John
Bill Ricketts, inglês e aluno de Hughes, levou o circo para os
Estados Unidos, em 1792, em turnê pelo nordeste americano. Seu
circo foi destruído em um incêndio, o que o fez retornar
para a Inglaterra, aonde não chegou, pois o navio em que viajava
afundou em uma tempestade.
William
Cameron Coup foi o primeiro a fazer um espetáculo circense de
grandes dimensões, para uma platéia de mais de mil pessoas,
em 1869, com espetáculo em dois picadeiros simultaneamente. Dois
anos depois, associou-se a Phineas T. Barnum, um famoso apresentador,
e abriram um grande circo em Nova York. A propaganda dizia que era “o
maior espetáculo da Terra”.
Em
1881, Barnum juntou-se a James Anthony Bailey, fazendo surgir um circo
ainda maior, o Barnum and Bailey, com três picadeiros simultâneos.
Em
1884, surgiu a poderosa dinastia circense dos irmãos Ringling,
que absorveram, entre outras, a companhia de Barnum e Bailey, e se tornaram
a maior organização itinerante do mundo. No entanto, depois
da II Guerra Mundial, os custos de montagem e transporte tornaram inviável
o traslado de semelhante estrutura.
O
CIRCO NO BRASIL
No
Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia os ciganos que
vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação
dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades, incluíam-se
a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos.
Há relatos de que eles usavam tendas e nas festas sacras havia
bagunça, bebedeira e exibições artísticas,
incluindo teatro de bonecos. Eles viajavam de cidade em cidade e adaptavam
seus espetáculos ao gosto da população local. Números
que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.
O
circo com suas características, em geral itinerante, existe no
Brasil a partir dos fins do século XIX. Os grupos circences desembarcavam
em um porto importante, faziam seu espetáculo e partiam para
outras cidades, descendo pelo litoral até o Rio da Prata, até
chegar a Buenos Aires.
Instalando-se
na periferia das grandes cidades e voltado para as classes populares,
sua modernização não se deu em termos de espaço
e equipamentos: investe no elemento humano, suas destrezas, habilidades
e criatividade. Por isso, os palhaços são as figuras centrais
e deles depende o sucesso do espetáculo.
O
circo brasileiro tropicalizou algumas atrações. O palhaço
brasileiro falava muito, ao contrário do europeu, que era mais
mímico. Era mais conquistador e malandro, seresteiro, tocador
de violão, com um humor picante. O público também
apresentava características diferentes: os europeus iam ao circo
a fim de apreciar a arte; no Brasil, os números perigosos eram
as atrações: trapézio, animais selvagens e ferozes.
Segundo Alice Viveiros de Castro, existem atualmente mais de 2.000 circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézio de vôos, animais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores.
Entre os problemas enfrentados nos dias de hoje, estão o alto preço cobrado pelo aluguel dos terrenos e a proibição da instalação de circos em algumas cidades. Por vezes, as autoridades locais temem os “forasteiros”.
SURGE
UM NOVO CIRCO
Atualmente,
paralelamente aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem,
a arte circense também é aprendida em escolas. Por uma
mudança de valores, muitos circenses colocaram seus filhos para
estudar e fazer um curso universitário. As novas gerações
estão trabalhando com mais empenho na administração
dos circos.
Surge
um novo movimento, que pode ser chamado de Circo Contemporâneo.
Não há uma data precisa do seu surgimento, mas pode-se
dizer que o movimento começou no final dos anos 70, em vários
países simultaneamente.
Na
Austrália, com o Circus Oz (1978), e na Inglaterra, com os artistas
de rua fazendo palhaços, truques com fogo, andando em pernas
de pau e com suas mágicas.
Na França, a primeira escola de circo é a Escola Nacional de Circo Annie Fratellini. Annie era descendente da maior família de palhaços franceses, os Fratellini. A escola surge com o apoio do governo francês, em 1979. Ligados à escola ou não, começam a surgir vários grupos.
No
Canadá, os ginastas começaram a dar aulas para alguns
artistas performáticos e a fazer programas especiais para a televisão
e em ginásios, em que os saltos acrobáticos eram mais
circenses. Em 1981, criou-se a primeira escola de circo para atender
à demanda dos artistas performáticos.
Em
1982, surge em Québec o Club des Talons Hauts, grupo de artistas
em pernas de pau, malabaristas e pirofagistas. É esse grupo que,
em 1984, realiza o primeiro espetáculo do Cirque du Soleil. Em
decorrência do grande sucesso no Canadá, eles recebem apoio
do governo para a primeira turnê nos Estados Unidos. A segunda
turnê, em 1990, é assistida por 1.300.000 espectadores
no Canadá e excursiona por 19 cidades americanas.
Surge
a grande empresa de espetáculos que atualmente está em
cartaz, com oito espetáculos diferentes, no mundo - em três
continentes - com mais de 700 artistas contratados.
Voltando
um pouco na história, é importante mencionar a influência
da ex-União Soviética. Em 1921, o novo governo soviético
resolve criar uma escola de circo e convida o prestigiado diretor de
teatro Vsevolod Meyherhold para dirigi-la.
O
contato entre os tradicionais do circo e a vanguarda do teatro resulta
na criação de uma escola que coloca o circo num patamar
de arte. Dança clássica e teatro fazem parte do currículo.
É criada uma forma de espetáculo com temas vairados e
uma apresentação inteiramente nova. São criados
novos aparelhos, diretores são chamados para dirigir os espetáculos,
músicos fazem composições especiais e sob medida.
O
CIRCO CONTEMPORÂNEO BRASILEIRO
A
primeira escola que se instalou no Brasil chamava-se Piolin, em São
Paulo, no estádio do Pacaembu (1977). Em 1982, surgiu a Escola
Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, onde jovens de todas as classes
sociais têm acesso às técnicas circenses. Formados,
os ex-alunos vão trabalhar nos circos brasileiros ou no exterior,
ou formam grupos que se apresentam em teatros, ginásios e praças.
Atualmente, a Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli, os Parlapatões, Patifes e Paspalhões, a Nau de Ícaros, o Circo Mínimo, o La Mínima, o Circo Escola Picadeiro, a Linhas Aéreas e o Teatro de Anônimo, entre outros, formam o Circo Contemporâneo Brasileiro.
Pesquisa:
site Central do Circo
fonte: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diacirco.html
Proxima Postagem: 22/05 Codigo de etica do restaurador
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