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Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 15 de março de 2011

O QUE DEFINE UMA OBRA-PRIMA? texto pag.8-9

    A função e o objetivo de uma grande arte, as expectativas depositadas nela e o papel do artista não são invariáveis. Eles mudam conforme a época e a sociedade. No entanto, umas poucas obras se destacam por ir alem de seu tempo e manter-se significativas e inspiradoras. Antes do Renascimento, o artista era considerado principalmente um artesão, e uma obra-prima era um trabalho submetido a corporação profissional como prova das habilidades técnicas requeridas. Os grandes mestres do Renascimento, porem, propuseram que um artista fosse julgado mais pelas qualidades de intelecto e imaginação que pela própria habilidade manual. Hoje, o conceito de obra-prima esta intimamente ligado ao de museu, em que os grandes tesouros artísticos são mostrados a todos. Ate a Revolução Francesa, no entanto, tal conceito era inexistente, e vale lembrar que muitas das pinturas não foram criadas para serem expostas onde estão hoje.

   Abaixo estão descritas as características que elevaram pinturas ao titulo de Obra de arte:

• Virtuosismo 
    Ao julgar qualquer desempenho excepcional, seja de um atleta, um músico, ator ou artista plástico, a aptidão técnica é uma das considerações básicas. Um grande artista deve ter o domínio completo das habilidades necessárias (- nem sempre – grifo meu) alem de conhecimento e da imaginação para levar essas habilidades, e as regras de arte vigentes, a novas fronteiras. O verdadeiro virtuosismo faz o domínio técnico parecer enganosamente natural e simples.

• Inovação 

    Desde o Renascimento, a sociedade ocidental buscou a inovação louvou-a premiou-a. Ser o primeiro em qualquer realização significa ser lembrado como a figura-chave da historia. Giotto e Picasso são considerados gigantes da arte européia porque conseguiram reescrever as regras de artes vigentes e ofereceram uma linguagem visual alternativa. Artistas posteriores desenvolveram e levaram alem essas conquistas. (...) entre outras virtudes, cada uma (das pinturas famosas) desafiou as fronteiras artísticas existentes e – na maioria dos casos – expandiu-as.

• Mecenato: 

     Antes do século XIX e do desenvolvimento do mercado moderno, a maioria das grandes obras de artes eram encomendadas por mecenas que muitas vezes especificavam condições exatas ou desempenhavam um papel ativo na definição de seu tema e aparência. Os principais mecenas antigos foram a Igreja católica e as cortes reais da Europa. Só após o Romantismo, no inicio do século XIX, o papel do artista como individuo que cria segundo uma visão particular começou a emergir.

Concepção Artística:  

    Poucos artistas conseguem sobreviver a menos que tenham o apoio financeiro de mecenas, colecionadores e comerciantes, mas também é claro que esse apoio nunca pode assegurar a qualidade da obra produzida. A Capela Arena de Giotto, e o teto de Michelangelo (Capela Sistina) são realmente obras de arte porque expressam a total convicção e o compromisso dos artistas com o que lhes foi pedido – produzir obras de arte que fossem dignas do próprio Deus. Essas mesmas qualidades – a crença numa idéia e a capacidade de pintar para expressa-la – distingue praticamente as pinturas, incluindo as de nomes menores. Sem essa convicção e esse compromisso toda arte permanece, ainda tecnicamente satisfatória, no domínio da decoração (ou seja, se torna comum, não é reconhecida –grifo meu).:






























Visao Interna da Capela da Area e Capela Sistina

O papel do artista: 

    Um dos mitos persistentes é o do gênio desprezado em sua época e cujo valor só é reconhecido muitos anos após a morte. É raro isso acontecer, e apenas em circunstancias muito incomuns. Bem mais normal é um artista ser saudado em vida como grandes figuras de todos os tempos, mas, cinqüenta anos depois, não passar de uma nota de rodapé na historia da arte. Assim, nem a aclamação bem a rejeição popular garantem a fama futura. Os artistas vivem e trabalham num ambiente complexo, formado por mecenas, colecionadores, marchands, instituições artísticas e colegas artistas. O sucesso no curto período pode ser obtido com a ajuda de muita coragem e individualidade, mas apenas aqueles que são dotados de agudeza de espírito e que usam a arte não como fim em sim mas como meio de dizer verdades maiores conseguem criar obras-primas que resistem ao julgamento do mais severo de todos os críticos – o tempo.

-- ambiguidade e o mistério estão entre as qualidades principais da boa arte pag 28

CUMMING, Robert. "Arte em Detalhes" / Robert Cumming; [tradução Maria da Anunciação Rodrigues] - Sao Paulo: Publifolha , 2010 1a. edição 104p

Proxima Postagem: 22/03  "Ver e olhar"

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