A partir de hoje em 3 textos (3 semanas ) o asunto deste blog serao textos de culturas que influenciaram a arte brasileira que é mista assim como seu povo, embora nao seja novidade ja que um interfere no outro. Pois bem, começaremos com a cultura negra em seguida 2 textos sobre a cultura japonesa. Espero que gostem...
fonte http://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/pintores-negros-contribuicao-negra-a-arte-brasileira.htm
Pintores Negros: Contribuição negra à arte brasileira
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Quando se fala na contribuição que os negros deram à civilização e à cultura brasileira,
dificilmente se pensa de imediato em artes plásticas. Em geral, o que
vem à lembrança é a música, em primeiro lugar, e fenômenos a ela
relacionados, como os desfiles de escola de samba, o carnaval e outras
manifestações.
Depois disso, talvez se mencionem obras arquitetônicas e esculturais do Brasil Colônia e, mais recentemente, talvez se fale em literatura, por se levarem em conta as origens negras ou mestiças de escritores como Machado de Assis ou Mário de Andrade. No entanto, não são tão poucos os brasileiros negros que se dedicaram à pintura, nem é pequeno o valor artístico de sua produção pictórica.
Suas obras têm sido resgatadas pelo artista plástico e museólogo Emanoel Araújo, desde o centenário da abolição da escravatura, em 1988, com a exposição "A Mão Afro Brasileira", e teve continuidade com a mostra "Negros Pintores", que se inaugurou no Museu Afro Brasil, em São Paulo (SP), em agosto de 2008.
Dez artistas
Nela, reuniram-se 140 pinturas de 10 artistas atuantes entre a segunda
metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20. O período em
questão, na verdade, ainda não mereceu maior atenção dos estudiosos e
historiadores da arte. Ao contrário, Emanoel Araújo ressalta "os maus
tratos, a ignorância e a insensibilidade com que se trata no Brasil a
história e a memória iconográfica" dessa época.
"Durante muito tempo", diz o museólogo, "pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística". "Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte", ele acrescenta, lembrando "a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística".
De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. "A vida de cada um deles", conta Araújo, "foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras". "O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira", conclui.
"Durante muito tempo", diz o museólogo, "pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística". "Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte", ele acrescenta, lembrando "a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística".
De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. "A vida de cada um deles", conta Araújo, "foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras". "O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira", conclui.
- Arthur Timótheo (1882-1922)
Estudou na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e, posteriormente, na
Escola Nacional de Belas Artes. Foi pintor de paisagens e figuras,
destacando-se entre essas nus e retratos. Algumas de suas paisagens
impressionam pela textura, pela luminosidade e pela intensidade do
colorido. Esteve na Europa onde manteve contatos artísticos que o
influenciaram.
- Benedito José Tobias (1894-1963)
O artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e
negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com
maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de
Emanoel Araujo. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da
qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.
- Benedito José de Andrade (1906-1979)
Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as
décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno
de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está
inserido historicamente numa circunstância de intensa produção
artística.
- Emmanuel Zamor (1840-1917)
Nasceu em Salvador, mas foi criado nas Europa pelos franceses
Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, seus pais adotivos. Estudou música e
desenho na Europa. Foi pintor e cenógrafo. Freqüentou a Academie
Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Voltou ao Brasil
entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi destruída em um
incêndio no Brasil
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Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes. | |||
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Nasceu no Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens. | |||
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Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa. | |||
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Nasceu em Sergipe, onde fez os primeiros estudos. Viajou à Europa com subsídio do governo imperial. Em Paris, tornou-se freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios. Especializou-se em retratos, mas o trabalho considerado sua obra prima é a tela “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar. | |||
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Aos 16 anos já estava na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Prematuramente reconhecido, o artista permaneceu por vários anos em Salvador onde foi professor de desenho e paisagismo. É considerado como um dos mais importantes paisagistas e marinhistas do século 19. | |||
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Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França. |
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