B – O Crítico de Arte
Já que a Arte é produção, o artista não produz para si. Ele produz para mostrar. E é por isto que a Arte é a releitura que o artista e o observador, cada um com sua decodificação, sua bagagem, sua alfabetização artística faz da vida.
Meus acrescimo: Geralmente os criticos de artes tentam descobrir "novos" talentos. Eles sao os caça taletos que arriscam investindo na carreira destes desconhecidos artistas para tentar alavanca-los e assim ganhar fama junto com eles. É como investir na bolsa: voce pode ganhar milhoes ou perde-los dependendo do seu faro.
Já que a Arte é produção, o artista não produz para si. Ele produz para mostrar. E é por isto que a Arte é a releitura que o artista e o observador, cada um com sua decodificação, sua bagagem, sua alfabetização artística faz da vida.
O crítico de Arte é aquele que se acha melhor entendido para dizer se o
quê se produziu foi uma boa mostragem ou não, se o artista soube se
expressar, soube inovar, soube usar bem a linguagem artística.
Élson Screnci justifica argumentando que “a necessidade imperiosa de
transformar a matéria mantendo aí uma espécie de diálogo com o mundo da
sensibilidade é o que dá autenticidade à arte. Isto não pode ser
compreendido inteiramente por quem está de fora e pouco envolvido numa
atividade... É conveniente procurar a aprovação do espectador... A
opinião dos especialistas, por outro lado, nem sempre pode ser seguida à
risca, já que a História da Arte vem demonstrando que geralmente não
são bons profetas”.
Radha Abramo em sua entrevista à Silvana Baierl diz que “O Crítico não
pode julgar o que realmente é uma obra de arte ou não”. Entretanto entre
esta fala, ela faz duas considerações: “... Você pode absorver tudo,
conhecer todas as formas de arte, mas com a consciência de selecionar o
que é melhor. É ver tudo, conhecer tudo e eliminar o que não presta”. E
depois acrescenta, “há artistas que fazem um trabalho fascinante. Outros
trabalham uma arte pública, exposta na rua. Ambas têm seu valor e não
podemos afirmar que arte dos museus é mais verdadeira do que vemos nas
ruas”. Adverte a própria crítica de arte o seu jeito de trabalhar a
crítica. Acredito na conformidade heterogênea da arte... Cada um de nós é
diferente, dentro do que somos”.
Vem-nos uma indagação: e ao crítico, quem julga? Como se faz um
especialista? Seu aval, seu crivo é infalível? Até que ponto ele é
“puro” em seu julgamento? Até onde o seu profissionalismo passa pelas
empatias de seu ser?
O especialista, o crítico de arte, se faz pelo acúmulo de seus estudos,
interesses, preparos, pesquisas e experiência. Apesar de toda sua
formação ele não é infalível. Ele também erra e é influenciado. Como
Nelson Screnci disse a História da Arte já provou que os especialistas
não são bons profetas ao afirmar e autenticar ou não os artistas. E que
eles podem errar “principalmente quando indicam a necessidade de
enquadrar o trabalho em ‘modas’ ou ‘tendência’, o que se por um lado
pode oferecer à criação um lugar ao sol, por outro não é suficiente para
assegurar a permanência de uma obra consistente”.
CRITICO DE ARTE " DE NORMAN ROCKWELL
Proxima postagem:
27/12 O Fazer Artístico – Artistas, Críticos e Lugares ultima parte
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