CULTURA FAZ MUITO BEM AO DESENVOLVIMENTO
No dia 5 de novembro foi comemorado o Dia da Cultura Brasileira.
Entendendo que a cultura, enquanto conjunto de valores, tradições,
patrimônio tangível e intangível, crenças, percepções do mundo e
expressões culturais que moldam como vivemos, pode impulsionar o
desenvolvimento, podemos colocá-la como a quarta dimensão do
desenvolvimento sustentável. Afinal, é tão importante quanto as
dimensões econômica, social e ambiental, pois torna a defesa do
patrimônio, da diversidade, da criatividade e da transmissão de
conhecimentos um elemento integrante do desenvolvimento sustentável.
No mês de maio de 2013, foi realizado na cidade de Hangzhou, na
China, por iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura – UNESCO, um congresso internacional da maior
relevância para a humanidade e para seu futuro. Sob o tema “A cultura:
chave para o desenvolvimento sustentável”, representantes de 81 países e
diversas organizações internacionais elaboraram a já histórica
Declaração de Hangzhou, exarada daquele evento, um dos mais respeitáveis
documentos deste começo de milênio a reconhecer e balizar a influência e
importância da cultura para o desenvolvimento sustentável.
Em consonância com a declaração de Hangzhou e segundo o Plano da
Secretaria da Economia Criativa (2011 a 2014), as transformações nas
formas de produção e consumo nas sociedades modernas têm no conhecimento
e na criatividade sua base dinamizadora.
Por isso, atributos de conhecimento e criatividade constituem fatores
de altíssima relevância no desenvolvimento social, econômico e político
de um país. O próprio plano de Hangzhou coloca, literalmente:
“recomendamos a inclusão na agenda das Nações Unidas para o
desenvolvimento pós-2015 de um objetivo específico centrado na cultura,
baseado no patrimônio, na diversidade, na criatividade e na transmissão
dos conhecimentos, que inclua metas e indicadores claros ligando a
cultura a todas as dimensões do desenvolvimento sustentável”.
No Brasil, várias iniciativas destacam a capacidade de estimular o
desenvolvimento das atividades produtivas associadas às culturais. O
desenvolvimento econômico da cultura vai beneficiar o reforço das
capacidades e o investimento em todos os aspectos de valor das artes,
indústrias criativas e patrimônio cultural tangível e intangível,
criando, consequentemente, postos de trabalho e gerando receitas.
As atividades econômicas associadas à cultura passam por um processo
que vai de sua criação, ou conceitualização, investimento,
materialização ou produção, distribuição, para chegar a sua
comercialização, gerando valores em todas estas etapas. A disseminação
da importância, a valorização e transmissão da cultura na pauta das
políticas públicas de gestores públicos, no portfólio dos programas
apoiados pelas indústrias, por meio de Incentivos Fiscais, nas
universidades por meio de fomento de cursos de empreeendedorismo social
(negócios sociais, verdes, inclusivos e criativos), certamente irão
melhorar todas as zonas urbanas e permitir cooperação inovadora e
sustentável. Há muita riqueza ainda não aproveitada nos talentos da terra brasilis.
Artigo escrito por Rosane Fontoura, coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), e Wanda Camargo, representante das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil) no Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte deste site: http://defender.org.br/artigos/a-cultura-faz-muito-bem-ao-desenvolvimento/
Proxima postagem: O DESCASO PELA ARTE por Almandrade (parte1)
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