Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CRIANÇAS e MUSEU (parte 1)

   Em 3 dias vi duas reportagens sobre crianças no museu e por gostar muito de visita-los achei interessante ambas as duas pois apesar de nao ter tido tanta oportunidade por viver numa cidade pequena é desde criança que se visita esta instituiçao e se pode ter acesso a arte. As duas reportagens serao colocadas aqui. Pode ser que este assunto seja divido em 2 partes...
  Como as reportagens nao sao brasileiras e as consequentemente as referencias entao houve uma ediçao... 

 A primeira:

   
Um dia (feliz) no museu por Renata Ungier

 
 Crianças adoram museus. Você pode acreditar nisso.




Só que uma criança pequena, talvez, não esteja tão interessada em saber os detalhes históricos minuciosos que cercam uma peça específica, nem que um quadro tenha sido pintado por determinado artista em tal período, ou possivelmente se cansará após uma caminhada excessivamente longa… Aliás, o carrinho é sempre um bom aliado!
Há muitas alternativas para incrementar a visita, tanto a galerias de arte menores quanto a grandes museus. Dudu passou 5 horas felizes no British Museum de Londres, sem se entediar. Seguem algumas de minhas dicas:
  • Antes de viajar, apresente à criança as principais atrações do museu que será visitado. Para isso, há livros, revistas e o próprio site do museu. Vai ser muito legal mostrar ao seu filho determinada peça, ao vivo, e dizer: Lembra? A gente viu isso no site!
  • Explique previamente as regras: não correr, não tocar em nada, respeitar os outros visitantes.
  • Faça intervalos regulares para lanche ou almoço.
  • Em uma pinacoteca, por exemplo, costumo perguntar ao Dudu: qual o seu quadro preferido nesta sala? Ele se entretém por um bom tempo, examinando cada obra, até dar seu veredicto.
 
   Não importa se ele “esnobou” o da Vinci ou o Rembrandt em prol de um pintor menos valorizado. O que vale é o fato de que ele observou diferentes quadros e percebeu que um deles lhe despertou mais a sensibilidade. Às vezes, inclusive, ele escolhe, sem saber, o mesmo artista em salas diferentes, o que já vai denotando um pouco suas preferências… Missão cumprida, né?

Dudu e sua amiga Carol curtindo a Pinacoteca de São Paulo
                                  


Dudu e sua amiga Carol curtindo a Pinacoteca de São Paulo
  
  • Coloque uma máquina fotográfica nas mãos da criança e permita que ela registre suas próprias impressões. Você certamente se surpreenderá com o resultado. Dudu viu e fotografou coisas que nos tinham passado inteiramente despercebidas.
  • Aproveite as atividades propostas pelo museu, especialmente para os pequenos.
     Na lojinha do museu, peça à criança para escolher alguns postais de sua preferência, e faça uma “caça ao tesouro”, em busca das peças que os ilustram. A partir de uns 6 ou 7 anos, é diversão garantida!
  • Nas sessões destinadas a antigas civilizações, permita-se soltar a imaginação e inventar histórias. A visita se transformará numa incrível aventura, se seu filho imaginar o faraó passando por aquele portal, ou que ali vivia um samurai, ou que aquelas jóias pertenciam a uma princesa encantada… Creio, realmente, que podemos deixar a acurácia histórica para quando ele estiver um pouco mais velho, não é? O importante agora é criar o hábito dos programas culturais e, principalmente, despertar o interesse em conhecer a arte e o passado que nos trouxe até aqui.
Proxima postagem 06/01 Segunda parte de Crianças e Museu com a outra reportagem de dicas para visitar museu 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PATRIMONIO ESTRATEGICO

A reportagem de hoje trata de uma realidade cruel, mas verdadeira: "Porque adoramos as cidade bem conservadas europeias, mas negligenciamos nossos centros urbanos e seus fabuloso ambiente". Isso vale tambem para arte.

Patrimônio estratégico

Por que adoramos as cidades bem conservadas europeias, mas negligenciamos os nossos centros urbanos e seu fabuloso ambiente construído ao acaso?

  
    Centro Historico de Salvador BA                                 Centro Histórico de Guimarães, Portugal

