Hunt (o pintor/autor) que repintasse o rosto da jovem porque sua expressão original era dolorosa demais para que ele aceitasse (olha a força da imagem) A face é iluminada pela luz da janela que aparece no espelho. pag. 80


  •      Imagem Fantasmagórica Quadro O Atelier do Artista de Courbet
      
      No canto direito do quadro, atrás do homem sentado a mesa, e perto do espelho escuro está a imagem fantasmagórica da amante do poeta, Jeanne Durval. Courber pintou a figura, mas ela está reaparecendo à medida que a tinta se torna mais transparente. pag 83

  •      Mudanças na Posição  Quadro Aula de Dança de Degas
     Exames com raio X mostram que Degas fez muitas alterações no quadro. Por Exemplo, havia duas bailarinas no primeiro plano que fitavam o observador. Uma ainda pode ser vista entre outras duas que estão agora lá, pintadas sobre as originais. O professor a princípio estava voltando para a parede do fundo.
 

Proxima Postagem: DIA 26/04 "10 aspectos da Arte Contemporanea"

terça-feira, 12 de abril de 2011

CURIOSIDADES SOBRE ARTE E GLOSSARIO

  Estes foram os conceitos que aprendi ao ler o livro Arte em Detalhes, alguns já sabia e mesmo assim resolvi postar aqui por serem interessantes.

              Glossário                                                             

Afresco: 

Pinturas pintadas diretamente na parede com argamassa ainda úmida, tornando-se parte integrante da construção. pag 10

Tinta a óleo 

  A tinta consiste em pigmentos - matéria corante como minerais e flores, finamente moídas - suspensos num meio aglutinante liquido que depois seca. Os meios tradicionais eram gema de ovo (têmpera), água e óleo, como o de papoula ou linhaça. As vantagens da tinta a óleo, que se tornou o meio mais amplamente usado, são a resistência e a flexibilidade. Ela cria uma superfície forte e duradoura e pode ser diluída ou grossa, em impasto. Pode ser aplicada em camadas finas e transparentes como verniz para produzir grandes áreas intensas ou ser trabalhada nos mais delicados detalhes. Van Eyck aperfeiçoou a técnica da pintura a óleo e abriu muitas novas possibilidades, em especial as sutis gradações de tom e cor que dão ilusão de intensa luz natural. pag.15


Retábulos: 

Os retábulos em geral eram obras elaboradas que continham muitas cenas, mostradas em épocas diferentes do calendário da Igreja. Todos os retábulos foram criados como ponto central de devoção em locais de culto espiritual, e pode-se argumentar que a experiência estética de vê-los numa galeria está em conflito direto com seu propósito original. pag 35

Pintura de Gênero:  

As cenas de gênero eram representações em pequenas dimensões de interiores domésticos que expunham mensagens moral ou política. pag. 59

Impasto

 Tinta a óleo muito grossa aplicada a tela formando alto-relevos. pag 100

Impasto trincando

Predela:

  Fileiras de pequenas pinturas colocadas sob um painel principal de um retábulo. Com frequência contém cenas de vida dos santos representados acima. pag 101


    (pedrella e retabulo) Um retábulo de Carlo Crivelli:
a predela é formada por uma seqüência de quatro painéis, representando cenas da Paixão de Cristo.

Putti 

(singular Putto - em italiano o plural se faz usando as letras i - masculino- ou e -feminino- e não o S):  Bêbes alados comuns na arte do Renascimento e do Barroco. Têm o papel de espíritos angélicos e são companheiros constantes de Vênus. pag 101



Putti de Ilia Rubini

Trompel'oeil 
 
Pintura, ou parte de uma pintura que busca iludir o observador, para que pense tratar-se de um objeto real. pag. 101


                        Curiosidades:                                               
  • Sobre o quadro "Adoração dos Magos de Gioto"

      A tinta do manto da virgem deteriorou-se, revelando o desenho por baixo. E Por que as áreas azuis estão em mau estado? Elas não são afrescos verdadeiros. Era tecnicamente impossível aplicar pigmento azul do lápis-lazuli na argamassa umida. Assim, ele tinha que ser acrescentado sobre a massa seca e, infelizmente não resistiu ao tempo. pag 11

  As partes marcadas em verde foram as que destaquei para mostrar o que foi citado a cima. Esta imagem como todas as outras que serão postadas foram pegas da Internet.

Pintura e Música 

   Assim como a música pode trazer imagens à mente, as pinturas podem fazer ouvir sons. O truque é deixar o olhar seguir as linhas e curvas da composição, captando detalhes e absorvendo texturas e cores. pag 60

Pés da Moda
 
   Marido e mulher de pernas cruzadas. Isso era típico dos retratos do século XVIII. pag 67

Arte e nova Tecnologia    

   Os rápidos avanços tecnológicos no século XIX apresentaram aos artistas numerosos desafios. A prática da fotografia, que se difundiu a partir de 1840, contestou a exclusividade dos artistas na obtenção si registro visual. Ao mesmo tempo, os artistas passaram a dispor de novas cores sintéticas, produzidas pela indústria têxtil. pag 81

