Aos Leitores do blog

Sejam Bem-vindos!!! Este é um espaço dedicado a arte e aos seus (futuros) admiradores. Ele é uma tentativa de despertar em seus visitantes o gosto pelo assunto. Aqui, poderão ser encontradas indicações de sites, livros e filmes de Artes Visuais, imagens de artistas, alem do meu processo de trabalho. É o meu cantinho da expressão. Espero que sua estadia seja bastante agradável e proveitosa.
Este Blog é feito para voces e por voces pois muitas das postagens aqui presentes foram reproduzidas da internet. Alguma das vezes posso fazer comentarios que de maneira parecem ofensivos porem nao é minha intençao, sendo assim, me desculpem. Se sua postagem foi parar aqui é porque ela interessa a mim e ao blog e tento focar os pontos mais interessantes. A participaçao dos autores e dos leitores é muito importante para mim nestes casos para nao desmerecer o texto nem acabar distorcendo o assunto

terça-feira, 5 de abril de 2011

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ARTE ao longo do tempo

 Aqui será postado sobre a evolução de pensamentos em relação aos conceitos de arte e de artistas ao longo da história da arte que está sempre em constante movimento.

Os artistas no Renascimento:

    Considerados pouco mais que artesão no inicio do Renascimento, os artistas dependiam do favor dos nobres cultos. Cenas de torneio de cavalaria e batalhas eram temas populares, representados com frequência em tapeçarias - uma arte julgada por muitos superior à pintura. pag 20

A natureza-morta:
     
   A natureza-morta sempre foi um tema menor. Embora muitas grandes obras contenham primorosos detalhes, uma pintura de objetos inanimados não era considerada suficiente para expressar os objetivos e ideais da Grande Arte. Os pintores do norte europeu, com sua técnica meticulosa gostavam deste tipo de detalhe, e os holandeses foram os primeiros a estabelecer uma tradição de naturezas-mortas. Essa tradição se desenvolveu mais no século XVIII, em especial com Chardin e ganhou vida própria no final do século XIX, quando artistas como Cézanne derrubaram a autoridade da Grande Arte que as academias continuavam a promover. pag 53

Chardin, Jean-Baptiste-Siméon The Silver Goblet 
Oil on canvas (190 Kb), 33 x 41 cm (13 x 16 1/4"); Musée du Louvre, Paris














                                                                          Table, Napkin, and Fruit 1895-1900  - Paul Cezanne

  Issac e Rebeca:

    Até o final do século XIX, a paisagem não era considerada um tema sério de pintura. Havia uma hierarquia, em que a pintura histórica, que incluía cenas da Bíblia figurava no topo. Introduzindo temas da Bíblia, Lorrain (o artista do quadro citado) era visto como um pintor sério. pag.55
   Issac e Rebeca de Lorrain



   Pintura de Gênero
    
   Com a recém-conquistada liberdade política e cultural, artistas holandeses desenvolveram novos temas em seus quadros, avidamente colecionados pela emergente classe média. Paisagens, naturezas-mortas e pinturas de gêneros celebravam a nova república e seu estilo de vida, ignorando velhas tradições de pinturas religiosas e históricas, que continuavam a dominar a arte das monarquias católicas. pag. 59



    Putti privilegiados
     
   Os putti são os únicos "deuses" da Antiguidade admitidos por Watteu na tela ("Viagem a Citera"). Cansados de se voltar para os deuses da Grécia, os artistas do Rococó viam a natureza morta como guia de inspiração, aludindo os deuses apenas de modo brincalhão e romântico.  (pag.60)

     

   Pintura retrato x Pintura de Paisagens


   Embora Gainsbourough tenha construído sua reputação como pintor de retratos muito bem-sucedido da alta sociedade da época, seu interesse era a pintura de paisagens, que não era considerada uma forma séria de arte. Nas palavras do artista: "Estou farto dos retratos e gostaria muito de pegar minha viola de gamba e ir para algum bom povoado onde pudesse pintar paisagens..." (pag. 66/67)



Titulo Die Tränke  
Thomas Gainsbourough  (Imagens)
Technique Öl auf Leinwand (oleo sobre tela) Ano 1777                Pintura de Grainsbourought
Dimensions=147 × 180 cm 
 London, National Galery


