Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 8 de maio de 2012

HISTORICO SOBRE ARTE CIRCENSE Parte1


     O tema de hoje será dividido em duas partes falando da historia do circo no Brasil e no mundo desde o seu surgimento ate os dias de hoje (a fonte da noticia esta no final da parte 2)

O CIRCO SEM LONA

    Pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos, em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era uma forma de treinamento para os guerreiros, de quem se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o tempo, a essas qualidades se somou a graça, a beleza e a harmonia.

    Em 108 a.C., houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros, que foram brindados com apresentações acrobáticas surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. Até hoje, os aldeãos praticam malabarismo com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos vasos nos pés.

   Nas pirâmides do Egito, existem pinturas de malabaristas. Nos grandes desfiles militares dos faraós se exibiam animais ferozes das terras conquistadas, caracterizando os primeiros domadores.

    Na Índia, os números de contorção e saltos fazem parte dos milenares espetáculos sagrados, junto com danças, música e canto.
     
     Na Grécia, as paradas de mão, o equilíbrio mão a mão, os números de força e o contorcionismo eram modalidades olímpicas. Os sátiros faziam o povo rir, dando continuidade à linhagem dos palhaços...

     No ano 70 a.C., em Pompéia, havia um anfiteatro destinado a exibições de habilidades incomuns.

      O Circo Máximo de Roma apareceu pouco depois, mas foi destruído em um incêndio. Em 40 a.C., no mesmo local, foi construído o Coliseu, onde cabiam 87 mil espectadores. Lá, eram apresentadas excentricidades como homens louros nórdicos, animais exóticos, engolidores de fogo e gladiadores, entre outros. Porém, entre 54 e 68 d.C., as arenas passaram a ser ocupadas por espetáculos sangrentos, com a perseguição aos cristãos, que eram atirados às feras, diminuindo o interesse pelas artes circenses.

     Os artistas passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. Durante séculos, em feiras populares, barracas exibiram fenômenos, habilidades incomuns, truques mágicos e malabarismo.

     No século XVIII, vários grupos de saltimbancos percorriam a Europa, especialmente a Inglaterra, França e Espanha. Eram freqüentes as exibições de destreza a cavalo, combates simulados e provas de equitação.

 O CIRCO COMO ELE É

     O primeiro circo europeu moderno, o Astley's Amphitheatre, foi inaugurado em Londres por volta de 1770, por Philip Astley, um oficial inglês da Cavalaria Britânica. O circo de Astley tinha um picadeiro com uma espécie de arquibancada perto. Ele construiu um anfiteatro suntuoso e fixo, pois ficaria permanentemente no mesmo lugar. 

     Organizou um espetáculo eqüestre, com rigor e estrutura militares, mas percebeu que, para segurar o público, teria que reunir outras atrações; juntou, então, saltimbancos, equilibristas, saltadores e palhaço. O palhaço do batalhão era um soldado do campo, que acaba sendo o "clown", palavra que, em inglês, se origina de caipira. O palhaço não sabia montar, entrava no picadeiro montado ao contrário, caía do cavalo, subia de um lado, caía do outro, passava por baixo do cavalo. Como fazia muito sucesso, começaram a se desenvolver novas situações. Ao longo dos anos, Astley acrescentou saltos acrobáticos, dança com laços e malabarismo.

                 
      Este primeiro circo funcionava como um quartel: os uniformes, o rufar dos tambores e as vozes de comando para a execução dos números de risco. O próprio Astley dirigia e apresentava o espetáculo, criando assim, a figura do mestre de cerimônias.

    Seu espetáculo foi visto por gente de todo o mundo, pois Londres era uma cidade muito visitada. E, em 50 anos, houve um rápido desenvolvimento do circo no mundo.
     
    O termo "circus" foi utilizado pela primeira vez em 1782, quando o rival de Astley, Charles Hughes, abriu as portas do Royal Circus. Em princípios do século XIX, havia circos permanentes em algumas das grandes cidades européias. Existiam, além disso, circos ambulantes, que se deslocavam de cidade em cidade, em carretas cobertas.

terça-feira, 1 de maio de 2012

PRESERVAR É VIVER TRES VEZES


  O Texto de hoje foi escrito por uma pessoa que tratou sobre os problemas que ocorrem no sul do Brasil porem podem ser aplicados a todo o país no qual (o dono) prefere demolir as escondidas uma obra importante quando se sabe que ela vai ser tombada. A cultura ainda continua no novo e moderno esquecendo que o "velho" foi novo e importante para aquela epoca em que foi construido.