Pintura de gênero dos Pré-Rafaelita x Pintura de gênero holandesa

  Hunt é um artista menor da escola inglesa de pintura, mas esta obra é um belo exemplo do tipo de quadro que se tornou muito popular na Inglaterra vitoriana. A obra é uma história, e o tema, também explorado na literatura do século XIX, é o destino da mulher decaída. É uma pintura de gênero - uma cena de interior doméstico que traça um comentário sobre a pintura da época. Ela contém muitos detalhes que funcionam como símbolos. A mensagem moral, porém, é bem diferente daquelas cenas de gênero holandesa, que com frequência tratavam o tema da licenciosidade sexual e da prostituição com tolerância e humor. À maneira vitoriana, a mensagem é severa e reprovadora. Quadros como este, pintados meticulosamente sobre temas moralizantes e sentimentais, foram reproduzidos por toda a Europa e eram imensamente populares entre públicos e colecionadores. pag 80

                                                    
  
Evolução das Tintas
 
    O estilo criado pelos Impressionista foi facilitado pelos materiais artístícos que se tornaram disponíveis pouco antes. Enquanto os grandes mestres tinham que preparar suas tintas, os impressionistas podiam comprá-las prontas em práticos tubos de metais portáteis - hoje comuns, mas então uma novidade. pag 84

A arte nos anos 1880

    Os anos de 1880 foram um período florescente nas artes. Colecionadores ricos gastavam grandes somas com arte atual de estilo tradicional acadêmico, sem perceber que os impressionistas, como Seurat, lançavam ideias que mudariam o rumo da arte. Jovens artistas estavam entusiasmados com as perspectivas de um novo século e, adotando modernas teorias científicas da cor, buscavam um estilo moderno de arte, que se expressasse a nova época. pag 92      

Proxima Postagem: DIA 19/04 Diferença entre repintura e arrependimento artístico. Exemplos de restauros mal feitos, etc.
 

terça-feira, 5 de abril de 2011

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ARTE ao longo do tempo

 Aqui será postado sobre a evolução de pensamentos em relação aos conceitos de arte e de artistas ao longo da história da arte que está sempre em constante movimento.

Os artistas no Renascimento:

    Considerados pouco mais que artesão no inicio do Renascimento, os artistas dependiam do favor dos nobres cultos. Cenas de torneio de cavalaria e batalhas eram temas populares, representados com frequência em tapeçarias - uma arte julgada por muitos superior à pintura. pag 20

A natureza-morta:
     
   A natureza-morta sempre foi um tema menor. Embora muitas grandes obras contenham primorosos detalhes, uma pintura de objetos inanimados não era considerada suficiente para expressar os objetivos e ideais da Grande Arte. Os pintores do norte europeu, com sua técnica meticulosa gostavam deste tipo de detalhe, e os holandeses foram os primeiros a estabelecer uma tradição de naturezas-mortas. Essa tradição se desenvolveu mais no século XVIII, em especial com Chardin e ganhou vida própria no final do século XIX, quando artistas como Cézanne derrubaram a autoridade da Grande Arte que as academias continuavam a promover. pag 53

Chardin, Jean-Baptiste-Siméon The Silver Goblet 
Oil on canvas (190 Kb), 33 x 41 cm (13 x 16 1/4"); Musée du Louvre, Paris














                                                                          Table, Napkin, and Fruit 1895-1900  - Paul Cezanne

  Issac e Rebeca:

    Até o final do século XIX, a paisagem não era considerada um tema sério de pintura. Havia uma hierarquia, em que a pintura histórica, que incluía cenas da Bíblia figurava no topo. Introduzindo temas da Bíblia, Lorrain (o artista do quadro citado) era visto como um pintor sério. pag.55
   Issac e Rebeca de Lorrain



   Pintura de Gênero
    
   Com a recém-conquistada liberdade política e cultural, artistas holandeses desenvolveram novos temas em seus quadros, avidamente colecionados pela emergente classe média. Paisagens, naturezas-mortas e pinturas de gêneros celebravam a nova república e seu estilo de vida, ignorando velhas tradições de pinturas religiosas e históricas, que continuavam a dominar a arte das monarquias católicas. pag. 59



    Putti privilegiados
     
   Os putti são os únicos "deuses" da Antiguidade admitidos por Watteu na tela ("Viagem a Citera"). Cansados de se voltar para os deuses da Grécia, os artistas do Rococó viam a natureza morta como guia de inspiração, aludindo os deuses apenas de modo brincalhão e romântico.  (pag.60)

     

   Pintura retrato x Pintura de Paisagens


   Embora Gainsbourough tenha construído sua reputação como pintor de retratos muito bem-sucedido da alta sociedade da época, seu interesse era a pintura de paisagens, que não era considerada uma forma séria de arte. Nas palavras do artista: "Estou farto dos retratos e gostaria muito de pegar minha viola de gamba e ir para algum bom povoado onde pudesse pintar paisagens..." (pag. 66/67)



Titulo Die Tränke  
Thomas Gainsbourough  (Imagens)
Technique Öl auf Leinwand (oleo sobre tela) Ano 1777                Pintura de Grainsbourought
Dimensions=147 × 180 cm 
 London, National Galery


    A Grande Arte
     
   A maioria dos pintores com aspirações tenta fazer da arte com conteúdo intelectual, moral ou sério. No passado, isso significava temas de história antiga e da Bíblia, mas não paisagens, naturezas-mortas e pinturas de gênero, que eram consideradas decorativas, mas não Grande Arte. Pelo final do século XIX essa hierarquia acabou, e a paisagem se destacou. Logo se reconheceu que Wright (o pintor) tinha levado a arte séria a um território não mapeado, criando uma nova categoria, de tema moderno, para a Grande Arte (pag 69)

Proxima Postagem: Dia 12/04 Curiosidades sobre a Arte e glossário

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