O tema de hoje será dividido em duas partes falando da historia do circo no Brasil e no mundo desde o seu surgimento ate os dias de hoje (a fonte da noticia esta no final da parte 2)
O
CIRCO SEM LONA
Pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos, em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era uma forma de treinamento para os guerreiros, de quem se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o tempo, a essas qualidades se somou a graça, a beleza e a harmonia.
Em
108 a.C., houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros,
que foram brindados com apresentações acrobáticas
surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os
anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o
Festival da Primeira Lua. Até hoje, os aldeãos praticam
malabarismo com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos
vasos nos pés.
Nas pirâmides do Egito, existem pinturas de malabaristas. Nos grandes desfiles militares dos faraós se exibiam animais ferozes das terras conquistadas, caracterizando os primeiros domadores.
Na
Índia, os números de contorção e saltos
fazem parte dos milenares espetáculos sagrados, junto com danças,
música e canto.
Na Grécia, as paradas de mão, o equilíbrio mão a mão, os números de força e o contorcionismo eram modalidades olímpicas. Os sátiros faziam o povo rir, dando continuidade à linhagem dos palhaços...
No
ano 70 a.C., em Pompéia, havia um anfiteatro destinado a exibições
de habilidades incomuns.
O
Circo Máximo de Roma apareceu pouco depois, mas foi destruído
em um incêndio. Em 40 a.C., no mesmo local, foi construído
o Coliseu, onde cabiam 87 mil espectadores. Lá, eram apresentadas
excentricidades como homens louros nórdicos, animais exóticos,
engolidores de fogo e gladiadores, entre outros. Porém, entre
54 e 68 d.C., as arenas passaram a ser ocupadas por espetáculos
sangrentos, com a perseguição aos cristãos, que
eram atirados às feras, diminuindo o interesse pelas artes circenses.
Os
artistas passaram a improvisar suas apresentações em praças
públicas, feiras e entradas de igrejas. Durante séculos,
em feiras populares, barracas exibiram fenômenos, habilidades
incomuns, truques mágicos e malabarismo.
No
século XVIII, vários grupos de saltimbancos percorriam
a Europa, especialmente a Inglaterra, França e Espanha. Eram
freqüentes as exibições de destreza a cavalo, combates
simulados e provas de equitação.
O CIRCO COMO ELE É
O
primeiro circo europeu moderno, o Astley's Amphitheatre, foi inaugurado
em Londres por volta de 1770, por Philip Astley, um oficial inglês
da Cavalaria Britânica. O circo de Astley tinha um picadeiro com
uma espécie de arquibancada perto. Ele construiu um anfiteatro
suntuoso e fixo, pois ficaria permanentemente no mesmo lugar.
Organizou
um espetáculo eqüestre, com rigor e estrutura militares,
mas percebeu que, para segurar o público, teria que reunir outras
atrações; juntou, então, saltimbancos, equilibristas,
saltadores e palhaço. O palhaço do batalhão era
um soldado do campo, que acaba sendo o "clown", palavra que,
em inglês, se origina de caipira. O palhaço não
sabia montar, entrava no picadeiro montado ao contrário, caía
do cavalo, subia de um lado, caía do outro, passava por baixo
do cavalo. Como fazia muito sucesso, começaram a se desenvolver
novas situações. Ao longo dos anos, Astley acrescentou
saltos acrobáticos, dança com laços e malabarismo.
Este
primeiro circo funcionava como um quartel: os uniformes, o rufar dos
tambores e as vozes de comando para a execução dos números
de risco. O próprio Astley dirigia e apresentava o espetáculo,
criando assim, a figura do mestre de cerimônias.
Seu espetáculo foi visto por gente de todo o mundo, pois Londres era uma cidade muito visitada. E, em 50 anos, houve um rápido desenvolvimento do circo no mundo.
O
termo "circus" foi utilizado pela primeira vez em 1782, quando
o rival de Astley, Charles Hughes, abriu as portas do Royal Circus.
Em princípios do século XIX, havia circos permanentes
em algumas das grandes cidades européias. Existiam, além
disso, circos ambulantes, que se deslocavam de cidade em cidade, em
carretas cobertas.
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