    A Grande Arte
     
   A maioria dos pintores com aspirações tenta fazer da arte com conteúdo intelectual, moral ou sério. No passado, isso significava temas de história antiga e da Bíblia, mas não paisagens, naturezas-mortas e pinturas de gênero, que eram consideradas decorativas, mas não Grande Arte. Pelo final do século XIX essa hierarquia acabou, e a paisagem se destacou. Logo se reconheceu que Wright (o pintor) tinha levado a arte séria a um território não mapeado, criando uma nova categoria, de tema moderno, para a Grande Arte (pag 69)

Proxima Postagem: Dia 12/04 Curiosidades sobre a Arte e glossário

terça-feira, 29 de março de 2011

CRITICA DE ARTE

Academia de Belas Artes (inicio da critica no Brasil)

Definição:

     Em sentido estrito, a noção de crítica de arte diz respeito a análises e juízos de valor emitidos sobre as obras de arte que, no limite, reconhecem e definem os produtos artísticos como tais. Envolve interpretação, julgamento, avaliação e gosto. A crítica de arte nesse sentido específico surge no século XVIII, num ambiente caracterizado pelos salões literários e artísticos, acompanhando as exposições periódicas, o surgimento de um público e o desenvolvimento da imprensa. Os escritos de Denis Diderot (1713 - 1784) exemplificam o feitio da crítica de arte especializada, que se ancora em formulações teórico-filosóficas, mas traz a marca do comentário feito no calor da hora sobre a produção que se apresenta aos olhos do espectador. Nesse momento, observam-se as primeiras tentativas de distinguir mais nitidamente crítica de arte e história da arte, que aparecem como domínios distintos: o historiador voltado para a arte do passado e o crítico comprometido com a análise da produção do seu tempo. A despeito desse esforço em marcar diferenças, as dificuldades em estabelecer limites claros entre os dois campos se mantêm até hoje. Embora distintos, os campos da história e da crítica de arte encontram-se imbricados; afinal o juízo crítico é sempre histórico, na medida em que dialoga com o tempo, e a reconstituição histórica, inseparável dos pontos de vista que impõem escolhas e princípios. As meditações sobre o belo, no domínio da estética, alimentam as formulações da crítica e da história da arte.
      Numa acepção mais geral, escritos que se ocupam da arte e dos artistas são incluídos na categoria crítica de arte, como é possível observar nos dicionários e enciclopédias dedicados às artes visuais. A história da arte compreende a história da crítica, dos estudos e tratados que emitem diretrizes teóricas, históricas e críticas sobre os produtos artísticos. Os primeiros escritos sobre arte remetem à Antigüidade grega. Biografias de artistas (como as escritas por Duride di Samo, século IV a.C.), tratados técnicos sobre escultura e pintura, de Senocrate di Sicione e Antigono di Caristo, século III a.C., aos quais se junta, na época romana, o tratado de arquitetura de Vitrúvio, De Architectura, e "guias" artísticos (como o escrito por Pausaniam, século II a.C.) estão entre os primeiros textos dedicados à arte. Nesse contexto, o pensamento estético de Platão e Aristóteles levanta problemas fundamentais sobre o fazer artístico: a questão da fantasia (ou imaginação criadora), do prazer estético, do belo e da imitação da natureza (mimesis).
     
   O período medieval não oferece uma teoria da arte ou crítica de arte sistemática, dominam as meditações de ordem teológica, as formulações técnicas e os repertórios iconográficos, com a indicação de exemplos a seres copiados. Na Itália florentina do século XIV, as condições econômico-sociais renovadas se exprimem em um ambiente artístico mais rico e em escritos sobre arte originais. Filippo Villani escreve um livro em homenagem a sua Florença natal, 1381-1382, em que destaca a vida de artistas da Antigüidade. Cenino Cennini (ca.1370 - ca.1440), com descrições detalhadas da pintura a têmpera e do afresco, abre possibilidades para análises do material artístico. A época renascentista traz interpretações científicas da natureza, apoiadas na matemática e na geometria. Leon Battista Alberti (1404 - 1472) e Leonardo da Vinci (1452 - 1519) são os principais teóricos do período, notáveis pelas tentativas de conferir fundamento teórico e base científica às obras. Também se esboçam histórias da arte construídas pelo filão da vida de artista, como Comentários, de Lorenzo Ghiberti (ca.1381 - 1455),  e As Vidas dos mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos, de Giorgio Vasari (1511 - 1574), que se tornam modelares para a produção de Andréa Palladio (1508 - 1580).
  O surgimento das academias de arte coincide com a crise dos ideais renascentistas expressa no maneirismo - teorizado por Giovanni Pietro Bellori (1613 - 1696) e Luigi Lanzi (1732 - 1810) - e marca uma mudança radical no status do artista, personificada por Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564). Não mais artesãos das guildas e corporações, os artistas são considerados a partir de então teóricos e intelectuais, o que altera o caráter dos escritos sobre arte. As novas instituições têm papel fundamental no controle da atividade artística e na fixação de padrões de gosto. Na academia francesa, fundada em 1648, observa-se uma associação mais nítida entre o órgão e uma doutrina particular, com base no classicismo e na obra do pintor francês Nicolas Poussin (1594 - 1665). Controvérsias têm lugar no interior das academias, por exemplo, aquela que envolve Roger de Piles (1635 - 1709), admirador de Rubens (1577 - 1640), contra os defensores de Poussin.