Este ano, a vigésima-sétima edição do Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade, nosso “Nobel” do patrimônio cultural, promovida pelo Iphan, reconheceu seis iniciativas importantes: o registro da artesania das rabecas e seus músicos, no Ceará; o trabalho de salvaguarda dos circos tradicionais e familiares, em Minas Gerais; a recuperação da técnica tradicional para construção de barcas de buriti, no Pará; a estratégia econômica e social de preservação das técnicas de bordado, em Goiás; o resgate cultural do Cariri através de iniciativas de indústria cultural, na Paraíba; o apoio com recursos públicos à restauração de imóveis privados através de seleção de projetos, o edital Pró-Apac, no Rio de Janeiro.
Curiosamente, vimos pela imprensa, nas últimas semanas, casos de marcas e produtos que buscam na dimensão histórica, e no discurso da tradição, uma força que os diferencie competitivamente. É o que os publicitários chamam de storytelling: uma narrativa que conecte pessoas às marcas.
É interessante observar as dimensões de memória e identidade como campos poderosos, capazes de alavancar e sustentar processos socioeconômicos, e ir além: são capazes de dar sentido à vida. Seja no interior do país, na Amazônia, nas grandes metrópoles, de modo orgânico e real; seja criando produtos ou marcas culturais, de modo construído e artificial. Não há maniqueísmo nestas práticas. Elas são parte da vida.
O ato de colocar espirito humano na matéria, na busca pelo sentido, pertencimento e significado, confere ao patrimônio cultural uma força estratégica que muitas vezes não é compreendida. E muitas oportunidades são perdidas.
Por que importamos e apreciamos queijos e vinhos europeus, com Denominação de Origem Controlada, um controle de qualidade, mas criamos empecilhos burocráticos a fabulosos produtos nacionais, genuínos e radicais, como o queijo do serro, o pão de queijo, a goiabada, a cachaça?
Por que adoramos as cidades bem conservadas europeias, mas negligenciamos os nossos centros urbanos e seu fabuloso ambiente construído ao acaso? (Raramente realizamos jantares para angariar fundos para recuperar o nosso acervo construído) Por que celebramos visitas ao Flatiron District, ou ao Marais, ou Covent Garden, mas não percebemos a força de marcas urbanas como Lapa, Ipanema, Brique da Redenção, ou Ver-O-Peso, e sua capacidade de atração e vitalidade? Como são geridas áreas estratégicas nas grandes cidades do mundo?
Será que estamos atentos ao “pré-sal” inesgotável que é o patrimônio cultural, rural e urbano, brasileiro? Qual é a força econômica desta jazida?
O designer e artista plástico Aloisio Magalhães, responsável por verdadeiros monumentos gráficos brasileiros, presidente do Iphan de 1979 até 1982, quando faleceu, dizia que a cultura, na dimensão do patrimônio cultural, seria como a borracha do bodoque: quanto mais forte e flexível, para suportar grande tensão para trás, mais longe seriam a trajetória da pedra e seu alcance.
O Rio de Janeiro é a única capital do país que está colocando efetivamente o Centro Histórico como vetor principal de seu desenvolvimento urbano. Um patrimônio que tínhamos, que era a malha de mais de 400 quilômetros de bonde, e que abandonamos, pela sedução do urbanismo modernista, começa a ser resgatado com o VLT agora, por exemplo. Dentro deste Centro existem lugares que são núcleos culturais pulsantes como Lapa, Estácio, Morro da Conceição, Cinelândia etc.; dentro destes lugares existem pessoas, empresas, serviços, produtos, que cuidam e reinventam tradições como Confeitaria Colombo, Cordão da Bola Preta, Chapelaria Porto, Teatro Rival, Circo Crescer e Viver etc. Estes lugares, estas iniciativas, estas tradições e inovações são marcas culturais.
O potencial estratégico do patrimônio cultural como força econômica, no Rio, é vasto, mas é necessário que uma nova narrativa comece a ser estabelecida na cabeça dos cariocas: seus filhos morarão no Porto ou no Centro. Talvez até você. É necessário reocupar esta área. Esta região está sendo preparada para isto. Precisamos romper com a depreciação do nosso passado, com a manutenção de imóveis vazios por anos, décadas, e começar a adotar ferramentas como o IPTU Progressivo, ou utilização compulsória, por exemplo, para dar significado a estes lugares cheios de riquezas, e que podem gerar outras.
O patrimônio puro e intocável é também uma invenção do urbanismo modernista. O patrimônio é dinâmico, faz parte da vida e pode ser também seu sustentáculo. Todos nós vivemos dentro da História, até a Economia.
 
Autor: Washington Fajardo é arquiteto e urbanista

Fonte: http://oglobo.globo.com/opiniao/patrimonio-estrategico-14692066
Proximas postagens: 30/12 e 06/01 Crianças no museu parte 1 e 2

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

CONVERSANDO SOBRE ARTE

    Hoje a postagem é minha e vai o assunto vai ser arte, profissao, enfin. Domingo assinti no canal arte1 um documentario produzido ou chamado arte.tv que falava sobre o contemporaneo e achei varias falas interessantes pela que nao consegui acha-lo e varios nomes vao me fugir aqui entao peço desculpas.

