Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O IMPACTO DO ENSINO DE ARTE (ou da falta dele) NA PERCEPÇÃO DO MUNDO - (Parte 1)

 O texto inicialmente pode ate parecer nao falar sobre o assunto do titulo porem quando chega na copia do texto da autora propriamente dito ai sim podemos entender do que se trata

O IMPACTO DO ENSINO DE ARTE (ou da falta dele) NA PERCEPÇÃO DO MUNDO
 
"A arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e autorreferencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível." - Camille Paglia, Imagens cintilantes
 
(...). Polêmica até por afirmar que há gêneros. A escritora norte-americana Camille Paglia é conhecida por desafiar as ideias em voga nos mais diversos campos. Professora de Humanidades e Estudos Midiáticos da University of the Arts da Filadélfia, é autora de obras que misturam cultura pop, história da arte, sexualidade e os diferentes meios que tornam o homem um espectador: seja na frente da televisão, de um Pollock ou de sua própria vida. 

Em sua mais recente obra, Imagens cintilantes — uma viagem através da arte desde o Egito a ‘Star Wars’ (Apicuri, 2014), Camille retorna ao local que a consagrou, a crítica à arte contemporânea. No livro, a autora de Personas sexuais analisa 29 obras que considera fundamentais na história da arte e afirma, com certa decepção, que os jovens deixaram ofícios como a pintura e a escultura para emprestar sua lealdade à tecnologia e ao design industrial.

Em entrevista, Paglia resumiu o panorama que motivou a produção do livro: “O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e correio eletrônico que estão perdendo a linguagem do corpo.” De acordo com ela, esta degeneração gradativa da percepção/expressão tem um grande inimigo: o mercado – das galerias às instituições de ensino.

Segundo a norte-americana, este mercado não é apenas um objeto a ser combatido, mas sim um profundo problema de visão sobre a vida, que parte, também, do espectador. Ensinado a enxergar o mundo apenas de forma política e ideológica, o homem contemporâneo teria perdido a esfera do sensível, do invisível, do metafísico. A isso, somam-se a rapidez da tecnologia e a promessa de lucro aos artistas, que acabam trocando o lento processo de aprendizado por contratos exclusivos ou por telas digitais.
Longe de ser uma questão restrita a quadros e esculturas, este contexto de constante estímulo atinge a sociedade como um todo, como Camille argumenta logo na introdução da obra:
“A vida moderna é um mar de imagens. Nossos olhos são inundados por figuras reluzentes e blocos de texto explodindo sobre nós por todos os lados. O cérebro, superestimulado, deve se adaptar rapidamente para conseguir processar esse rodopiante bombardeio de dados desconexos. A cultura no mundo desenvolvido é hoje definida, em ampla medida, pela onipresente mídia de massa e pelos aparelhos eletrônicos servilmente monitorados por seus proprietários. A intensa expansão da comunicação global instantânea pode ter concedido espaço a um grande número de vozes individuais, mas, paradoxalmente, esta mesma individualidade se vê na ameaça de sucumbir.

Como sobreviver nesta era da vertigem?  Precisamos reaprender a ver. Em meio à tamanha e neurótica poluição visual, é essencial encontrar o foco, a base da estabilidade, da identidade e da direção na vida. As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte.”

Ainda em seu texto introdutório, Camille critica as instituições de ensino por falharem completamente no ensino da visão que nos tiraria desta vertigem. Se precisamos reaprender a ver, as faculdades de arte, para ela, poderiam ser consideradas mais um empecilho do que uma parceira nesta tarefa. Leia, abaixo, o que ela tem dizer sobre isso a partir de excerto do livro Imagens cintilantes

“É de uma obviedade alarmante que as escolas públicas norte-americanas têm feito um mau serviço na educação artística dos estudantes. Da pré-escola em diante, a arte é tratada como uma prática terapêutica – projetos com cartolina do tipo “faça você mesmo” e pinturas com os dedos para liberar a criatividade oculta das crianças. Mas o que de fato faz falta é um quadro histórico de conhecimentos objetivos acerca da arte.  As esporádicas excursões ao museu, mesmo que haja um por perto, são inadequadas. Os cursos de história da arte deveriam ser integrados  ao currículo do ensino primário, fundamental e médio  - uma introdução básica à grande arte e a seus estilos e símbolos. O movimento multiculturalista que se seguiu à década de 1960 ofereceu uma tremenda oportunidade para expandir o nosso conhecimento do mundo da arte, mas suas abordagens têm com demasiada frequência sacrificado a erudição e a cronologia em favor de um partidarismo sentimental e de queixumes rotineiros.

 Continua dia 03-03...


