Arte e formação humanística
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A
arte na formação de um indivíduo é capaz de sensibilizar o olhar,
expandir horizontes, desenvolver e amadurecer o senso crítico, além de
promover transformação, interna e externamente. “A arte propicia um
olhar daquilo que não está explícito, um olhar das entrelinhas, da
percepção, uma escuta de corpo todo”, diz a educadora e curadora do Educativo da Bienal de Artes de São Paulo, Stela Barbieri, também diretora da ação educativa do Instituto Tomie Ohtake.
Sobre o processo de aprendizagem por meio da arte, Barbieri
afirma que é importante ouvir crianças e jovens e dialogar sobre seus
anseios. “A educação acontece por meio da arte quando se discute sobre a
realidade, escutando muito o que crianças e jovens têm a dizer e
trocando impressões. A arte é uma possibilidade de deslocamento”, diz.
Para o professor de Comunicação e Arte da Universidade São Judas Tadeu – USJT,
Warde Marx, a arte, em todas as suas formas e esferas, dá ao ser humano
a dimensão e os valores simbólicos da sociedade, aquilo em que
acreditamos como valioso, o nosso patrimônio cultural. Segundo Marx, a
vivência artística proporciona transformações constantes, pessoais e
coletivas, o que leva o indivíduo a avaliar, modificar ou aprimorar seus
valores, além de possibilitar uma compreensão maior sobre as relações
sociais. “Por meio da arte, chegamos em entendimentos sobre a história, a
formação de povos e culturas, que nos levam a adotar determinada
postura diante do mundo”, explica. Marx pontua que é crucial que as
pessoas entendam que têm direito de ter acesso à arte e que este direito
deve ser garantido pelo poder público, em suas diversas esferas.
Luana Chrispim/Blog Acesso
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