       CONVERSANDO SOBRE ARTE
 
  Ele ja começou com uma fala do artista Tunga dizendo que a arte nao tem significado mas quando uma pessoa chega perto de um trabalho e há uma sintonia entre ambos entao os sentidos e as formas surgem e há ali uma comunicaçao, pois teve uma ali para observar e um objeto que a tocava de alguma forma resumindo arte é uma troca de sensaçoes sentimentos entre pessoa e objeto.
  Em seguida vem uma historiadora e diz que a arte é constantemente produtiva, pois sempre existe alguem a realizando, nao há uma sequencia logica para ela é como se fosse uma constelaçao que ao olhar uma pessoa vem e ve uma constelação neste conjunto de estrelas e destas constelações surgem os grupos de estrela, o mesmo ocorre com os periodos artisticos, eles sao nomeados e definidos por grupos de pessoas que a classificam e como neste momento estamos vivendo uma arte contemporanea do nosso tempo ainda nao temos a dimensao e noção para classifica-la pos não houve o tempo para estar atenta a ela. (Sendo assim, tudo que fazemos, a cultura que construimos, o patrimonio artistico e cultural que conhecemos hoje tudo foi agrupado e selecionado e de certa forma algo acabou sendo excluido. Imagina quantos trabalhos foram produzidos e pessoas fizeram coisas interessantes que se perderam ou que nao chegaram a ser vistos com este olhar de classificaçao. Sendo assim, ao meu ver por darmos muito valor a estas classificaçoes e grupos ja reconhecidos que acabamos ignorando os outros objetos artisticos e patrimoniais.  Por isso, muita gente tem medo de interpretar a arte por terem medo de pensar errado e de certa forma acabam se excluido e excluido a possibilidade de gostar de algo por ele nao ter certos valores artisticos, patrimoniais. Ao mesmo tempo nós seres humanos nao podemos de certa forma guardar de tudo consequentemente há essa necessidade de classificaçao mesmo que seja exclusoria pois é impossivel contemplar tudo e todos).    
    Mas mesmo assim se faz necessaria a educação artistica, cultural no Brasil pois como diz Felipe (curador acho que mam do rj) no video apesar da produçao brasileira em relação a pratica ter  crescido muito, não existe tantos brasileiros que falem sobre nossa produçao entao se assim continuar ficaremos "produzindo objetos" para os outros.
P  Este assunto pode parecer meio sem noção pois estamos falando de arte porem ambos (arte e conservação) se conjugam. E dai cai no mesmo problema da falta de teoricos para discutir e falar de arte. Se nao temos quem a valorize como ter profissionais que as conservem para preservar para a posteridade.
  Nao sei se me fiz expressar bem mas o assunto de hoje foi este. Espero que pelo menos um pouquinho dele tenha tocado alguem, ate mais....

Proxima Postagem 23/12 Museus e crianças

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O DESCASO PELA ARTE (parte 2)

  Continuando o texto da semana passada...
 
Há um desinteresse geral pela cultura que ocupa um lugar cada vez menos importante nos discursos do cotidiano. Para ser artista, antes de mais nada, é preciso um tráfego de influências pessoais, acesso à mídia e aos patrocinadores, que fazem da arte um produto incapaz de atribuir um sentido à existência da sociedade. E quem realmente patrocina a arte? – "Os contribuintes pagam aquilo que as empresas recuperam através de isenções fiscais pelas suas doações, e somos nós que verdadeiramente subvencionamos a propaganda." (Hans Haacke). Numa sociedade comandada pela economia, tudo se resume à lei da oferta e da procura.
A arte, burocraticamente falando, é mais uma imagem carente de sentido que divulga um certo prestígio social e econômico, e menos um meio de conhecimento indispensável para o homem contemplar o mundo. Se a obra de arte é expressão de uma sociedade, testemunho de um tempo, de um estágio de conhecimento, renunciar à sua inteligibilidade é renunciar à história.
A política, por sua vez, apropriou-se da cultura e fez dela um verniz para animar ou dar um polimento ao discurso político. A arte perdeu sua inocência, ela agora é objeto do mercado, do Estado e de outras instituições que desconhecem seus mecanismos de produção e sua história. Se os partidos políticos que falam de cultura em seus programas de campanha querem fazer alguma coisa pela cultura, não deveriam fazer coisa alguma, e sim, devolverem aos intelectuais, aos artistas, a quem trabalha diretamente com a cultura, o poder de decisão e o comando do processo cultural. É preciso devolver à arte seu território perdido.
Quem atualmente exerce o poder sobre o destino dos bens culturais, trabalha, direta ou indiretamente para o mercado, ou é burocrata de carreira que pouco entende das linguagens artísticas e suas leituras. Acabam desprezando os seus valores a serviço do senso comum. Muitas instituições que lidam com a arte, sem recursos econômicos e sem um corpo técnico ligado à área, perderam a importância e a autonomia, quando não são agências de eventos irregulares sem um projeto definido. A mídia dominou a cultura e o artista deixou de lado a indagação da linguagem da arte, abandonou a solidão do atelier, para se tornar um personagem público do teatro social. E a proliferação de um produto designado como arte e do discurso estético, sem a arte, pode significar o desaparecimento da própria arte.
Almandrade
(artista plástico, poeta e arquiteto)

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