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

OBRAS PRIMAS QUE OS GRANDES MUSEUS NAO EXIBEM (e por quê))

   O texto de hoje também não pode ser copiado por isso foi colocado em formato de imagem (atenção: eu colo mas sempre coloco a fonte de onde tirei então...). Ele fala sobre o fato de museus terem obras que nem chegam aos olhos do publico ficando guardadas na reserva técnica e muitos não entendem o porquê deste fato. Como a reportagem foi escrita em inglês as referencias são os museus da Europa porem isso acontece aqui também. Primeiro porque as obras recebidas tem que passar por um processo de analise do estado que se encontra e entrar para o registro das instituições, depois elas são higienizadas conservadas e acondicionadas para então depois ser analisada se entram em alguma exposição ou não. Vamos lá:

OBRAS PRIMAS QUE OS GRANDES MUSEUS NÃO EXIBEM (e por quê)

                                       Kimberly Bradley

da BBC Culture 

5 fevereiro 2015 



        Números não mentem. No Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), das 1221 obras de Pablo Picasso que a Instituição possui, somente 24 podem ser vistas atualmente pelos visitantes.

   O acervo conta também com 156 quadros de Joan Miro, mas apenas nove estão em exibição.

    Em Londres, a Tate só expõe 20% de sua coleção permanente. Ja as obras a mostra no Louvre, de Paris, representam 8% de seu acervo.

          
        Outros museus, como Tate, o MoMa e o Metropolitan de Nova York, estão se expandindo em uma tentativa de aumentar o espaço para as visitas a coleção permanente.
            Até que esses tesouros venham a ser redescobertos, conheça algumas das maravilhas das artes que estão guardadas longe dos olhos do publico.

'Lebre Jovem' de Albrecht Durer (1502), galeria albertina em Viena

         A famosa aquarela e guache do alemão Durer é considerada uma obra-prima da observação, e sua representação serviu de exemplo para artistas muitos seculos depois. Trata-se também do quadro mais importante da coleção da Albertina. Mas ele quase não é visto porque depois de no máximo três meses em exibição, a Jovem Lebre precisa de cinco anos em uma sala escura, com menos de 50% de umidade, para que o papel "descanse". A próxima chance de ver a obra sera em 2018.

'A Piscina', de Henri Matisse (1952) -  Museu de Arte Moderna de Nova York. 

     As ondas e os nadadores de A Piscina fazem parte de uma grande instalação em papel feita para a sala de jantar do pintor francês em Nice. Quem quiser vê-la terem só ate fevereiro, quando se encerra a exposição Henri Matisse: The Cut-Outs, que reúne obras em colagem feitas pelo artista francês. Adquiridas pelo MoMa em 1975m a obra passou quase 20 anos sendo restaurada por causa de descoloração e de manchas. Quando a mostra acabar, a Piscina voltara a ser guardada em caixas especiais climatizadas.

  'Mural em Terra Vermelha Indígena' de Jackson Pollock (1950) - Museu de Arte contemporanea de Teerã

     Nos últimos anos do reinado do xá iraniano, durante um período de boom do petróleo, a rainha Farah Pahlavi reuniu uma incrível coleção de arte moderna que hoje esta avaliada em bilhões de dolares. Os Picassos, Pollocks e Warhols exibidos no museu, entre outros nomes, puderam ser vistos desde sua inauguração, em 1977, ate a Revolução Iraniana em 1979, quando a arte foi desprezada como sendo "ocidental demais". Algumas obras são emprestadas a outros museus do mundo, mas sua exibição em Teerã depende de quem esta no poder.

'Os Grandes Cavalos Azuis' de Franz Marc - The Walker Art Center, Minneapolis, nos EUA.

     O quadro do pintor alemão foi a primeira aquisição do Walker Art Center, em 1940. A pintura, chamada "degenerada" por Adolf Hitler, foi a primeira incursão do museu no mundo da arte moderna. Mas hoje o local da destaque a obras posteriores a 1960 e, por isso, esse quadro nunca é visto. A chance começa agora e vai ate setembro de 2016, na exposição especial que comemora os 75 anos da instituição.

  

       'A Exposiçao de Arte', de Edward Kienholz (1963 - 1977)  -  Berlinische Galerie, em Berlim.

    Essa obra é uma instalação em grande escala que representa visitantes vendo uma exposição, com ventiladores em vez de bocas. Mas ela quase nunca é exibida porque precisaria de uma galeria inteira dentro do museu. Alem disso, ela precisa de uma grande quantidade de tempo e energia para ser montada.
     
      O Tapete da Coroação (1520-1530) e o Tapete de Ardabil (1539-1540) - Museu de Arte de Los Angeles

     Trata-se de um conto de dois tapetes. O Ardabil é um tapete persa que so recebe luz por dez minutos a cada hora, para preservar suas fibras com seculos de idade. Ja o Coronation Carpet, colocado na frente do trono na coroaçao de Eduardo 7º em 1902, tambem é raramente exposto, por ser muito grade e extremamente sensivel a luz.

  'Isto É Propaganda' de Tino Sehgal (2002) - Tate Modern, em Londres.
   
    O artista britanico radicado em Berlim, dedicado a arte performatica, é dono de uma obra "Imaterial". Nao é ele quem executa seu trabalho, mas sim "interpretes que ele treina. Sehgal tambem proibe qualquer tipo de registro de suas performances. Quer apenas que a experiencia seja vivida. This is a Propaganda, que coloca um segurança do museu a repetir frases para cada visitante, existe apenas na mente do artista.

