O texto de hoje foi pego direto no site Ministerio da Cultura e fala sobre o que a uniao de pessoas com costumes e modos diferentes podem ser vantajoso. É estranho falar isso, mas nos somos ao mesmo tempo iguais e diferentes. Somos iguais porque pertencemos a mesma raça: a Humana com caracteristicas identicas porem nos diferenciamos nos detalhes e no modo de agir e nesse ponto ao tentarmos ser iguais perdemos nossas maiores qualidades e sao elas que nos fazem evoluir por isso é interessante ser diferente sim desde que respeitemos o outro para que juntos podemos caminhar para a busca de uma vida melhor.
DIVERSIDADE CULTURAL
Artigo da ex - ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e da secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, publicado no Jornal Correio Braziliense em 21/05/2012
Em 2001, a Unesco adotou a Declaração
Universal sobre a Diversidade Cultural, que reconheceu, pela primeira
vez, a Diversidade Cultural como “herança comum da humanidade”,
considerando sua salvaguarda imperativo concreto e ético inseparável do
respeito à dignidade humana. Em seguida, a Assembleia Geral da ONU
proclamou o 21 de maio como Dia Mundial da Diversidade Cultural para o
Diálogo e o Desenvolvimento, para conscientizar a população sobre a
riqueza das diversas culturas do mundo, e aprofundar a reflexão sobre as
oportunidades que a Diversidade Cultural pode trazer às sociedades.
Essas reflexões nos levam a conclusões.
A de que a Diversidade Cultural só pode ser protegida e promovida ao
reconhecer, como princípio fundador, o diálogo e o respeito entre as
civilizações e as culturas, indo além de sexo, idade, nacionalidade,
pertencimento cultural, religião ou etnia, para a construção de um
futuro de paz numa sociedade em que a pluralidade cultural desempenha
papel de enriquecimento mútuo, reconhecimento e respeito às diferenças.
Outra conclusão é que a Diversidade Cultural é fonte de representações,
conhecimentos, práticas e, igualmente, de afirmação, inovação e
criatividade, que contribuem para a construção de um sistema relacional
viável, sustentável e harmônico entre a humanidade e os recursos
terrestres. Nesse sentido, a Diversidade Cultural constitui força motriz
do desenvolvimento, indispensável para atenuar a pobreza.
Para o antropólogo sociocultural indiano Arjun Appadurai, a Diversidade Cultural é a ligação crucial entre as dimensões material e imaterial do desenvolvimento. Ele explica que, enquanto desenvolvimento material pode ser avaliado em termos de saúde humana, capacidades econômicas, fluxo de mercadorias e garantias físicas quanto à segurança e à produtividade, o desenvolvimento imaterial reside no espírito de participação, no entusiasmo da autonomia, nas alegrias do reconhecimento e na felicidade da aspiração. Ele nos remete à contribuição das tecnologias, dos conhecimentos e crenças culturais e religiosas, dos valores sociais e espirituais, especialmente dos povos e comunidades tradicionais, na exploração sustentável dos recursos e na preservação dos ecossistemas dos quais dependem. Isso é, inclusive, tema da Convenção sobre a Diversidade Biológica.
No momento em que o Brasil se prepara para receber a Conferência da
ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio, é de grande
importância incluir a Cultura nas discussões, pois, além de diverso em
termos biológicos, nos destacamos internacionalmente pelas Políticas
Culturais que desenvolvemos, buscando garantir as expressões de nossa
rica Diversidade Cultural e estabelecer maior equilíbrio entre a
pluralidade de expressões. O Ministério da Cultura atua em consonância
com a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das
Expressões Culturais, adotada pela Unesco em 2005, que reúne 122 países,
inclusive o Brasil.
Trata-se de compromisso de trabalhar para reforçar a cooperação e a solidariedade internacionais, de modo a fazer que países mais industrializados contribuam para ampliar a capacidade dos países em desenvolvimento de proteger e promover a diversidade de suas expressões culturais. Enquanto a Unesco trabalha com relações multilaterais, focada no desequilíbrio das trocas de bens e serviços culturais entre países, e no risco de uma homogeneização das expressões culturais no mundo, tendo a Convenção de 2005 como maneira de reforçar as indústrias culturais dos países em desenvolvimento, o Brasil trabalha a Diversidade Cultural de modo mais complexo, de acordo com nossas especificidades. Além do desequilíbrio entre as diversas regiões, nosso país abriga históricos desequilíbrios socioculturais, que provocam dificuldades a significativos segmentos em lidar com os mecanismos e códigos de acesso às políticas públicas de Cultura, como elaboração de projetos, convênios e prestação de contas.
Assim, o MinC (Ministerio da Cultura) implementa políticas específicas para esse público, elaboradas a partir de processo que conta com a participação dos interessados, como culturas populares, povos indígenas, povos de terreiro, ciganos, crianças, jovens, idosos, LGBT e outros. Um de nossos programas de maior repercussão é o Cultura Viva, que tem como ação principal a identificação e o fomento de Pontões e Pontos de Cultura,(...).
Ana de Hollanda
Ministra de Estado da Cultura
Márcia Rollemberg
Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural
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