                                          O rapto das sabinas, 1637-38  Poussin
      Nos séculos XVIII, apogeu das academias, e XIX, os teóricos do neoclassicismo Anton Raphael Mengs (1728 - 1779) e, sobretudo, Joachim Johann Winckelmann (1717 - 1768) rompem definitivamente com o modelo fornecido pela "vida de artista", apoiando suas interpretações em testemunhos históricos e no esforço de compreensão da linguagem artística propriamente dita. Tanto o clássico quanto o romântico são teorizados entre a metade do século XVIII e meados do século XIX. O contexto em que as novas idéias se enraízam é praticamente o mesmo: as contradições ensejadas pela Revolução Industrial e Revolução Francesa. O romantismo é sistematizado histórica e criticamente pelo grupo reunido com os irmãos Schlegel na Alemanha, a partir de 1797, ao qual se ligam Novalis, Tieck, Schelling e outros. A filosofia de Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) está na base das formulações românticas alemãs e tem forte impacto no pré-romantismo do sturm und drang [tempestade e ímpeto].
      O século XIX assiste à expansão das exposições de arte e à ampliação do campo de atuação do crítico. Vale lembrar que os pintores, estão envolvidos no debate crítico com suas obras e escritos, por exemplo, Eugène Delacroix (1798 - 1863) e suas considerações sobre o romântico, e Gustave Courbet (1819 - 1877), responsável pelo estabelecimento de um padrão de arte realista. A partir daí, os literatos passam a ocupar papel de ponta nas discussões sobre arte em geral, entre eles Stendhal (1783 - 1842), os irmãos Edmond Goncourt (1822 - 1896) e Jules Goncourt (1830 - 1870) e Émile Zola (1840 - 1902), o crítico do impressionismo. Mesmo nos movimentos de vanguarda dos primeiros decênios do século XX, escritores e poetas mantêm suas posições de críticos de arte atuantes - Apollinaire (1880 - 1918), cujas formulações são fundamentais para o cubismo, e André Breton, escritor e teórico do surrealismo. A crítica de Charles Baudelaire (1821 - 1867), em especial seu célebre ensaio O Pintor da Vida Moderna, sobre Constantin Guys (1805 - 1892), mostra-se fundamental para a definição de arte moderna e da própria idéia de modernidade. O moderno, declara Baudelaire, não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna -, mas por uma nova atitude e consciência da modernidade.


                                                                                       Obra de Coubert
Acompanhar a história da crítica de arte no século XX obriga à consideração detida de diversas perspectivas teórico-metodológicas, que informam tanto a crítica propriamente dita quanto a história da arte, assim como o levantamento da crítica mais militante, veiculada pelos jornais e revistas especializadas.

No Brasil, o surgimento da crítica de arte liga-se à criação da Academia Imperial das Belas Artes (Aiba), no Rio de Janeiro, em 1826, que inaugura o ensino artístico formal no país. Seu primeiro representante é o pintor, crítico e historiador de arte Porto Alegre (1806 - 1879), que a dirige entre 1854 a 1857. Porto Alegre confere importância destacada à pintura de paisagem que deveria, segundo ele, sair da cópia de estampas e dos quadros da pinacoteca e voltar-se para o registro da natureza nacional, no entanto ele defende o estabelecimento de uma tradição de pintura histórica brasileira.
Atualizado em 19/07/2010

fonte:http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3178 


Proxima Postagem: Dia 05/04 A evolução ocorrida em relação ao conceito de arte ao longo do tempo 
 

terça-feira, 22 de março de 2011

A DIFERENÇA ENTRE OLHAR e VER texto p. 6-7

    

  O tópico de hoje é sobre a diferença de olhar e ver, mas primeiro um recado será dado. Os artigos deste tópico muitas vezes podem parecer repetitivos ou algo assim. Isso ocorre porque a arte é uma área vasta, no qual seus assuntos se entrelaçam uns com os outros tornando impossível separá-los.