Leia versao original desta reportagem em ingles no site BBC Culture.



Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150204_vert_cul_arte_escondida_ml

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

COMO ANDA SUA CRIATIVIDADE?

O texto foi retirado de um site sobre artesanato e achei bem interessante pois acontece mesmo. 
   Vamos a ele:

COMO ANDA SUA CRIATIVIDADE?

  Por Cris Turek em 30 de Janeiro de 2015
 
 
    Olha só, estou aqui de novo com um assunto sério. Alias esse é bem sério: a Criatividade. E a grande pergunta é: por onde anda a sua? Ela está legalzinha?

      Em janeiro, com pique da galera em marcha reduzida, eu aproveitei para aprender um pouco mais. De tudo.

      Nisso que parei para pensar na minha turma querida: por ai, como anda o aprimoramento e a capacitação?
    Inicio de ano é uma época boa para estes assuntos. O ritmo das encomendas diminui um pouco, as pessoas se desligam enquanto saem de ferias e ai sobra aquele tempo importante pra investirmos em nos mesmos.

   A criatividade por exemplo, precisa ser trabalhada ou morre. Para mim ela é como um delicioso e cremoso sorvete. Ou a gente saboreia cada lambida ou ele se esvai, melequento entre os dedos.

     Nestes encontros em que pude participar, observei muitas pessoas preocupadas apenas em pegar todas as dicas prontas e mastigadas para dali sair fazendo tudo exatamente igual. O mesmo formato, a mesma cor, o mesmo tamanho. Esse para mim é o sintoma do sorvete derretido. Ele ainda tem sabor, mas não dá mais para saber lambendo.

   Analisando também nosso espaço da internet, ele é um lugar estranho, né não? Possibilita um campo gigantesco de pesquisa e ao mesmo tempo pode levar ao limbo da criatividade estagnada. 
E muito fácil buscar ideias prontas e  sair repetindo. E atenção; não há nada de errado em buscar inspiração na internet ou em livros e revistas. O detalhe é que um bom artesão tira do seu bau de ideias, aquele pulo do gato que vai transformar o projeto visto em algo inovador e com identidade. Identidade e estilo pesam na hora da venda.
    
    Se o bau anda meio vazio talvez seja porque não estamos exercitando para enchê-lo, só copiando. E como exercitar? Simples: pensando fora da caixa.
   
   Se para nosso trabalho é importante ter foco e prioridades, na hora de exercitar a criatividade temos que voltar a ser crianças e nos lambuzar com aquele sorvete. Olhar os objetos mais estranhos e imaginar artesanato neles, encontrar novas respostas para velhas perguntas, soltar a imaginação sem medo de acertar ou errar, apenas criar.
   
    Olhar o mundo redor e "ver" as coisas e a beleza que há nelas.Ousar, mergulhar de cabeça, perder o medo, testar e se desafiar. experimente:
  • Você pode pegar um papel e rabiscar um desenho, mesmo se não souber desenhar.
  • Ou então comprar uma tela limpa e de repente pintar uma figura sendo Picasso por um dia.
  • Pode também usar o celular e capturar uma imagem dentro da sua casa, depois na sua rua, depois pela cidade. Treine o olhar.
  • Pode brincar com algo que nunca usou, trocar de técnica só pra ver no que dá.   
     Tudo isso fará você abrir a mente e guardar lá novos registros de cores, composições formas. Muitas novas ideias que você aproveitará em futuros projetos. Quando precisar, poderá acessar esses registros mentais e usa-los sem medo de estar copiando.
   
    Fuja de copiar, sala da sombra de artesão criativo, seja alguém. Assim terá sucesso, visibilidade e reconhecimento, deixando para trás aquele rótulo de artesanato do "isso eu já vi por ai".(e é o que mais tem em feirinha de artesanato)

  Lembre que peças iguais caem na vala do preço e peças com identidade de inovação ganham em qualidade.

  Mas me diga, o seu sorvete está gostoso? 
  Esta história de as pessoas darem estas aulas para servirem como modelo e o pessoal copiar tudo certinho acontece mesmo. Discordo dessa pratica completamente. Para mim nesta aulas, nem devia falar tudo tão explicadinho. Tipo: ao falar de cores usadas não precisa especificar, o melhor é falar para usar o pincel e a cor do seu gosto, porém geralmente vivem de patrocinadores dai a propaganda. Muitas vezes fazendo cursos, os insights (ideias novas) surgiam la mesmo e eu inovava. Nada de ficar presos a receita gente. 
    As vezes o que se usa no artesanato pode ser usado num outro trabalho, ou uma receita pode ser incrementada com um ingrediente só sei que dará um sabor especial e assim vai. 
   O bom mesmo é seguir apenas a base, o resto deixa por sua conta, só se não der o mesmo efeito exato, ai sim você tem que seguir a risca se não; esquece! E é isso que faz a pessoa ser um inovador e abrir caminhos.

Fonte: blog Vila do artesão http://us1.campaign-archive2.com/?u=4b0a7ff450c1b85ecdad9c478&id=2239d898cb 

Complemento: como apagar a criatividade


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