 ArtigosRio Grande do Sul • 21 de março de 2012 por
    Em recente viagem a Cartagena das Índias e Bogotá, na Colômbia, me dei conta que preservar nosso patrimônio é viver três vezes: o passado, o presente e o futuro. Todos os gestores públicos tendo sob sua responsabilidade municípios pequenos ou grandes, abastados, pobres ou remediados, têm a mesma obrigação: resguardar o patrimônio histórico e cultural.
     Bogotá tem o seu Centro Histórico bem preservado, assim como toda a cidade antiga de Cartagena das Índias, que está excelentemente bem preservada. E, diga-se de passagem, são ambas um encanto de se conhecer.
    Nossas administrações, por outro lado, têm sido desleixadas com o nosso passado. Ouso afirmar que vivemos um momento de crise, com um prédio listado pelo Patrimônio caindo em pleno Centro Histórico; com ruas fechadas, gerando enormes prejuízos para moradores e comerciantes.
      A situação de abandono do nosso mobiliário urbano se repete no IV Distrito, onde podemos ver desabar em breve a nau do Gondoleiros. Logo, não teremos futuro histórico, por que não preservamos nosso passado.
    Porto Alegre não sabe separar o que é valor cultural, histórico e estético, de prédios velhos. Existe um brutal sectarismo e atraso, onde alguns poucos se arvoram de conhecedores da História, ditam normas, criam teses míopes, que são compradas por governantes, sem pensar.
(...)Eles confundem tombar com cair.
      A cidade tornou-se irresponsável com nossa história cultural. Nossas autoridades deixaram de preservar, ao contrário do que fizeram as autoridades de Bogotá e Cartagena das Índias.
      O que eu venho defendendo é (...). Se um diz que é, o outro diz que não é, não importando se é real ou não, se é correto ou não. O mundo não é um GreNal. O mundo é rico, multifacetado.
      Tem coisas que se não forem preservadas, serão capadas de nossa identidade. Por outro lado, se construções insignificantes forem erigidas como históricas podemos estar enganando nosso futuro.

Por Adeli Sell – vereador do PT-POA
 fonte: http://sul21.com.br/jornal/2012/03/preservar-e-viver-tres-vezes/

Na minha opiniao é por isso que inventamos o museu :)
"Memorias nao podem ser esquecidas.
 O passado, uma vez vivido, entra em nosso
 sangue, molda o nosso corpo. Escolhe 
as nossas palavras. É inutil renega-lo.
As cicatrizes e os sorrisos permanecem. 
Os olhos dos que sofreram e amaram
serão, para sempre, diferentes de todos os outros.

Resta-nos fazer as pazes com aquilo que
ja fomos, reconhecendo que, de um jeito
ou de outro, aquilo que ja fomos 
continua vivo em nos, seja sob a forma 
de demonios que queremos exorcizar e
esquecer - sem sucesso-, seja sob a
forma de memorias que preservamos com
saudade e nos fazem sorrir com
esperança".  
 (Rubem Alves)















Proxima Postagem: 08/05 Historia da Arte circense parte 1
                                    15/05 Historia da Arte Circense parte 2

terça-feira, 24 de abril de 2012

"CONVERSA VAI, CONVERSA VEM... E A RELAÇÃO ESCOLA-MUSEU VEM À TONA DE NOVO""

   Este é um texto que retirei do blog repensando museus:

   Aproveito (...) para partilhar parte da mensagem que recebi da Zilá Regina Kolling, do Rio Grande do Sul (Pedagoga, ex-coordenadora do Museu Arqueológico do RS – MARSUL, em Taquara). Depois de problematizar em seu email o fato de as pessoas ainda acharem que Museu é para ser apenas “olhado” durante as visitas, Zilá, que trabalha atualmente em duas escolas, traz à tona as aproximações e distanciamentos entre as propostas museais e escolares, quando observa:
“(...) As vezes olho as crianças pequenas ou os adolescentes ocupados em alguma atividade que os interesse e penso.... Quando sairemos da escola compartimentalizada? Esclareço que sou defensora da intervenção, do diálogo, da construção da aprendizagem... Porém, acredito que algumas vezes devemos desafiá-los, levando-os a passear, a olhar com leveza e vontade ao redor, seja na rua, na floresta, no museu, e conceder-lhes um tempo de assimilação e acomodação que lhes é de direito. Em um momento adiante, não necessariamente, no outro dia, podemos estimular as conexões, as construções sistematizadas. Ainda que troquem a todo momento...sempre afirmava sua forma de educar...não existia uma escola totalmente separada de tudo... a escola pode fazer o papel de museu e vice-versa... não querendo realizar distorções, mas com uma boa mediação se aprende em muitos lugares... (...)”
    Sem dúvida é assunto infinito e sem resposta única. IMPORTANTÍSSIMO levarmos as crianças e jovens aos museus - mas sem esquecer que museu e escola, embora sejam ambos espaços educativos, são diferentes, não é mesmo??