    Um grande número de pessoas tem acesso hoje a pinturas de grandes artistas e a oportunidade de estudá-las. No entanto, muitas obras são vistas comumente em contextos afastados da arte, como em anúncios em cartazes de felicitações. Em outras palavras, elas não são realmente olhadas – pois olhar não é o mesmo que ver, ouvir não é o mesmo que escutar. Ver envolve apenas o esforço de abrir os olhos, olhar significa abrir a mente e usar o intelecto. Olhar uma pintura é fazer uma viagem – uma viagem com muitas possibilidades, incluindo a emoção de partilhar as concepções de outra época. Viajar é melhor com um guia que nos ajude enquanto nos aclimatamos com o novo ambiente, e que possa indicar coisas que passariam despercebidas.

  • Os Seis parâmetros
Abaixo estão as seis linhas mestras importantes numa pintura.

Tema  

   Toda pintura tem um tema especifico, com uma mensagem dotada de significado. Em geral é fácil identificá-lo, mas em obras antigas, em especial, é comum os artistas terem escolhido trechos da Bíblia ou historias de deuses da mitologia greco-romana. Ao criar tais obras, eles podem ter assumido que seu publico estava familiarizado com essas narrativas. Isso hoje não é mais verdade, mas redescobrir esses grandes mitos e lendas pode ser um dos maiores prazeres na observação dessas pinturas.

              Nascimento de Venus Releitura de Mauricio de Sousa livro Historia em Quadroes

Técnica 

   Toda pintura é criada materialmente, e a compreensão das habilidades envolvidas, como manuseio da tinta a óleo ou o uso das técnicas de afresco, acrescenta muito a nossa apreciação de uma obra de arte.

Simbolismo: 

   Muitas obras usam uma linguagem simbólica e alegórica, compreendida tanto pelos artistas como pelo seu publico. Objetos reconhecíveis, ainda que magnificamente pintados, não só a si mesmos como a conceitos de significado muito profundo ou abstrato. A familiaridade com essas linguagens diminuiu muito, mas podem ser reaprendidas por meio de estudo das pinturas e conceitos da sociedade em que o artista viveu.

Espaço e Luz:   

   Os artistas que buscavam criar uma representação convincente do mundo na superfície plana de um painel ou tela precisam adquirir a maestria da ilusão de espaço e luz. A variedade de modos com que esse efeito pode ser obtido é notável. Em alguns casos o encanto visual principal de uma pintura se reside no modo como o artista trabalhou esta característica.

Estilo histórico  
   
   Cada período desenvolve um estilo reconhecível que pode ser identificado nas obras de seus principais artistas. Os estilos não existem isoladamente, já que se exprimem em todas as artes. É possível traçar uma evolução da historia da arte.

Interpretação pessoal:  

As pessoas que se aventuram a descobrir significados das pinturas logo ficam desnorteadas com a quantidade de pontos de vistas oferecidos. Uma regra simples é: se conseguir visualizar alguma coisa por si mesmo, acredite nela – não importa o que os outros digam. Se não conseguir, deixe o comentário de lado. Todos têm o direito de atribuir uma obra de arte o que quiserem, conforme o modo de ver e a experiência, e de extrair o que preferirem, com base numa escolha pessoal. O conhecimento sobre historia da arte, simbolismo e habilidade técnica devem ampliar esta experiência. Mas a dimensão pessoal (ou “espiritual”) se perder, olhar uma obra de arte não será mais significativo que olhar, ou tentar resolver, palavras cruzadas.

    Uma visão pessoal: Coubert afirmava que o artista é livre para estabelecer suas próprias regras e fugir às convenções. De modo similar, o observador tem o direito de ignorar os princípios convencionais de interpretação e extrair de uma obra o sentido que quiser.

