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terça-feira, 16 de outubro de 2012

CULTURA E/OU IDENTIDADE CULTURAL

 
Sotaques e culinaria sao tradições
 

Achei o texto de hoje superinteressante pois ele fala como se começa a valorizar a cultura de um lugar. Em minha opiniao, a maioria das pessoas se apegam a tradição delas proprias porem não sabem o verdadeiro valor que isso possui tanto para ela como para a preservação da sua cultura. Ja quando passamos para o valor tradicional do outro, que nao seja familar ao nosso, é que (as vezes) nasce(m) o(s) estranhamento(s) e o valor do outro é desrespeitado.  Mas leiam o texto que entenderão o que falo e caso tiverem alguma opiniao sobre o assunto comentem. Essa troca que é legal. ;)

Cultura e/ou Identidade Cultural

by  • 10 de setembro de 2012 • Artigos, Defender, Rio Grande do Sul • 0 Comments

Por Telmo Padilha Cesar*

     Entre nascer e morrer todo ser humano deixa marcas diferenciadas e muito pessoais que vão ser reconhecidas além de sua existência. São marcas que marcam tempos, épocas e fazem diferenças, produzem cicatrizes em corpos e mentes, mudam pessoas, aprimoram futuros e ousam mudar o mundo. Marcas que podem estar na parede de uma caverna milenar ou na mão de alguém, hoje, servindo para falar e ouvir.
     Ao criar e desenvolver novas formas de expressão, ao reproduzir e refazer artefatos, produtos ou mesmo a forma de fazer as coisas que recebeu já feitas como herança, esse único ser privilegiado pela inteligência se vê reconhecido e valorizado por aqueles que o cercam. Suas invenções, construções, ferramentas, instrumentos, arte, jeitos e gestos vão marcar cenhos, retorcer olhos e bocas, mas vão, ao mesmo tempo, estimular a criatividade nos cérebros de sua plateia.
       Na verdade, se reprisa a mágica e a beleza da vida, pois tudo isso será repassado aqueles que virem depois. Descendentes, filhos, netos e todos os que tomarem a notícia, conhecimento do seu trabalho ou usufruir a alegria do seu convívio, da mesma forma que de antes, já aconteceu consigo. Esse modificado, mas conservado conjunto de saberes e fazeres repassados ao futuro através da memória, é o que podemos chamar de Cultura. E a Identidade Cultural dos povos se forma, se fortalece, se desenvolve e se adequa a novos tempos pelas músicas tocadas, pelos cantos cantados, pelas danças dançadas, pelas receitas elaboradas e apreciadas no modo gente, criativo e social de viver.
          Diferente dos atuais dias de tormento e da péssima qualidade de vida que assola grande parte da população mundial, aqueles que valorizam a comida da casa, o doce da avó, o toque de gaita ou do violão de seu avô, o barquinho do filho, a bruxinha de pano que brinca com a filha, são os que vivem como foi definido para os seres humanos: – em família, respeito e paz. Com lazer, alegria, inteligência, rodeados de valores puros e verdadeiros.
     Se alguém pensa em promover, incentivar ou defender a Cultura, então deve começar em sua família, sua casa, sua rua, seu bairro, cidade e estado.  É desse jeito que se vai ter País. É desse jeito que se vai ter respeito de uns pelos outros. É desse jeito que se vai compor como retalho, a colcha que abriga, enfeita e protege.
        É assim que entendo, defino e curto Cultura. Para as outras definições que abarrotam páginas eu me despeço e me desculpo, usando esse texto como identidade.
*presidente da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico

Fonte: http://www.defender.org.br/cultura-eou-identidade-cultural/