Link sobre a visita do programa Cocoricó no museu do Ipiranga em Sao Paulo Curta musical Cocorico no museu

  A musica fala do museu como guardador de fatos do passado porem ele guarda o atual para ser lembrado depois tambem pois nem so de passado vive o museu.



Proxima postagem 01/05 PRESERVAR É VIVER TRES VEZES

terça-feira, 17 de abril de 2012

FOLCLORE parte 2

Continuando nosso assunto sobre o folclore Brasileiro... (Link do primeiro post: http://lauraartes.blogspot.com.br/2012/04/folclore-parte-1.html caso se interessem...)
  

Para que serve? (o mapa abaixo nos apresenta as raças brasileiras e algumas de suas danças representando a tradiçao cultural do país)
 O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.

Qual a origem do folclore brasileiro?
O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.

Regioes do Brasil e alguns de seus Costumes 

Região Sul 
Danças: congada, cateretê, baião, chula, chimarrita, jardineira, marujada.
Festas tradicionais: Nossa Senhora dos Navegadores, em Porto Alegre; da Uva, em Caxias do Sul; da Cerveja, em Blumenau; festas juninas; rodeios.
Lendas: Negrinho do Pastoreio, do Sapé, Tiaracaju do Boitatá, do Boiguaçú, do Curupira, do Saci-Pererê.

Região Sudeste
Danças: fandango, folia de reis, catira e batuque.
Lendas: Lobisomem, Mula-sem-cabeça, Iara, Lagoa Santa.
Artesanato: trabalhos em pedra-sabão, colchas, bordados, e trabalhos em cerâmica.

Região Centro-Oeste
Danças: tapiocas, congada, reisado, folia de reis, cururu e tambor.
Festas tradicionais: carvalhada, tourada, festas juninas.
Lendas: pé-de-garrafa, Lobisomem, Saci-Pererê, Ramãozinho.

Região Nordeste
Danças: frevo, bumba-meu-boi, maracatu, baião, capoeira, caboclinhos, bambolê, congada, carvalhada e cirandas.
Festas: Senhor do Bonfim, Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá, na Bahia; Missa do Vaqueiro, Paixão de Cristo, em Pernambuco; romarias - destaca-se a de Juazeiro do Norte, no Ceará.

Região Norte
 Danças: marujada, carimbó, boi-bumbá, ciranda.
Festas: Círio de Nazaré (Belém), indígenas.
Artesanato: cerâmica marajoara, máscaras indígenas, artigos feitos em palha.
Lenda: Sumaré, Iara, Curupira, da Vitória-régia, Mandioca, Uirapuru.

                           

Principais manifestações folclóricas: 

  • BUMBA-MEU-BOI - Auto ou drama pastoril que por tradição é representado durante o período natalino, como sobrevivência das festividades cristãs medievais, em que o culto do boi se fazia em homenagem ao nascimento de Cristo. De tradição luso-ibérica do século XVI, nasceu dos escravos e pessoas agregadas aos engenhos e fazendas. 
  •  PASTORIL - Festa de origem portuguesa, onde "pastoras" vestidas de azul e encarnado, se apresentam diante do presépio em atitude de louvor ao Menino Jesus. Representado durante o Natal. 

