O texto de hoje tem a cidade de Fortaleza como foco de atenção porem na pratica o sentido pode ser aplicado a muitas cidades brasileira e é exatamente por isso que esta sendo postado aqui.
Fortaleza (CE) – Por que não se preserva a nossa História?
Para autoridades e especialistas, falta uma cultura de
preservação por parte da população de Fortaleza. Futuro da Capital será
debatido hoje no Fórum Adolfo Herbster.
Na
Jacarecanga (e), casarões antigos, como a Escola de Artes e Ofícios
(c), convivem com novas construções. No Centro, o Sobrado Doutor
José
Lourenço (d) é exemplo de preservação. Foto: Edimar Soares
Apreservação do patrimônio histórico de Fortaleza está na pauta do
desenvolvimento da Cidade. Casos recentes de demolição de prédios
antigos – como o bangalô azul, a Chácara Flora e a antiga sede do
Hospital Mira y Lopez – levam a Capital a refletir sobre o modelo de
desenvolvimento urbano que está sendo adotado.
Para especialistas ouvidos pelo O POVO, o problema é a falta um espírito de preservação da História no fortalezense. “Precisamos disso urgentemente”, alerta o professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará (UFC) e articulista do O POVO, Romeu Duarte.
O coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), Alênio Carlos Noronha Alencar, considera que a falta de uma disciplina sobre patrimônio histórico no currículo escolar é uma das raízes que explicam o desprezo de boa parte da população pelos prédios antigos.
A situação também é vivida por cidades consideradas modelos de preservação da História. “Em Recife, a população, de um modo geral, associa o seu patrimônio histórico à coisa velha, ultrapassada, que atrapalha o desenvolvimento da cidade. Isso, em parte, vem de uma formação modernista, onde o passado precisa ir embora. Se possível, sem deixar memória, para que o progresso chegue”, comenta o arquiteto e urbanista Zeca Brandão, coordenador do Núcleo Técnico de Operações Urbanas (NTOU) do Governo de Pernambuco. (...)
Cidade e patrimônio
Outro problema é a falta de sensibilidade da iniciativa privada, que,
de maneira geral, não leva em conta a preservação em novos projetos.
Também é necessário garantir o uso dos equipamentos, sob o risco de eles
continuarem desprotegidos mesmo quando tombados. “Os órgãos de
preservação não ajudam ao assumir uma postura ‘xiita’ na defesa desse
patrimônio. A cidade é um patrimônio em permanente construção e precisa
apresentar um certo grau de flexibilidade para se adequar às
transformações”, defende o arquiteto e urbanista Zeca Brandão.
Entenda a notícia – Adolfo Herbster é o arquiteto
responsável pela confecção da primeira planta detalhada de Fortaleza, em
1859. Outro material produzido por ele, em 1875, serviu de base.
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