Fonte:
Livro Arte em Detalhes
CUMMING, Robert. "Arte em Detalhes" / Robert Cumming; [tradução Maria da Anunciação Rodrigues] - Sao Paulo: Publifolha , 2010 1a. edição 104p

terça-feira, 15 de março de 2011

O QUE DEFINE UMA OBRA-PRIMA? texto pag.8-9

    A função e o objetivo de uma grande arte, as expectativas depositadas nela e o papel do artista não são invariáveis. Eles mudam conforme a época e a sociedade. No entanto, umas poucas obras se destacam por ir alem de seu tempo e manter-se significativas e inspiradoras. Antes do Renascimento, o artista era considerado principalmente um artesão, e uma obra-prima era um trabalho submetido a corporação profissional como prova das habilidades técnicas requeridas. Os grandes mestres do Renascimento, porem, propuseram que um artista fosse julgado mais pelas qualidades de intelecto e imaginação que pela própria habilidade manual. Hoje, o conceito de obra-prima esta intimamente ligado ao de museu, em que os grandes tesouros artísticos são mostrados a todos. Ate a Revolução Francesa, no entanto, tal conceito era inexistente, e vale lembrar que muitas das pinturas não foram criadas para serem expostas onde estão hoje.

   Abaixo estão descritas as características que elevaram pinturas ao titulo de Obra de arte:

• Virtuosismo 
    Ao julgar qualquer desempenho excepcional, seja de um atleta, um músico, ator ou artista plástico, a aptidão técnica é uma das considerações básicas. Um grande artista deve ter o domínio completo das habilidades necessárias (- nem sempre – grifo meu) alem de conhecimento e da imaginação para levar essas habilidades, e as regras de arte vigentes, a novas fronteiras. O verdadeiro virtuosismo faz o domínio técnico parecer enganosamente natural e simples.

• Inovação 

    Desde o Renascimento, a sociedade ocidental buscou a inovação louvou-a premiou-a. Ser o primeiro em qualquer realização significa ser lembrado como a figura-chave da historia. Giotto e Picasso são considerados gigantes da arte européia porque conseguiram reescrever as regras de artes vigentes e ofereceram uma linguagem visual alternativa. Artistas posteriores desenvolveram e levaram alem essas conquistas. (...) entre outras virtudes, cada uma (das pinturas famosas) desafiou as fronteiras artísticas existentes e – na maioria dos casos – expandiu-as.

• Mecenato: 

     Antes do século XIX e do desenvolvimento do mercado moderno, a maioria das grandes obras de artes eram encomendadas por mecenas que muitas vezes especificavam condições exatas ou desempenhavam um papel ativo na definição de seu tema e aparência. Os principais mecenas antigos foram a Igreja católica e as cortes reais da Europa. Só após o Romantismo, no inicio do século XIX, o papel do artista como individuo que cria segundo uma visão particular começou a emergir.

Concepção Artística:  

    Poucos artistas conseguem sobreviver a menos que tenham o apoio financeiro de mecenas, colecionadores e comerciantes, mas também é claro que esse apoio nunca pode assegurar a qualidade da obra produzida. A Capela Arena de Giotto, e o teto de Michelangelo (Capela Sistina) são realmente obras de arte porque expressam a total convicção e o compromisso dos artistas com o que lhes foi pedido – produzir obras de arte que fossem dignas do próprio Deus. Essas mesmas qualidades – a crença numa idéia e a capacidade de pintar para expressa-la – distingue praticamente as pinturas, incluindo as de nomes menores. Sem essa convicção e esse compromisso toda arte permanece, ainda tecnicamente satisfatória, no domínio da decoração (ou seja, se torna comum, não é reconhecida –grifo meu).:






























Visao Interna da Capela da Area e Capela Sistina

O papel do artista: 

    Um dos mitos persistentes é o do gênio desprezado em sua época e cujo valor só é reconhecido muitos anos após a morte. É raro isso acontecer, e apenas em circunstancias muito incomuns. Bem mais normal é um artista ser saudado em vida como grandes figuras de todos os tempos, mas, cinqüenta anos depois, não passar de uma nota de rodapé na historia da arte. Assim, nem a aclamação bem a rejeição popular garantem a fama futura. Os artistas vivem e trabalham num ambiente complexo, formado por mecenas, colecionadores, marchands, instituições artísticas e colegas artistas. O sucesso no curto período pode ser obtido com a ajuda de muita coragem e individualidade, mas apenas aqueles que são dotados de agudeza de espírito e que usam a arte não como fim em sim mas como meio de dizer verdades maiores conseguem criar obras-primas que resistem ao julgamento do mais severo de todos os críticos – o tempo.