  •  REISADO - De origem ibérica, é caracterizada por um grupo de pessoas que se reúne para cantar e louvar o nascimento de Cristo. Os praticantes personificam a história dos gladiadores romanos, dos três reis magos e a perseguição aos cristãos. A época principal de exibição são as festividades natalinas, sobretudo no período dos Santos Reis, e o local é de preferência diante de uma lapinha ou presépio. O enredo mais autêntico é registrado em Juazeiro do Norte. 
  •  CANINHA VERDE - Dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante o ciclo da cana-de-açúcar. Apresenta também elementos de outros folguedos, tais como: casamento matuto (quadrilha junina), mestres e a formação de cordões (pastoril). 
  •  DANÇA DO COCO - Surgiu nos engenhos de açúcar, entre os negros existentes no Ceará. Nasceu da cantiga de trabalho, ritmada pela batida das pedras quebrando os frutos, transformando-se, posteriormente, em dança, surgindo uma variedade de temas e formas de coco (coco de praia, do qual participa apenas o elemento masculino, e o coco do sertão, dançando aos pares, homens e mulheres). Dançado em roda, numa forma rítmica altamente contagiante e sensual. 
  •  MANEIRO PAU - Surgiu na região do Cariri na época do cangaço. Caracteriza-se por uma dança cujo entrechoque dos cacetes e o coro dos dançarinos produzem a musicalidade e a percussão necessárias. No Crato, o grupo de Maneiro Pau associado à Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto realiza a dança com características dramáticas. É representado nos sítios, subúrbios e pés-de-serra do Crato e cidades vizinhas por ocasião de comemorações diversas. 
  •  FOLIA DE REIS - Originalmente, festa popular dedicada aos Três Reis Magos em sua visita ao Deus Menino. É caracterizada por um grupo de pessoas que visitam amigos ou conhecidos, a partir do dia 2 de janeiro ou nas vésperas dos Reis (5/1). Nas visitas eles cantam e dançam versos alusivos à data, ao som de instrumentos e solicitam alimentos e dinheiro. É tradicional utilizar a arrecadação para a ceia no dia de Nossa Senhora das Candeias (2 de fevereiro). A visita noturna tem mais graça quando se torna uma surpresa. 
  •  TORÉM - Dança indígena originária dos descendentes dos índios Tremembé, nativos do povoado de Almofala, no distrito de Itarema, o Torém surgiu por volta do século XVIII no Ceará. É simples e imitativa da fauna local, tendo como ponto alto o momento em que é servido o "mocororó", uma bebida fermentada do caju, bastante forte. O espetáculo é de grande plasticidade.
  •  DANÇA DE SÃO GONÇALO - Como parte integrante da bagagem cultural do colonizador lusitano, a dança que integrava o culto a São Gonçalo do Amarante, bastante popular em Portugal, foi introduzida no Brasil, sendo, talvez, um dos ritmos mais difundidos do catolicismo rural brasileiro. No município de São Gonçalo do Amarante a dança é realizada durante a festa do santo padroeiro e apresentada em nove jornadas, num ambiente de muita fé e animação. São Gonçalo é o protetor dos violeiros e das donzelas casamenteiras. 

  •  MARACATU - De origem africana, consiste num desfile de reis. Apresenta-se em forma de cortejo carnavalesco que baila ao som de instrumentos de percussão, acompanhando uma mulher que na extremidade de um bastão conduz uma bonequinha ricamente enfeitada - a calunga. A dança se dá em passos lentos e cadenciados.
 Fonte: http://www.velhosamigos.com.br/index_nova.html



















Proxima Postagem 24/04 Conversa vai, conversa vem, e voltamos na relação Escola-museu

terça-feira, 10 de abril de 2012

FOLCLORE parte 1

  Maracatu: uma das mais proeminentes manifestações do folclore brasileiro.

   O folclore foi um termo criado por estudiosos interessados em pesquisar e analisar as manifestações culturais de origem popular. Cunhada especificamente no século XIX, essa palavra advém da junção feita entre duas expressões da língua inglesa: “folk”, que significa povo e “lore” que faz referência à ideia de conhecimento. Desse modo, a designação mais ampla de folclore envolve tudo aquilo que é tomado como sendo pertencente ao “conhecimento do povo”.

É importante notar que o interesse pelo conhecimento do povo não tem a sua origem calcada na ação de pessoas oriundas das próprias classes populares. A partir do século XVIII, o grande volume de transformações ocasionadas pela Revolução Industrial motivou uma volta à natureza, ao campo e, consequentemente, à população que pertencia a esse espaço. Em linhas gerais, podemos ver que o nascimento do folclore se liga a uma oposição ao processo de padronização advindo da sociedade industrial.

Com o passar do tempo, a formulação dos estudos folclóricos determinou o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às crenças, cerimônias, costumes, jogos, festas, mitos e provérbios ligados a uma produção anônima, tradicional e, ao mesmo tempo, reconhecida por uma coletividade. Sem dúvida, não podemos deixar de salientar que o gosto pelo folclore foi responsável por importantes ações que ampliaram os estudos de natureza cultural em diversas partes do mundo.

Entretanto, ao longo do tempo, vemos que a definição sobre aquilo que deveria ser considerado folclórico se transformou bastante. Atualmente, o folclore não mais representa um círculo fechado que privilegia as manifestações culturais provenientes das camadas populares e afastadas da produção cultural urbana. Ao longo do século XX, novos interessados pela temática cultural conseguiram apontar outras importantes significações e usos para o folclore.

Atualmente, se aceita a produção artística de autores específicos, não mais privilegiando apenas a produção de natureza anônima. Ao mesmo tempo, a distinção entre popular e erudito é quebrada em favor de uma produção folclórica oriunda da leitura e a influência realizada por dados capturados da erudição. Mais do que isso, o folclore hoje também abandona os sentidos estáticos que a tradição antes conferia às suas manifestações, aceitando a mudança e a inovação como situações de importante validade.

Por Rainer Sousa
 Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Proxima Postagem: 10/04 Folclore parte 2 link (http://lauraartes.blogspot.com.br/2012/04/folclore-parte-2.html)

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