-- ambiguidade e o mistério estão entre as qualidades principais da boa arte pag 28

CUMMING, Robert. "Arte em Detalhes" / Robert Cumming; [tradução Maria da Anunciação Rodrigues] - Sao Paulo: Publifolha , 2010 1a. edição 104p

Proxima Postagem: 22/03  "Ver e olhar"

terça-feira, 8 de março de 2011

ARTE URBANA (parte 3) Grafismo

       A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes, dessa maneira temos relatos e vestígios do mesmo desde o Império Romano. Seu aparecimento na idade contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade, algum tempo depois essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.
     O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.
     O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros por sua vez não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro, o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.

Principais termos e gírias utilizadas nessa arte;

Grafiteiro/writter: o artista que pinta.
• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúnem para pintar juntos.
Tag: é assinatura de grafiteiro.
Toy: é o grafiteiro iniciante.
Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.

 Eliene Percília
Equipe Brasil Escola.com


O Grafite e a pichação

A Diferença entre os dois

    A pichação vem causando polêmica cada vez mais entre a sociedade. Então resolvemos colocar isso em debate.Vamos conhecer agora o que é o grafite e o que é a pichação.

Por Diego Lima e Suyane Oliveira

     



 X

     Existe uma grande diferença entre grafite e pichação. A diferença é que grafite é considerado uma arte de rua, já a pichação não é considerada uma arte, e sim uma atitude de vandalismo. A pratica de pichar pode levar uma pessoa á cadeia durante muito tempo. A mais recente arma contra a ação dos pichadores é o artigo 65 da lei dos crimes ambientais, número 9.605/98, existente desde 1998 e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa.
   As pessoas que têm o costume de pichar, disputam com outros pichadores para saber quem picha mais alto. Daí os prédios, praças,  edifícios públicos e privados ficam sujos.  Uma solução criativa para evitar a pichação é transformar os muros de edifícios em telas de arte.  Outra solução para acabar de vez com a pichação é levar os pichadores para conhecer a arte. Então é aí que aparece o grafite. 
 Os grafiteiros procuram tirar as pessoas da ´´malandragem´´ e levar pichadores para o caminho da arte.

   ATENÇÃO: O grafite só é proibido quando não tem uma solicitação.

    O grafite faz tanto sucesso hoje, que até recentemente o rei da Escócia mandou seus filhos contratarem alguém para renovar a pintura do castelo e eles resolveram chamar três grafiteiros brasileiros para fazer a obra-de-arte . 
   O rei falou que quando eles começaram  havia estranhado, pois nunca tinha visto uma arte assim tão bonita.
    Também há uma diferença entre a pichação, pois ela não é respeitada por ninguém. E o grafite é respeitado porque trata-se de uma arte muito bela. Porém, mesmo que o grafite seja muito belo, tem gente que não gosta desse tipo de arte.
    A PICHAÇÃO NA SOCIEDADE ATUAL          
     A pichação, por incrível que pareça, não pode ser tratada como simples caso, pois situa dentro de outros contextos da cidade. Quem é que nunca andou pelas ruas da cidade e nunca se incomodou com os desenhos pichados? 
    Os rastros da pichação estão em tudo que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tintas e outros materiais usados para pichar. Geralmente, não todas, as pessoas que picham são membros de gangues. E isso acaba contribuindo para a violência nas ruas da cidade.
   O movimento dos pichadores é tão grande nas cidades, que o governo está tomando atitude de ceder muros para eles não picharem mais a rua. Afinal, pichação é o ato de desenhar, rabiscar, ou apenas sujar um patrimônio (público, privado) com uma lata de spray ou rolo de tinta.
    Diferentemente do grafite, cuja preocupação é a ordem estética, o piche tem como objetivo a demarcação de territórios entre grupos. No geral, consiste em fazer algo que para eles é uma arte e para a sociedade é o ato de vandalismo.
    O grafite trata-se de um movimento, organizado nas artes plásticas. Apareceu no final dos anos 70 em Nova Iorque, como movimentos culturais das minorias excluídas da cidade. Com a revolução contracultural de 1968, surgiram nos muros de Paris as primeiras manifestações. Os grafiteiros querem sempre divulgar essa idéia.

 HISTÓRIA DO GRAFITE

    O vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem pelo planeta foi, sem duvida a produção artística. Desta , a manifestação mais antiga, com certeza, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de graffiti que encontramos na historia da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais , ainda hoje , são enigmas para os arqueólogos , mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto , como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento.

histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas , mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje , usamos tintas em spray ou mesmo em latas , e não pintamos cervos e bisões , mas sim idéias , signos , que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também.


Proxima Postagem:  15/03

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